GOVERNO TARSO, ALÉM DE DAR O CALOTE DO PISO,
QUER ACABAR COM O NOSSO PLANO DE CARREIRA!
O governo ignora as reivindicações
da categoria: dá o calote no Piso Nacional e quer destruir nosso Plano de
Carreira. Também se sente com legitimidade para continuar com o seu projeto de
reajuste 6,08% para 2012, e até o final de 2014 impõem como índice de reajuste
o INPC no básico, que em 40h ficaria 1260,00. Enquanto divulga pela mídia que
essa proposta rebaixada é o “calendário de pagamento do Piso”, não paga nem o valor
do Piso de 2012. Para tanto, conta com o apoio das correntes políticas
petistas, além de CUT, CNTE e a direção do CPERS. Para
derrotarmos esse ataque do governo Tarso, teremos que preparar uma grande
batalha durante o ano todo, já que uma paralisação não será suficiente.
PARA QUEM SERVIU A PARALISAÇÃO DA CNTE/CUT/CPERS?
O
papel desempenhado pela direção do CPERS nos dias 14, 15 e 16 da paralisação
demonstra seu caráter governista, sua omissão diante do principal eixo que
exigia a aprovação do PNE. Em nenhum momento o sindicato atacou o Plano
Nacional de Educação do governo Dilma, que impõem à reforma do ensino médio, a
meritocracia, alteração dos planos de carreiras, as parcerias público privadas
e outros ataques à educação. Nesse sentido nos posicionamos contra esta
paralisação pelo seu caráter governista.
Importante
destacar que na greve de 2011 as direções reacionárias de escolas diziam que “contratados não podiam fazer greve”,
enquanto que nessa paralisação, contraditoriamente, pressionavam para os contratados paralisarem. A mobilização por parte dos petistas
da CNTE e da direção do CPERS para construção dessa paralisação foi superior a
da greve do ano passado. Isto deixa claro que a greve de 2011 foi boicotada por
esses setores, e que a paralisação atual serviu aos interesses do governo.
A
base da categoria foi enganada pela pauta do Piso Nacional e da carreira. Não
conhecia a pauta nacional que exige a aprovação do PNE e muito menos seu conteúdo
privatista. A direção do CPERS prefere manter a categoria alienada das
principais discussões educacionais para tê-la como massa de manobra.
A
necessidade de construirmos um novo sindicalismo classista
está na ordem do dia, senão ficaremos a mercê do oportunismo que reina no nosso
sindicato. Construir a unidade com o movimento estudantil, comunidade escolar e
demais trabalhadores, em defesa da educação pública de qualidade, a partir da
organização por escolas, do debate político permanente com a categoria,
do seu esclarecimento, poderemos criar as condições
objetivas para sairmos da alienação e preparar de fato a luta contra os
governos e os governistas dentro do movimento.
- Em defesa do Plano de Carreira e contra o Calote do Piso!
- Mais verbas para educação pública! Contra os cortes de verbas de 1,9 bilhões do governo Dilma!
- Pela unidade dos trabalhadores e estudantes em defesa da educação pública e de qualidade!
- Não às reformas neoliberais na educação! Não ao PNE e à reforma do Ensino Médio!
- Por um novo sindicalismo classista e independente dos governos! Pela expulsão dos governistas do CPERS!
Panfleto para a assembleia geral extraordinária dia 20 de março de 2012.
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