Os governos Sartori, Marchezan e Temer (PMDB e PSDB) estão implementando
os maiores ataques dos últimos tempos à classe trabalhadora. Para isso, contam
com o apoio da grande mídia e do senso comum. Governam sustentando-se no
terrorismo psicológico, ameaçando o salário dos servidores e as suas condições
de vida. Seu objetivo é claro: retirar direitos e destruir os serviços
públicos. Não há falta de dinheiro, mas uma opção por seguir atacando os servidores.
O secretário da fazenda, Giovani Feltes, afirma que o governo
tem em caixa apenas R$320 milhões. A propaganda midiática e de governo é
mentirosa. O governo Sartori esconde recursos: uma auditoria do Sintergs afirmou em 2016 que o governo
possui uma conta com mais de 2 bilhões em caixa; além disso, gastou mais de 3
milhões em propaganda e a maior parte foi para RBS-ZH (grande sonegadora de
impostos); além disso, o governo gastou cerca de 9 milhões em passagens para
cargos de confiança viajarem dentro e fora do RS em 2016, e não tem vontade política de realizar uma
auditoria na dívida do Estado com a União, exigir a lei Kandir ou simplesmente
cobrar os grandes sonegadores de impostos. Tudo isso demonstra claramente que o
objetivo político do governo Sartori (tal como Marchezan e Temer) é apenas
desgastar e destruir o serviço público.
É preciso uma grande campanha de denúncia destes fatos e,
sobretudo, um sindicalismo mais ofensivo, organizado pela base e
revolucionário. Toda a nossa categoria está sentindo o fardo destes ataques sem
uma resposta a altura do sindicato. Deflagrar uma greve na assembleia geral do
dia 1o de agosto, contudo, precisa ser mais refletida. Apesar da indignação, há
ainda muito a ser feito. A derrota dos governos e o recuo da burguesia em sua
sangria da classe trabalhadora dependem de nossa auto-organização e da
UNIFICAÇÃO DAS NOSSAS LUTAS com outras categorias, promovendo ASSEMBLEIAS
UNITÁRIAS, incluindo os trabalhadores dos serviços públicos do Estado, dos
municípios (em especial de Porto Alegre) e demais
sindicatos, estudantes, união das associações de moradores de bairros e
rodoviários, para organizarmos diferentes táticas de enfrentamento a estes
ataques, além de autodefesa da classe contra a violência dos governos.
Construir mobilizações e comandos regionais alicerçadas na base das categorias,
oportunizando debates formativos, deliberativos e que culminem num calendário
de mobilizações unitárias, construindo desta forma as possibilidades reais de
acumularmos forças para enfrentamentos duros contra os governos do capital.
Enquanto atuarmos fragmentados, amargaremos mais derrotas.
Um dos impeditivos disso são as burocracias sindicais, que
dirigem a maioria dos sindicatos do serviço público (em especial a CUT),
atuando no sentido de fazer uma luta que gire em torno do calendário eleitoral,
tendo como fim eleger o PT. Dissociam a luta sindical da luta contra o
capitalismo, tentando nos fazer crer que o problema é especificamente de gestão
de governo. Bastaria usarmos a luta para desgastar eleitoralmente o PMDB/PSDB
para eleger um governo do PT. Semeiam a ilusão na classe trabalhadora de que
através das eleições burguesas iremos frear a onda de ataques. Não devemos cair nesse canto da seria! Esta
prática criminosa deixa a classe refém do eleitoralismo oportunista, adiando
qualquer possibilidade de auto-organização e destruindo a possibilidade real de
resistência. O governo do PT, assim como os demais governos atuam no sentido de
retirar direitos da classe trabalhadora, pois todos estão comprometidos com o
mesmo projeto neoliberal em curso, tal como vimos nas suas alianças com o PMDB
(e cia) até o impeachment.
- UNIFICAÇÃO PELA BASE DA CLASSE TRABALHADORA COM
ASSEMBLEIAS UNITÁRIAS! PARTICIPAR DA REUNIÃO DO SIMPA NO DIA 3 DE AGOSTO!
- CONTRA OS ATAQUES DOS GOVERNOS SARTORI/MARCHEZAN/TEMER!
- DERROTAR A BUROCRACIA SINDICAL E SUA PRATICA
ENTREGUISTA!
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