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24 de ago. de 2011

Escola Estadual Ildo Meneghetti: um feudo na Restinga!

feudo
s. m.
1. Na Idade Média, domínio nobre que um vassalo recebia de um senhor
sob condição de encargos, prestação de serviços e vassalagem.
Fig. Domínio, zona de influência, preponderante: feudo eleitoral de um partido.
(Dicionário online de Português).
           
            É de conhecimento da comunidade e dos trabalhadores em educação do Colégio Estadual Ildo Meneghetti de que lá impera uma ditadura disfarçada, que se baseia na chantagem política e pessoal. As leis que lá imperam não são as mesmas leis válidas pra toda a sociedade, por isso o termo “feudo” expressa bem o que lá se passa. Dentro dos seus muros quem “é a lei” é o próprio senhor feudal. Não é preciso ser um grande gênio para descobrir quem é ele, bem como a sua nobreza.
            É verdade que o “feudo da Restinga” é diferente dos feudos medievais, mas a analogia é muito verdadeira! Ainda dizem que a escola presta serviços à comunidade carente da Restinga, mas isso não é verdade! A escola está fechada à ela! A grande preocupação do senhor feudal é manter o Ildo como um curral eleitoral, baseado num clientelismo da pior espécie, na chantagem pessoal, no controle das opiniões dos descontentes e na negação de direitos básicos como a abertura de um “perigoso” grêmio estudantil, que poderia tornar-se um foco de oposição aos interesses desta nobreza feudal. Não bastasse a comunidade da Restinga amargar uma escola com péssimas condições estruturais de ensino e servidores com salários arrochados, ainda negam o direito básico e elementar de seus estudantes se organizarem enquanto agremiação estudantil.
É verdade que esta realidade acontece em toda a Restinga e não só no Ildo, mas lá adquire um contorno especial e mais evidente. A comunidade é lembrada apenas no período eleitoral, ouvindo promessas que nunca serão realizadas. Enquanto isso, suas entidades lhe são veementemente negadas, tais como os grêmios estudantis no caso do Ildo Meneghetti. Lá a atuação sindical também é proibida. No feudo todos devem se comportar como a nobreza determina. A “ordem” estamental não pode ser abalada.
O que acontece com algum professor que resolva se movimentar contra toda esta situação? A fogueira da Santa Inquisição; isto é, as articulações políticas de bastidores para remoção destas “pedras no sapato”. Foi isso que aconteceu no início de agosto de 2011. Professores que questionavam esta situação interna e apoiava o movimento estudantil que reivindicava a abertura do grêmio foi “deportado” com cínicos argumentos. Um grêmio de fachada, completamente controlado pela direção e pela burocracia estudantil, foi aberto para fingir uma democracia fictícia. A ordem do feudo foi mantida. Apetites saciados!
É preciso que a comunidade da Restinga tome plena consciência destes fatos. Este manifesto tem o intuito de denunciar toda esta situação e, em especial, a “expulsão política” de um professor que questionava a situação vigente e que apoiava o movimento de emancipação dos estudantes. Enquanto não houver mobilização consciente de alunos, professores, funcionários, do CPERS/Sindicato, de entidades de classe, de associações de moradores e da comunidade em geral esta situação se manterá e a nobreza continuará com os seus desmandos. Por enquanto, devemos colocar uma placa na entrada do Colégio, com os seguintes dizeres: “aqui é um feudo da nobreza dos Mendes Ribeiro (PMDB)”.

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