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23 de fev. de 2012

GOVERNO TARSO MENTIROSO! PROPÕEM UM REAJUSTE SALARIAL DE 6,08% EM NOVEMBRO E ANUNCIA COMO SENDO DE 23,5%

         O governo Tarso, perito em criar farsas, divulgou na grande mídia um reajuste mentiroso de 23,5%. Na verdade, o reajuste salarial no básico da categoria será, no mês de novembro, de 6,08%, o que é inferior ao do ano de 2011. E o suposto reajuste anunciado de 9,84%, em maio, significa a incorporação do abono de R$ 38,91 ao salário básico. Em termos numéricos, os salários não terão aumento em maio.  Isso confirma cada vez mais o caráter caloteiro deste governo, que insiste na demagogia de que irá pagar o Piso Salarial Nacional, mas na prática não paga nem a inflação e as perdas salariais do período, conforme afirmou o seu secretário da fazenda, Odir Tonollier, no dia 11/01/2011, “que o governo não terá como implantar o piso salarial do magistério nos próximos quatro anos”. Isso deixou o governo em maus lençóis, pois contradiz as falas do secretário de educação, José Clóvis, que continua enganando a categoria quando declara que irá pagar o piso até 2014. Mais uma mentira deslavada!
         O estardalhaço promovido pelo governo na grande mídia sobre o suposto reajuste de 23,5% serve para ganhar a opinião pública contra os educadores, passando a idéia de que dará imediatamente um importante aumento salarial, e também para continuar sua Reforma do Ensino Médio, que tem como objetivo preparar a juventude para ser mão de obra semi-escrava no mercado de trabalho, agora com o aval do Conselho Estadual de Educação. Aposta na divisão da comunidade escolar diante da defesa da educação pública de qualidade.
         Em 2011, a direção do CPERS não apresentou nenhuma contraproposta de reajuste ao governo, deixando a categoria à mercê da sua vontade. Este ano foi votada uma contraproposta no Conselho Geral do CPERS do dia 03/02/2012, porém a direção do sindicato não a apresentou ao governo, deixando-o livre pra golpear a categoria, encaminhando para Assembleia Legislativa seu reajuste indecente e desmoralizando mais uma vez o nosso sindicato. Será que a direção esperava que o governo fosse “bonzinho” conosco e esperaria o dia da nossa Assembleia Geral para apresentar sua proposta à Assembléia Legislativa? O fato de não ter apresentado ao governo a contraposta aprovada pelo Conselho Geral faz parte da política governista da direção, da sua cumplicidade com ele. Ninguém poderia esperar que um governo neoliberal dessa trégua à categoria. Não podemos deixar o governo continuar enganando a opinião pública, como faz a direção do CPERS. Temos que denunciá-lo permanentemente, não lhe dar tréguas, denunciar o engodo do suposto reajuste de 23%, que é, na verdade, um miserável reajuste de 6%, que não repõe nem a inflação do período.
         Nesse sentido, diante do fechamento da mesa de negociação salarial, cabe-nos a denuncia de mais uma ação ditatorial do governo Tarso. Propomos que se faça uma ampla campanha de mídia – com cartazes, nota na TV, rádio, panfletos para a comunidade escolar –, que o CPERS reivindique que o governo pague efetivamente no mês de março o reajuste de 23,5% sobre o básico, que ele está divulgando na imprensa, sem o golpe da incorporação do abono. Essa proposta de reajuste efetivo serviria para desmascarar sua demagogia frente à opinião pública gaúcha. Além disso, propomos a realização de um grande ato público na frente da Assembleia Legislativa para impedir a votação do “reajuste” do governo.

