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10 de dez. de 2011

CRONOLOGIA DOS ATAQUES DO GOVERNO TARSO E O GOVERNISMO DA DIREÇÃO DO CPERS SINDICATO

CRONOLOGIA DOS ATAQUES DO GOVERNO TARSO E O
GOVERNISMO DA DIREÇÃO DO CPERS SINDICATO

Outubro de 2010 – Tarso declara em entrevista à RBS que “Descarta ruptura com os projetos de Yeda” (ZH 07/10/2010, em primeira página: “Tarso manterá as políticas públicas do governo Yeda”)

Janeiro – Tarso deu o calote do Piso Nacional dos educadores, aumentou os cargos de confiança (CCs), aumentou em 120% os salários dos coordenadores de educação.

MarçoAnunciou que encaminharia para a Assembleia Legislativa, em abril, um Pacote de medidas, que ficou conhecido como “Pacotarso”. O seu conteúdo visa estender o prazo de pagamento das RPVs, reduziria de 40 para 20 salários mínimos, implementaria os fundos de pensão, entregando metade da Previdência dos servidores para os fundos privados.

Abril Nas conversas com o CPERS, o governo oferece um reajuste de 10,91% e o sindicato chama Assembleia Geral, realizada em 08 de abril, propondo que a categoria aceitasse o reajuste mesmo sem ter apresentado contraproposta. Nós da oposição propusemos que se apresentasse uma contraproposta de no mínimo o valor que pedíamos para Yeda, de 23,14%.

MaioTarso propõe aumento da alíquota previdenciária de 11% para 16,5% para os salários que excedam R$3.689,66.

JunhoA Assembleia do dia 22 de junho votou por paralisação no dia da votação do Pacotarso, para barrar os ataques do governo, seguindo a orientação da direção do CPERS. Nós defendemos greve para barrar os ataques (5 estados estavam em greve no mesmo período).
        No dia 28 de junho, dia das eleições do CPERS, o “Pacotarso” é votado na Assembleia Legislativa. Mesmo a direção do CPERS sabendo da data da votação dois dias antes, não encaminhou a decisão da Assembleia Geral de paralisação nesse dia, descumprindo a decisão e facilitando a aprovação do pacote do governo.
 
Agosto - A paralisação convocada pela direção do CPERS no dia 19 de agosto teve como marketing político “a grande batalha”, mas essa “grande batalha” não passou de uma “grande farsa”, ou melhor, “grande festa” da burocracia sindical, enquanto uns comemoravam, outros amargavam perdas de direitos.
 
Setembro Tarso anuncia um decreto para o dia 14 de outubro, o DECRETARSO, que impõem a MERITOCRACIA, altera o atual plano de carreira, mexe na avaliação dos educadores utilizando como critério a frequência e o desempenho dos alunos e reduz as faltas de 10 para 3. Promoveu trabalhadores de classe do período de 2002 sem paga-los retroativamente. As demais promoções continuam atrasadas. No mesmo período o MEC do governo Dilma propõe aumento dos dias letivos.
        Propusemos antecipar a assembléia geral para outubro, ocupando “a praça da matriz e deflagrar a Greve contra o governo Tarso”.
        Dia 29 de setembro aconteceria a 1ª Reunião do Conselho Geral do CPERS. Na ocasião, a direção montou um “teatro”, dizendo que fez com que o governo recuasse na implementação do decreto, uma grande mentira, pois foi somente a avaliação dos educadores que ficou adiada para dezembro.
 
OutubroDia 14, a reunião do Conselho Geral foi terminantemente contra a mudança do eixo da direção: “Tarso pague o piso ou a Educação para”. Nessa reunião defendemos que deveríamos denunciar os ataques à educação, tais como a Reforma do Ensino Médio. Somente no final de outubro a direção do CPERS se manifesta contra a Reforma do Ensino Médio, mas ainda assim, timidamente.

NovembroNo dia 18 foi deflagrada a greve com o eixo: “Pelo pagamento do Piso e contra as reformas educacionais”. Entretanto, a direção não se lançou na construção da greve. Fez apenas o papel de administradora, não colocando a estrutura sindical a serviço da luta. Nessa Assembléia, defenderam a manutenção do pagamento da CUT (proposta defendida pelo PSTU na Assembleia Geral).

Dezembro Dia 02: fim da greve. Ficou definido um calendário de mobilizações e o boicote às conferências do governo. Após muita pressão da base, a direção realizou um pequeno ato na frente da Conferência Estadual e veiculou uma pequena propaganda na TV.

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