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5 de abr. de 2011

REJEITAR A PROPOSTA DO GOVERNO TARSO! Continuar as negociações apresentando uma contraproposta

 REJEITAR A PROPOSTA DO GOVERNO TARSO!
Continuar as negociações apresentando uma contraproposta
 
Na Assembleia, ao contrário da direção do CPERS,
devemos rejeitar a proposta do governo!
            O governo propõe 10,9% de reajuste e diz que está repondo parte das perdas salariais. Isso não é verdade, não repõem nem a inflação. A direção do CPERS, após ter ido pra mesa de negociação sem proposta de índice, defende que a categoria aceite esta esmola. Com essa omissão, deixou de pressionar o governo e de unificar a categoria em torno de uma proposta. Deixou de mobilizar os educadores e não discutiu com a categoria uma contraproposta a ser apresentada ao governo, deixando-os à mercê da única proposta existente: a dos 10,9% de Tarso.
         Devemos lutar por um reajuste decente em nossos salários e dizer NÃO a esse índice irrisório, defendido pela direção, não perdendo a perspectiva do Piso Salarial Profissional Nacional.
         Propomos que o CPERS reabra as negociações com o governo, mas, dessa vez, não se omitindo de apresentar uma contraproposta de reajuste para preservar o governo. Propomos o mesmo índice que o sindicato já defendeu nas negociações com o governo Yeda, de 23,14% (que seria o equivalente à reposição da inflação acumulada no governo Yeda e resíduo inflacionário do governo Rigotto - http://cpers35.com.br/noticia3.htm).

Por um plano de Lutas e de Mobilizações
Ir pras ruas, ganhar a comunidade escolar!
         Após reabrir as negociações com o governo, devemos responder com mobilização denunciando o governo, que não cumpriu com seu compromisso eleitoral. Não nos iludamos com as promessas de Tarso, como a implantação do Piso Salarial Profissional Nacional até o final do governo, só com a luta é que poderemos arrancar algum reajuste.
Nas eleições todos falam em valorizar a educação, mas a real política dos governos é sucateá-la e arrochar nossos baixos salários, destruir o nosso plano de carreira, implantar a meritocracia – uma forma de dividir a categoria, estabelecendo a competição entre trabalhadores em educação.
A Direção do CPERS dissemina ilusões e protege o governo Tarso, para amortecer a categoria, cuja presidenta é do mesmo partido do governador, por isso não organizou nem um ato público.
         A educação pública continua sofrendo duros ataques: faltam professores e funcionários, bibliotecas e laboratórios continuam fechados na maioria das escolas, as turmas continuam superlotadas de alunos, faltam verbas para as escolas, e ainda propõem diminuir os pagamentos das Requisições de Pequeno Valor (RPVs) para 20 salários mínimos, que hoje corresponde ao teto de 40 salários, além de estender o prazo de pagamento, atualmente fixado em 60 dias, e não pagar o valor real da dívida.
Assim como Yeda, Tarso ataca o Ipê saúde, descredenciando médicos, hospitais e cobrando taxas complementares para internação, exames e consultas. A privatização do Ipê Previdência segue o seu curso, bem como as tratativas para aumentar a idade mínima para a aposentadoria com a “reforma da previdência”.
É preciso dizer em alto e bom som que o governo Tarso é a continuidade do governo Yeda, apenas com uma cara mais disfarçada! Todas as promessas de Tarso são falsas.
Essas são formas de transferência da crise capitalista para os trabalhadores. Têm a mesma causa do corte de R$50 bilhões do orçamento feito por Dilma (sendo que desse total R$3,1 bilhões foi cortado da educação).
         Todos os trabalhadores pagarão os custos da crise que não criaram, os governos rebaixam salários e retiram conquistas para financiar os lucros do grande capital.
 
Direção do Sindicato não discutiu nos núcleos planos de mobilização
É preciso preparar a luta contra os ataques do Governo Tarso!
Como sempre, só nos resta a luta, que não se restringe às reivindicações da categoria. Estamos sujeitos aos mesmos ataques que sofrem todos os trabalhadores. Por isso a unidade destes é fundamental.
Lutamos por manter o nosso plano de carreira, pela realização de concurso público e, ao mesmo tempo, pela efetivação imediata dos contratados – os que passaram no último concurso e aqueles que há três anos exercem a profissão –, por isonomia salarial entre contratados e nomeados, pelo piso nacional de R$1.597,00 (como salário básico), por reajuste salarial e recuperação das perdas.
Queremos uma escola pública de qualidade, pela estatização do ensino privado, pela defesa dos serviços públicos, pelo fim das privatizações e terceirizações, tanto nas escolas como em outros setores, pelo direito de greve, contra as reformas da previdência e trabalhista, contra o financiamento do grande capital pelo dinheiro público.
Esta luta é de todos os trabalhadores, a qualidade de vida depende de termos saúde, previdência, transportes públicos, moradia e dos serviços públicos em geral. Para tanto, é preciso derrotar a política neoliberal de Dilma/Tarso e de todos os governos burgueses. Os trabalhadores devem contar com a sua unidade e com a sua luta para derrotá-los.
         De nada adianta lutas propositalmente mal organizadas, fadadas ao fracasso, como tem feito as Direções do CPERS colaborando com os governos.
         Nesse sentindo é necessário unirmos nossas forças com os demais trabalhadores e servidores públicos e construirmos mobilizações de rua, greves e atos públicos unitárias, organizadas por escola (com organização de base, não só das direções), envolvendo os alunos e a comunidade, ganhando a opinião pública, coisa que a direção do CPERS não tem interesse. Isso implica uma política de esclarecimento e denúncia da política permanente de sucateamento da educação protagonizada pelos governos. É preciso mostrar que a escola pública de qualidade é defendida por todos os trabalhadores.

DEMOCRACIA JÁ! NO CPERS SINDICATO
Direito da oposição defender a recusa da proposta do governo na Assembleia.
         Defendemos o direito de expor nesta Assembleia Geral nossa posição contrária à da Direção. Esta só deu justificativas burocráticas para negar essa possibilidade. Todas as propostas que venham da base e sejam diferentes das posições majoritárias devem ter o direito de serem apresentadas na Assembleia. As Assembleias atuais não têm objetividade, vemos exaustivos discursos repetitivos, para contemplar as correntes amigas da direção. Essa nossa proposta é radicalmente distinta da direção e queremos expressá-la na Assembleia. Negar esse direito democrático seria uma manobra autoritária da burocracia dirigente.

CONTRA A CHAMADA EXTRA!
A direção do CPERS, além de propor a aceitação da esmola do governo, ainda propõe uma “chamada extra” pra custear as extravagâncias da burocracia: congresso da CNTE-CUT, a estrutura do congresso do CPERS de 2010, dentre outras. Compreendemos que um sindicato independente deve se autofinanciar, mas para promover as lutas. Não é este o caso.
         A direção gastou uma exorbitância com congressos burocráticos. Seríamos favoráveis à chamada extra se fosse para financiar o aprofundamento das mobilizações. A direção não encaminhou nenhuma proposta de mobilização contra o governo Tarso. O dinheiro dos associados está indo para pagar os Congressos burocráticos da CNTE-CUT. 
         Por isso, somos contra esta “chamada extra” e chamamos os trabalhadores em educação a votar contra ela!

E-mail – construcaopelabase@gmail.com

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