       DIGA NÃO À GREVE PELEGA DA CNTE-CUT
QUE DEFENDE O PNE DO BANCO MUNDIAL, DILMA E TARSO!
       Os governistas da CNTE-CUT e da direção do CPERS estão propondo uma verdadeira anti-greve para os dias 14, 15 e 16 de março, mesmo período em que será votado no Congresso Nacional o Plano Nacional de Educação (PNE) – 2011 a 2020. Os eixos propostos seriam: Piso, Carreira e 10% do PIB no PNE. Portanto, será uma greve de apoio ao governo e ao PNE.
         A exemplo do PNE 2001-2010, o PNE 2011-2020 segue a lógica privatista do Banco Mundial, de desmonte da educação pública no Brasil. A concretização dessas políticas no País e no Estado está evidenciada na Reforma do Ensino Médio, na proliferação de Ensino à Distância, na alteração dos planos de carreiras, nas avaliações institucionais, nas avaliações por mérito – que responsabiliza os educadores pela evasão e repetência dos alunos, servindo para justificar as demissões dos servidores públicos, acabando com a estabilidade no emprego, em acordo com a PLP 248/98 que tramita na câmara dos deputados. Esta prevê a demissão dos servidores públicos, fazendo o Brasil aprofundar os planos de austeridade do imperialismo contra os trabalhadores, como forma de transferir para os mesmos o ônus da crise capitalista. Os governos do PT Dilma/Tarso anunciaram para este ano cortes no orçamento público de 55 bilhões. Na educação, o corte será de 1,9 bilhão. Isso significa mais arrocho salarial para os trabalhadores, retirada de direitos e precarização dos serviços públicos, como saúde e educação.
         Enquanto isso, os governistas enganam e mentem para os trabalhadores, valendo-se da reivindicação do Piso Nacional, uma necessidade concreta de melhoria salarial. Com isso, camuflam a verdadeira intenção que é a defesa do PNE do governo e do Banco Mundial, pois enquanto fazemos essa falsa greve reivindicatória, a destruição da educação pública e os planos de austeridades continuam em curso.
         Somente grandes lutas podem enfrentar esses ataques. Nesse sentido, é urgente construir a unidade dos trabalhadores de diferentes categorias (educadores, bancários, correios, transporte coletivo, estudantes e outros) para construirmos conjuntamente mobilizações de rua, ocupações, greves e atos públicos unitários, organizados por escola, por local trabalho, envolvendo os alunos, trabalhadores e a comunidade escolar. É preciso ganhar a opinião pública para essas lutas de defesa da educação e serviços públicos e denunciar esses governos neoliberais, derrotar a política neoliberal de Dilma/Tarso e de todos os governos burgueses.
         A defesa da escola pública de qualidade; da educação infantil à universidade; a defesa dos serviços públicos; a luta pelo fim das privatizações e terceirizações; contra as reformas neoliberais na educação, na saúde, na previdência e trabalhista; contra a criminalização dos movimentos sociais; pelo direito de greve; contra o financiamento do grande capital pelo dinheiro público; são lutas de toda a classe trabalhadora.

CONTRA A CHAMADA EXTRA E
PELA SUSPENSÃO DO PAGAMENTO À CUT GOVERNISTA!

       Defendemos que o sindicato deve ser independente dos governos, e, portanto, deve ser mantido com a contribuição dos trabalhadores para promover suas lutas. A CUT-CNTE representa o governo Dilma/Tarso na educação, defende o PNE neoliberal, que no Estado está representado pela Reforma do Ensino Médio, pelas alterações no nosso plano de carreira, contrariando as decisões aprovadas em Assembleia pelos educadores.
A direção do CPERS (DS e AE - PT, PSTU, PSOL, CS e PSB), cuja presidenta é do PT e vice-presidenta da CUT/RS, dissemina ilusões para proteger o governo Tarso e amortecer a capacidade de luta e enfrentamento da categoria. Contraditoriamente, a direção do CPERS intitula-se “não governista”, mas quando nossa oposição propõe contra a anti-greve da CNTE/CUT e a suspensão do seu pagamento no Conselho Geral e nas assembleias, é a sua ala não-cutista (PSTU-CS) que defende a manutenção do pagamento e a participação na greve pelega de apoio aos projetos governistas para manter o “acordão”.
Este “acordão” entre os partidos da direção de “não romper com a CUT”, mantém firme a unidade governista contra as lutas, não encaminha as decisões da Assembleia Geral do dia 02/12/2011 de debater a expulsão dos governistas do sindicato, bem como a campanha contra o assédio moral e a organização da Conferência Estadual do CPERS para discutir a Educação Pública que queremos. A manutenção da filiação do CPERS à CUT – central pelega que atua contra os trabalhadores – tem custado muito caro aos educadores. O nosso dinheiro tem servido para custear as traições e as mordomias da burocracia sindical. Nesse sentido, chegou a hora de não sustentarmos mais o governismo da CUT-CNTE. A decisão de não mais pagarmos a mensalidade da CUT está em nossas mãos. Propomos que na assembléia do dia 02/03 votemos contra a “chamada extra” e pela suspensão do pagamento da CUT!

- Rejeitar e denunciar o falso reajuste do governo de 23,5%
- Propor efetivos 23,5% sobre o básico para março de 2012
- Organizar uma mobilização na Assembléia Legislativa no dia da votação do reajuste fajuto do governo
- Ignorar a greve pelega da CNTE-CUT
- Deixar de pagar as mensalidades da CUT
- Expulsar os membros do governo Tarso do CPERS

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