GOVERNO TARSO
NEOLIBERAL
GOVERNA PARA
O BANCO MUNDIAL!
O Governo
Tarso, comprometido em atender a agenda com o Banco Mundial e cumprir seus planos
de austeridade para a educação, anuncia através dos seus interlocutores,
Secretários de Educação e Fazenda, em reunião com o comando de greve, o calote do Piso Nacional Salarial e também o
futuro calote das dívidas do Estado com
os servidores, alegando que chegará um dia que não terá como pagá-las. Usa
a justificativa mentirosa de que não existem recursos financeiros. Prova disso
é que continua dando isenções fiscais às grandes empresas, honrando o pagamento
da dívida com o imperialismo, e aumentando os salários dos CCs.
A reforma
do ensino médio politécnico, longe de atender às necessidades dos filhos dos
trabalhadores, rebaixa a qualidade de ensino com o objetivo de direcionar os
estudantes para os “cursos de baixa qualidade” oferecidos pelo Sistema “S” via
PRONATEC, para formar a mão-de-obra barata para o mercado de trabalho, jogando
os jovens para “estágios” que significa avançar na precarização do trabalho.
Assim
como Yeda, o governo jogou bombas nos educadores, ameaçou com corte de ponto,
utilizou as direções para assediar moralmente os contratados e convocados,
mentiu ao dizer que atendeu 14 pontos da nossa pauta. Não atendeu a nossa pauta
principal: o
Piso Salarial Nacional e suspensão da Reforma do Ensino Médio Politécnico, e muito menos o restante de nossas
reivindicações.
AS LIÇÕES DA GREVE PARA CONTINUAR A LUTA!
A greve deflagrada em 23 de agosto, que tinha como
objetivo conquistar o Piso Salarial
Nacional e Suspender a Reforma do Ensino Médio do governo Tarso, foi
frustrada em seus objetivos. Temos que admitir as nossas derrotas para não
cometer os mesmos erros em lutas futuras. A maioria da nossa categoria não atendeu
o chamado do sindicato, não aderiu à proposta de greve. Não havia condições
concretas para deflagrá-la. Nas várias visitas que realizamos nas escolas,
constatamos as dificuldades para a mobilização: a falta de confiança da base da
categoria na direção do sindicato em função das práticas viciadas de uso do
sindicato como trampolim político para ocupar cargos em governos, greves que
tinham perspectiva de vitória que foram desmontadas, ausência de trabalho
organizativo nas escolas, a falta de discussão da proposta de greve com a
categoria, a necessidade de rever a condução das greves introduzindo novos
métodos de luta, ausência de formação política, esclarecendo as principais
polêmicas educacionais, desconto de salário das últimas greves e paralisações e
o assédio moral praticado pelas direções governistas contra os trabalhadores
contratados e convocados nas escolas.
A combatividade da
vanguarda, que participou da greve ativamente, não substitui o protagonismo da
maioria da categoria. Somente a participação efetiva da classe, é que daria as
condições para arrancar alguma conquista, colocando o governo contra a parede.
Os atos de vanguarda, dissociados da base, só servem para criar fatos políticos
e arrancar audiências, mas não devem ser nossas ações prioritárias. O trabalho
de base permanente, a formação política, o envolvimento das comunidades
escolares na defesa da educação pública é o caminho que temos que continuar
perseguindo.
Temos muitos pontos a avançar na busca da unidade da
nossa categoria, que está dividida em dois regimes: nomeados e contratados. O
CPERS carece de uma política efetiva para os trabalhadores contratados, que
hoje corresponde em torno de 30 mil profissionais. Em uma das audiências do
governo com o comando de greve, a Secretária adjunta Eulália admitiu que os
trabalhadores contratados não devessem ter os mesmos direitos dos nomeados, pois
isso caracterizaria vínculo com o Estado e equivaleria a um nomeado.
Lutamos contra a precarização do trabalho, pela
efetivação dos contratados, após três anos de exercício efetivo na profissão, e
que as novas admissões de trabalhadores sejam somente por concurso público, que
os trabalhadores contratados sejam incluídos nos planos de carreiras, e que
tenhamos um só regime de trabalho para a categoria. É necessário lutar contra
as demissões de contratados e de denuncia da política permanente do governo
Tarso de precarização do trabalho através das “contratações emergenciais”. Em
2013, a SEDUC abriu contratação emergencial no mês de maio, junho, julho e
agosto. A precarização do trabalho, através da contratação “emergencial”, é uma
política universal do capitalismo decadente
que deve ser combatida.
MOBILIZAÇÃO PARA
ENFRENTAR O GOVERNO TARSO!
·
O CPERS DEVE PROTAGONIZAR UMA GRANDE CAMPANHA NA
MÍDIA DENUNCIANDO O GOVERNO TARSO E A SUA REFORMA NEOLIBERAL NA EDUCAÇÃO, esclarecendo que o mesmo está transferindo os
custos da crise mundial para os trabalhadores, seguindo a orientação do Banco
Mundial, utilizando todos meios: TV, redes sociais, rádio, outdoors,
panfletagem, colagem de cartazes.
·
ORGANIZAR COMISSÕES SINDICAIS POR ESCOLA EM
ASSEMBLEIAS COM A COMUNIDADE ESCOLAR, com caráter organizativo, formativo e mobilizador.
·
DIA DE LUTA EM DEFESA DA EDUCAÇÃO
PÚBLICA CONTRA AS REFORMAS PRIVATIZANTES DO GOVERNO TARSO/DILMA/BANCO MUNDIAL: Propomos organizar dias de luta de 15 em 15 dias. Nesses dias, daremos aula para tratar
da luta, realizaremos debates nas escolas sobre o caráter das reformas
educacionais impostas pelos governos, dialogando com toda a comunidade escolar.
Sugerimos a realização de assembleias populares por região, seminários, apresentações
de filmes, teatros, músicas, culminando com ações de luta direta: ocupação das
praças, trancaços de ruas, passeatas, entre outras ações, visando conscientizar
sobre o sucateamento da educação pública e construindo pela base a resistência contra
os desmandos dos governos. Debater as
pautas educacionais gerais e específicas, unificar as escolas da região,
planejando atividades e atos unitários descentralizados.
·
ORGANIZAR UMA CONFERÊNCIA DOS TRABALHADORES SOBRE A
EDUCAÇÃO QUE QUEREMOS para nos
contrapor às reformas educacionais do Banco Mundial.
·
ORGANIZAR OCUPAÇÃO DE RUAS, PRAÇAS, com passeatas envolvendo a comunidade escolar em
diferentes pontos das cidades, que provoque fechamento das principais ruas por
um tempo determinado, para chamar atenção acerca dos ataques à educação
impostos pelo governo.
Teremos muita luta pela
frente pra derrotar o governo Tarso, os
próximos que virão, bem como, derrotar os agentes do governo dentro do nosso
sindicato. Lutamos para construir um
sindicalismo revolucionário, que rompa com o economicismo, espontaneísmo e
aventureirismo que caracteriza a
burocracia sindical. Necessitamos analisar seriamente as nossas práticas,
levando em conta a realidade concreta em que se encontra a categoria atualmente,
na perspectiva de dialogar e mobilizar para ações futuras. É preciso saber
desconstruir a lógica burocrática, sempre fora da realidade, tanto quando deixa
de chamar as mobilizações no momento certo, quanto quando chama greves
ignorando a correlação de forças, para se autopromover.
Panfleto distribuído na Assembleia Geral dia 13/09/2013
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