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6 de jul. de 2011

NO 2º TURNO DA ELEIÇÃO DO 39º NÚCLEO É VOTO NULO!

Agradecemos aos colegas que votaram na chapa da Construção pela Base nas eleições para o 39º núcleo. Nossa chapa não possuía os recursos e a estrutura das demais chapas, patrocinadas pelas centrais governistas e semi-governistas. A participação eleitoral da nossa oposição se pautou pela necessidade de apresentar um programa classista de combate às correntes da burocracia sindical do CPERS, que compunham as demais chapas. A nossa maior preocupação era mostrar a necessidade de derrotar esta burocracia, porque sem isso, é impossível um novo sindicalismo que enfrente o governo e o grande capital. Nossa oposição não é só eleitoral. Mesmo sem vencer as eleições, continuaremos na luta. Convidamos todos aqueles que votaram em nossa chapa a participar da oposição para fortalecê-la.
No 2º Turno da eleição para o 39º Núcleo do CPERS optamos pelo VOTO NULO porque tanto a Chapa 1 (PSTU - CSP-Conlutas) quanto a Chapa 2 (CEDS, PCB e Enlace-PSOL) defendem o mesmo programa da Direção Estadual e representam, no essencial, o mesmo sindicalismo de cúpula. Tanto é assim que ambas as chapas apoiaram a reeleição da Chapa 1 (CUT- DS-PT, Intersindical – PSOL – Enlace e MÊS, CSP-Conlutas – PSTU e CS, CTB - PSB ), para a direção central. Em todas as principais questões que foram votadas nas assembleias gerais deste ano as duas chapas estiveram juntas: defenderam os 10% de reajuste do governo Tarso sem nem sequer denunciar que a direção do CPERS não apresentou contraproposta; votaram a favor da chamada extra para custear o congresso da CNTE-CUT; e foram contra a greve para derrotar o Pacotarso, votando, novamente, com a CUT e as demais correntes da Direção Estadual para um dia de paralisação, que não existiu. Assim, a “defesa da Previdência” de ambas as chapas não passa de um discurso vazio.
A Construção pela Base foi a única corrente que defendeu a apresentação de uma contraproposta aos 10% do governo e propôs greve para enfrentar os ataques de Tarso à previdência. Também fomos os únicos a dizer que o governo Tarso é a continuidade do governo Yeda. Em todos esses enfrentamentos à Direção Estadual estivemos sozinhos. Nenhuma das correntes que compõem a Chapa 1 e a Chapa 2 nos apoiaram nestes enfrentamentos. Nesse sentido, chamamos os trabalhadores do 39º núcleo a VOTAR NULO como forma de protesto, por entendermos que ambas as chapas representam o continuísmo. Precisamos de um novo sindicalismo, organizado pela base e com um programa de luta contra o governismo. Nenhuma das duas chapas defende este programa.
Não basta nos indignarmos isoladamente contra o governo e o peleguismo da direção do CPERS. Temos que transformar essa indignação em ação contra os governos e seus aliados dentro do movimento. Se você tem acordo com nossas propostas divulgue e discuta a oposição com seus colegas, pois é preciso somar forças para retomarmos o CPERS para a luta e para construirmos um novo sindicalismo totalmente diferente do praticado pela atual direção, já representada pela chapa 1, e as correntes pretensamente de “oposição” que compõem a Chapa 2.
VOTE NULO no segundo turno do 39º núcleo! Fortaleça a oposição!

3 de jul. de 2011

A TRAIÇÃO DA DIREÇÃO DO CPERS FAVORECE A APROVAÇÃO DO “PACOTARSO”: A PIOR DERROTA É A DERROTA SEM LUTA!

         Os educadores acompanharam perplexos a aprovação do “Pacotarso” na Assembleia Legislativa no dia 28 de junho, mesmo dia das eleições do CPERS. A coincidência nas datas não é uma casualidade; foi premeditada pelo governo, com a total cumplicidade da atual diretoria do CPERS, reeleita para mais 3 anos de acordos de bastidores. A sua nota pública sobre a aprovação do Pacote é cínica e incoerente, pois pretende reverter o processo unicamente por via judicial após ter sabotado a luta direta.
         A direção do nosso sindicato sabia da possibilidade de votação do Pacote no dia 28 desde a assembleia do gigantinho e não mexeu um dedo para organizar a “paralisação”. Muitas escolas entraram em contato com o sindicato para se colocar à disposição da luta, mas foram orientadas a não “fazer nada”, porque, segundo a direção, “o Pacote não seria votado no dia 28”. Na dúvida, as eleições deveriam ser adiadas. Porém, o interesse da direção do CPERS (e de todas as outras correntes sindicais que votaram por “paralisação” na assembleia de 22/06) não era a luta, mas o interesse eleitoral, ou seja, a disputa do aparato sindical.
         Os atos na Praça da Matriz não tinham consequência e não serviam para preparar uma luta maior. Mandar uma mini delegação para a Assembleia para “pressionar os deputados a não votar a favor do Pacote” não passou de um jogo de cena. Assim, a CUT conseguiu conter uma greve de protesto contra o Pacotarso em todas as categorias do funcionalismo público e inclusive no CPERS. E esta direção terá mais 3 anos à frente do nosso Sindicato. A reeleição dessa chapa significou uma derrota histórica para a nossa categoria e um marco que não deve ser esquecido por nenhum educador consciente: custou a nossa previdência, perdida sem resistência e sem luta na data que a elegeu. É verdade que não havia alternativas. Tanto a chapa 2 quanto a chapa 3 eram governistas e cumpririam o mesmo papel. A falta de alternativas é o preço que a categoria paga pela ausência de uma oposição classista a nível estadual, por isso é preciso construí-la urgentemente. Colocamos a nossa oposição a serviço desta tarefa!
         A Construção pela Base alerta: temos inimigos governistas infiltrados na direção do CPERS. Precisamos retomar o controle do nosso sindicato, devolver o poder às suas instâncias de base, organizar e conscientizar os educadores em cada escola. A responsável por tirar o nosso poder de decisão – seja nas greves, seja nas lutas – e concentrar tudo nas suas mãos, fazer conchavos de bastidores com o governo e posar como “antigovernista” é a burocracia da CUT e seus satélites.
Entendemos a indignação, a frustração, o sentimento de “manipulação”, a revolta da categoria contra mais esta traição da direção do CPERS (CUT- PT - DS, CSP-Conlutas – PSTU e CS, Intersindical – PSOL –Enlace, MES e CTB-PSB), mas a desfiliação do sindicato não é a solução e nem a melhor forma de protesto. Para ela, quanto maior afastamento da base, melhor! É claro que ela se preocupa com o lado financeiro da desfiliação, mas, por outro lado, ganha um cheque em branco nas mãos. Os que saem levam consigo sua experiência. Entram outros como “carne nova”, “matéria prima” para mais manipulações.
Não devemos nos desfiliar! É preciso organizar a resistência interna, se organizar na oposição, denunciar cada conluio e traição desta direção. É o primeiro passo de um longo caminho para reorganizar e conscientizar os educadores atuais e os futuros, para retomar o nosso sindicato das mãos da burocracia e transformá-lo numa escola de luta.