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18 de mai. de 2012

BALANÇO DA “PARALISAÇÃO" DE 14 DE MAIO

BALANÇO DA “PARALISAÇÃO" DE 14 DE MAIO
       A paralisação ocorrida em 14 de maio foi um grande blefe da direção do CPERS, que contou com o apoio de setores da grande mídia, que a divulgaram amplamente. Na verdade, foi uma pseudo paralisação que inexplicavelmente se encerrou ao meio dia, sem nenhuma outra atividade prevista, nenhuma panfletagem, agitação ou discussão com a comunidade. Até o dia da “paralisação” o site do CPERS não divulgava o horário e nem o local. Cada núcleo atuou independentemente. A direção do CPERS iniciou sozinha uma atividade às 5h da manhã com uma clara finalidade midiática, enquanto que outros núcleos convocavam uma paralisação para o dia inteiro a partir das 8h da manhã, que não se concretizou.
O resultado prático desta paralisação foi o aumento da desmobilização da categoria. Isto é, a burocracia sindical atingiu seu objetivo. Pra piorar a situação, alguns educadores do interior e litoral ficaram sentados nos bancos da praça esperando o seu horário de retorno. Assim como a paralisação do dia 20 de março, foi um novo desperdício de força militante, de energia, de indignação. É assim que a direção do CPERS luta contra o governo Tarso? Na verdade tudo não passou de uma prestação de contas burocrática para fingir para a base da categoria que a direção da entidade luta. Esta paralisação não pode ser chamada de “luta”, mas de sabotagem da luta, de anti-luta; uma verdadeira autopromoção inconsequente. Muitos educadores que compareceram à Praça da Matriz na manhã do dia 14 certamente pensarão seriamente antes de aderir a uma paralisação futura. E só podemos responsabilizar a burocracia sindical pelo esvaziamento das instâncias do Sindicato. O governo Tarso e o Banco Mundial pela quingentésima vez agradecem.
As instâncias do CPERS – tais como o Conselho Geral, as assembleias de núcleos e a Assembleia Geral – estão tornando-se, cada vez mais, organismos simbólicos, que servem como um catalisador da insatisfação. A direção faz aprovar um calendário de luta que ela coloca em prática como e quando quer. Quando outras propostas contrárias às suas são aprovadas, nunca são colocadas em prática. É preciso não esmorecer, não se deixar abalar pela sabotagem da luta feita pela direção central. Precisamos entender as suas raízes e nos organizar pela base, expulsar os governistas e a burocracia sindical do CPERS para retomar o sindicato para as nossas lutas. Só assim elas terão organização real e coerência.

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