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11 de set. de 2015

AVANÇAR NA LUTA CONTRA O GOVERNO SARTORI E SEUS PLANOS DE AJUSTES: GREVE UNIFICADA DOS SERVIDORES PÚBLICOS ATÉ A RETIRADA DOS PLs E O FIM DO PARCELAMENTO!

O governo Sartori (PMDB), gerente do capitalismo decadente aqui no Estado, não recua em seus ataques; ao contrário, ele intensifica sua ofensiva contra os trabalhadores: o congelamento e o parcelamento de salários com parcelas cada vez mais rebaixadas, além de não termos nenhuma garantia para os próximos meses de pagamento em dia; corte no repasse financeiro das escolas que inviabiliza seu funcionamento; nenhum dos projetos encaminhados pelo governo à Assembleia Legislativa que atacam nossos direitos foi retirado. O governo faz malabarismo mudando datas das votações para os dias 15 e 22 de setembro, procurando evitar a presença dos servidores, pois aposta que os trabalhadores retornarão ao trabalho na próxima semana divulgando que pagaria integralmente os salários exatamente no dia da nossa assembleia geral.
        Um dos projetos mais nefasto é o PL 206, que cria a Lei de Responsabilidade Fiscal Estadual – um passo para autorizar o governo demitir servidores públicos concursados e contratados, congelar e parcelar salários, cortar promoções e investimento nos serviços públicos, caso o Executivo atinja o limite da LRF, com o argumento de impedir gastos superiores à arrecadação. A crise financeira divulgada pelo governo e pela grande mídia é uma farsa! O Estado tem dinheiro, mas está sendo roubado. A dívida pública, somada às isenções fiscais às grandes empresas, consome metade do orçamento estadual. Enquanto os trabalhadores estão sendo penalizados, o empresariado e os agiotas internacionais fazem a farra com o dinheiro público. Estes sanguessugas têm a cara de pau de dizer que o problema é o salário dos servidores e o inchaço do Estado, e a grande mídia – seus porta vozes – divulgam aos quatro ventos esta mentira. A burguesia tem o Estado como sócio colaborador.
        O caos instalado no Estado serve para justificar as ameaças de privatizações da CEEE, CORSAN, BANRISUL, Fundações do Estado e a própria educação, seguindo à risca a Agenda 2020 proposta pela burguesia (RBS, Gerdau e a elite do empresariado que sonegam impostos e são beneficiadas com as isenções fiscais). Os partidos (PMDB, PT, PDT, PSDB, PP e outros) na Assembleia Legislativa unem-se na aplicação dos planos de ajustes do governo Sartori contra os trabalhadores. As divergências não passam de jogo de cena. Todos estão comprometidos com o projeto neoliberal em curso no país e Estado. O parlamento burguês só serve para legitimar os planos de ajustes da burguesia e seus políticos atuam para ludibriar os trabalhadores, em troca de votos nas futuras eleições. Diariamente o capitalismo dá provas de falência e não pode promover o bem estar para todos; ao contrário, promove apenas o bem estar das elites à custa do sofrimento do povo. É por isso que o sindicalismo do CPERS – incentivado por quase todas as correntes – de pressão sobre o parlamento como única luta “possível e realista” é nefasto, pois serve apenas para subordinar a luta dos trabalhadores à democracia burguesa, adoçar e acalmar a sua indignação, criando inúmeras ilusões que cobrarão um preço muito caro no futuro.


