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23 de ago. de 2015

SARTORI E DILMA GOVERNAM PARA O EMPRESARIADO E AGIOTAS INTERNACIONAIS

        A crise econômica chegou ao Brasil e ao Estado com toda a força de destruição sobre a classe trabalhadora, que paga os seus custos através dos planos de ajustes, das privatizações, aumento de impostos, ataque aos direitos trabalhistas, à previdência, congelamento e corte de salários, etc. Enquanto isso, o grande empresariado e os agiotas internacionais recebem as benesses do Estado.
        Assim como o governo Sartori, os sucessivos governos que passaram pelo Piratini mantiveram e aprofundaram essa lógica perversa do capital, porque são comprometidos e se beneficiam com este sistema. Os defensores do governo Tarso (PT) negam sua responsabilidade pela atual situação. Esquecem que o seu governo manteve e aprofundou as isenções fiscais às grandes empresas, aumentou o desconto da previdência pública, criou o fundo previdenciário, atacou nosso plano de carreira e não enfrentou os sonegadores.
        Os planos de ajuste do capital não têm hora para acabar. Vemos isso em todo o mundo. O Estado destina R$ 14 bilhões às isenções fiscais às grandes empresas (Gerdau, GM, etc.) e envia 13% do orçamento anual do Estado para o pagamento da dívida. A sonegação de ICMS está na casa de R$ 6 bilhões. O governo insiste em convencer a opinião pública de que o problema é a folha de pagamento e a previdência dos servidores públicos; e para isso utiliza a grande mídia, que recebe isenções fiscais e sonega impostos, para espalhar mentiras. A União não fica atrás, destina 47,5% do orçamento anual para o pagamento da dívida pública, enquanto o gasto com saúde e educação somam, juntos, 7%. Quanto mais se paga, a dívida mais aumenta. Se depender dos agiotas e do governo, continuará a sangria dos recursos, matando os trabalhadores à míngua. As dívidas públicas fraudulentas são a forma de sobrevivência do capitalismo parasitário. Não existe solução enquanto o mesmo subsistir. É preciso resgatar e debater uma estratégia revolucionária socialista.
         O PMDB, PT e demais partidos unem-se na aplicação dos planos de ajuste contra os trabalhadores, não há divergências significativas entre eles. Aqui no Estado, o parlamento aprovará os pacotes do governo Sartori. A ordem dos donos do mundo é aplicar os planos do imperialismo, custe o que custar. Este é o compromisso de todos os governos e dentro do capitalismo não há alternativa. Diariamente o capitalismo dá provas de falência e não pode promover o bem estar para todos; ao contrário, promove apenas o bem estar das elites às custas do sofrimento do povo. Nós, os trabalhadores, pagamos a conta da ganância irracional e amargamos privações de toda ordem (falta de comida na mesa, saúde, moradia, educação e agora... salário!).
        A direção do CPERS cumpre o papel de frear as lutas, servindo como agente do governo dentro do movimento. Em nome da “governabilidade” do PT/PMDB, direciona o movimento para a derrota. A assembleia geral foi a prova disso: a direção colocou seguranças pagos, que impediram as manifestações das forças minoritárias, com objetivo claro de evitar uma luta consequente contra o governo Sartori, pois isto respigará também no governo do PT. Atingiu seu objetivo ao aprovar uma greve de faz de conta, de três dias, apenas para dar vazão à indignação e ao descontentamento da categoria frente aos ataques do governo. Voltaremos ao trabalho com a possibilidade real de não termos salário ao final de mês: o congelamento e o parcelamento permanecem. Nenhum projeto foi retirado da Assembleia Legislativa. O governo continua na ofensiva e, se depender da direção, não haverá resistência consequente. A burocracia sindical do CPERS entra como um elo na manutenção do capitalismo decadente, ajudando a burguesia a passar sua crise para os trabalhadores.
         Diante de um cenário político econômico caótico, cabe aos trabalhadores resistir. É necessário fortalecermos a organização pela base, construir atos conjuntos entre as escolas, continuar com as aulas para a comunidade, desfazendo o discurso do governo, mobilizar as comunidades para defesa dos serviços públicos, desmascarar o governo sobre as finanças do Estado, desfazendo o seu discurso de que “o Estado não tem dinheiro”; construir comissões, comandos de mobilização entre as escolas, debatendo novos métodos de enfrentamento; aos ativistas sindicais cabe combater a burocracia sindical, que organiza derrotas e dá cobertura ao governo contra os trabalhadores. As derrotas são inevitáveis enquanto a burocracia sindical estiver à frente do movimento. Precisamos organizar e fortalecer a oposição classista e revolucionária nos sindicatos, para colocá-los a serviço da classe trabalhadora, criando as condições para derrotar os governos e seus planos de ajustes contra os trabalhadores.
       
Ø CONTRA OS PLANOS DE AJUSTES DO GOVERNO SARTORI E DILMA! NENHUM DIREITO A MENOS!
Ø CONTRA O CONGELAMENTO, PARCELAMENTO E CORTE DE SALÁRIOS!
Ø CONTRA O AUMENTO DE IMPOSTOS!
Ø PELO FIM DAS INSENÇÕES FISCAIS ÀS GRANDES EMPRESAS!
Ø PELO FIM DO PAGAMENTO DA DÍVIDA PÚBLICA, QUE JÁ ESTÁ PAGA!
Ø DERROTAR A BUROCRACIA SINDICAL! DESFILIAÇÃO DA CNTE (CUT) JÁ!

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