BUROCRACIA SINDICAL DO CPERS:
 ORGANIZADORA DE DERROTAS!
        A direção do CPERS (PT/CUT e PC do B/CTB) cumpre o papel de sabotar as lutas, blindando o governo Sartori (PMDB), seu aliado em nível federal. Mesmo o governo não recuando nos ataques, a direção cutista do CPERS dirige o movimento para a derrota, pois continua com sua tática de “greve parcelada”. Para justificar seu peleguismo, a direção usa um argumento mentiroso de que não quer  romper a unidade com o Movimento Unificado dos servidores públicos.
        Neste movimento o CPERS deveria ser a vanguarda, impulsionando os outros sindicatos para uma luta consequente contra o governo Sartori, propondo uma GREVE UNIFICADA POR TEMPO INDETERMINADO e radicalizando nos métodos (colocando milhares de trabalhadores nas ruas, piquetes, ocupações dos espaços públicos, bloquear estradas, pontes...) não será com uma “greve de platéia” para aplaudir deputados na frente do Piratini que derrotaremos o governo e seus planos de ajustes. A direção central faz de conta que luta com sua “greve parcelada”, que não serviu sequer para mobilizar os servidores para impedir a votação do PL 103/2015 que libera as Parcerias Públicas Privadas (PPP) no Estado. Além disso, a direção central vai para mídia burguesa combater os piqueteiros do CAFF, que travaram uma luta consequente dando visibilidade ao nosso movimento. Lamentável! Age dessa forma porque o governo Sartori é a continuidade do governo Tarso (PT), assim como esse foi do governo Yeda (PSDB): todos os governos dando conta do projeto neoliberal em curso no país e no Estado.

A ADESÃO À GREVE DEMONSTRA A DISPOSIÇÃO
DA CATEGORIA PARA SEGUIR NA LUTA
        A greve que começou dia 31/08 teve uma adesão significativa, com percentual que variava entre 80%, 90% e 95% de participação nas mobilizações da categoria, conforme relato dos núcleos, o que deixa claro a sua disposição de luta. É evidente que temos que analisar diariamente este ânimo, para escolhermos as melhores táticas de combate, mas não dá para se admitir que a direção do CPERS coloque medo na categoria e que trabalhe incessantemente para desmontar a greve, pois se dependesse da direção voltaríamos de cabeça baixa no dia 04/09, mesmo depois da intensificação dos ataques do governo Sartori contra os trabalhadores. Apesar de todo cerceamento da democracia sindical, a pressão da base presente no Conselho Geral Ampliado fez valer sua vontade de continuidade da greve. 
        É necessária uma greve de novo tipo: precisamos radicalizar nos métodos, ocupar espaços públicos estratégicos para o Estado com milhares de servidores, organizar piquetes, fechamentos de estradas, organizar comandos de mobilização regional, núcleo e estadual, abertos aos ativistas combativos de base (criar comandos unificados com os demais servidores), e com reuniões frequentes, pensando e concretizando um plano de lutas entre a categoria e as comunidades escolares. Trabalhar para promover atos massivos de, no mínimo, 40 mil trabalhadores, disponibilizando ônibus para trazer o máximo de servidores. Devemos mostrar a nossa força com mobilização e não com o boicote silencioso que faz a burocracia sindical, desmoralizando os movimentos frente à opinião pública e ao governo.


Ø  GREVE UNIFICADA DOS SERVIDORES PÚBLICOS POR TEMPO INDETERMINADO!
Ø  CONTRA O CONGELAMENTO E PARCELAMENTO DE SALÁRIOS DO GOVERNO SARTORI!
Ø  NÃO RECUAR! AVANÇAR NA LUTA CONTRA O GOVERNO SARTORI E SEU PLANOS DE AJUSTES!
Ø  NENHUM DIREITO A MENOS!
Ø  PELO FIM DAS ISENÇÕES FISCAIS ÀS GRANDES EMPRESAS!
Ø  PELO FIM DO PAGAMENTO DA DÍVIDA PÚBLICA, QUE JÁ ESTÁ PAGA!
Ø  CONTRA A PL 206 QUE ABRE A POSSIBILIDADE DE DEMISSÃO DE NOMEADOS E CONTRATADOS!
Ø  DERROTAR A BUROCRACIA SINDICAL!
Ø  DESFILIAÇÃO DA CNTE QUE DEFENDE O FIM DO NOSSO PLANO DE CARREIRA!
Ø  QUE O FUNDO DE GREVE SEJA DESTINADO PARA CAMPANHA DE MÍDIA CONTRA O GOVERNO  SARTORI E SEUS PLANOS DE AJUSTES!


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