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18 de mar. de 2016

A OFENSIVA DO GOVERNO SARTORI, DILMA E DA DIREITA GOLPISTA CONTRA OS TRABALHADORES CONTINUA!

         Está em curso no país um golpe orquestrado por Ministério Público, Polícia Federal, Justiça Federal, Globo, Veja, IstoÉ e parte do STF, através do que se convencionou chamar de Operação Lava Jato. A Lava Jato não é uma investigação contra a corrupção, é um complô contra o PT, tendo como finalidade depor Dilma, impedir a candidatura de Lula em 2018, destruir a Petrobrás e entregar o Pré-sal às multinacionais. A Lava Jato não combate a corrupção e não se restringe à legalidade vigente.
        O PT não se defende seriamente dos ataques da Lava Jato porque tem os mesmos compromissos com o grande capital que os seus inimigos golpistas. Não pode denunciá-los com clareza porque implicaria em denunciar si mesmo, já que participa do mesmo esquema. Não pode apelar às massas porque isso contraria os seus interesses e o dos seus patrocinadores. A sua resistência ao golpe consiste em ceder aos planos liberais. PT, PSDB e PMDB, entre outros, estão unidos no ajuste fiscal, reforma da previdência, lei antiterrorista, entrega do Pré-sal às multinacionais.
        O PT não é melhor nem pior que o PSDB. É diferente, pelas suas origens e seus métodos. O seu vínculo com os movimentos condiciona a forma da sua política e não a essência. Também é capaz de atacar brutalmente os trabalhadores. A frente única contra o golpe é uma necessidade, mas somente é possível em torno de lutas pontuais, nas quais não estejam colocadas nem o apoio ao governo nem o apoio disfarçado ao golpe. Não é possível lutar contra o golpe apoiando a política de ajustes liberais. Somente se pode derrotar o golpe enfrentando a política de austeridade da burguesia, patrocinada pelos dois blocos burgueses, o do governo e o da oposição (o arrocho fiscal, a reforma da previdência, a destruição da Petrobrás, etc.). Somente essa denúncia pode desmascarar a direita e enfraquecê-la, retirando dela o monopólio da crítica ao governo e mostrando a sua unidade contra o povo por trás da briga pelo poder.
        Precisamos lutar contra o golpe! Mas lutar contra ele não se confunde com o apoio ao governo. Lutamos contra o golpe não porque Dilma seja melhor que Aécio, mas porque o golpe se voltará principalmente contra todo o movimento organizado dos trabalhadores e a esquerda em geral. É necessário criar um movimento independente dos trabalhadores, por mais minoritário que seja. Não pode ser o movimento promovido pelo Espaço de Unidade de Ação (PSTU, CSP-Conlutas, Intersindical, setores do PSOL, etc.) porque este, mesmo que se diga independente dos dois blocos burgueses, é de fato uma variante do movimento da direita. A exigência dessa “esquerda” de que a CUT rompa com o governo e encabece a luta contra os ajustes é uma venda de ilusões da pior espécie. O movimento sindical deve trabalhar no sentido de evitar e de denunciar as tentativas de manipulação política de um bloco ou do outro.


OS GOVERNOS ESTÃO JUNTOS NA POLÍTICA DE AJUSTE FISCAL!

Os governos representantes do capital continuam na ofensiva contra os trabalhadores retirando todas as suas conquistas sociais. Os organismos internacionais (Banco Mundial e BIRD) os pressionam para o aceleramento da legalização das privatizações, através da aprovação dos Planos Estaduais e Municipais de Educação (PEEs e PMEs), que são cópias adaptadas do Plano Nacional de Educação (PNE), executado pelo governo Dilma e apoiado pela CNTE/CUT/CPERS.
        O governo Sartori (PMDB) já alardeia demissões de trabalhadores concursados, amparado legalmente na Lei de Responsabilidade Fiscal Estadual para intimidar qualquer possibilidade de grandes mobilizações. Além de todos os ataques, como parcelamento de salários, atraso no pagamento de férias, o não pagamento do 13º salário, corte nos repasses financeiros para as escolas, fechamento de turmas e turnos das escolas, aumento da carga de trabalho sem aumento da remuneração, redução da hora atividade, impõem mais um golpe contra a previdência pública através PEC 251/16 que acaba com a paridade entre ativos e inativos, aumenta o tempo de serviço e impede averbação de tempo de serviço para aposentadoria.
        A atual briga pelo poder entre a direita golpista e o PT não pode ofuscar o fato de que a ofensiva é geral dos governos de todos os partidos contra os trabalhadores. No campo da educação, o PNE facilita esta ofensiva, legalizando-a. O governador de Goiás, Marconi Perillo/PSDB, está entregando a administração das escolas estaduais às OSs (Organizações sociais - privadas), legitimado pelos tais regimes de colaborações e parcerias contidos no PNE. O governador paulista, Geraldo Alckmin (PSDB), tentou fechar as escolas Estaduais, precariza o trabalho para retirar direitos através das terceirizações dos serviços públicos e da contratação de professores. O governo Dilma corta verbas da educação pública e propôs o PNE.
Estes ataques aos trabalhadores servem para a sobrevivência do capital que está em decadência sem possibilidade de reversão. Estamos pagando o preço da manutenção do capitalismo. A corrupção, as guerras, a exploração, o aprofundamento da barbárie são problemas inerentes ao capitalismo. Não existe saída para os trabalhadores por dentro dele e não há como reformá-lo (a estratégia do PT é a prova). Somente na luta contra o capital e pelo socialismo poderemos forjar uma nova direção para nossa classe e colocar na perspectiva a solução dos problemas que cotidianamente nos atormentam.

DIREÇÃO DO CPERS DIRIGE A CATEGORIA PARA DERROTAS!
O QUE NÃO AVANÇA, RETROCEDE.
          Enquanto os governos de todos os partidos estão retirando direitos e atacando a classe trabalhadora, a direção do CPERS/CUT sabota nossas lutas. Golpeou e desmontou a greve em 2015, na assembleia ocorrida no Pepsi On Stage, no dia 11 de setembro, gerando cansaço, apatia e desconfiança da categoria no sindicato. A direção do CPERS facilitou a vida do governo Sartori, que conseguiu aprovar todos os projetos que destroem o serviço público. Além disso, em nome da CNTE-CUT levou a categoria a reboque de uma antigreve em defesa do PNE, que avaliza a privatização da educação pública, isto é, deixa claro para o governo acelerar o seu desmonte através das PPP ou OSs e das demais “estratégias contidas no PNE”. A direção central impediu que a categoria decidisse sobre a sua participação nessa antigreve da CNTE-CUT, pois a assembleia geral foi marcada somente para depois da tal “greve”, desrespeitando novamente resoluções aprovadas em congresso e conferências do CPERS; no caso desta anti-greve desrespeitou as resoluções já aprovadas que rechaçavam o PNE.
        Diante das traições da direção do CPERS a categoria está na defensiva e a correlação de forças desfavorável. Mas temos que reverter esta situação: é urgente romper com as direções burocráticas, pois estas colaboram com os governos, levando a classe a um acúmulo de derrotas que reforçam a apatia e a desconfiança. A greve é uma tática privilegiada e deve ser usada nas condições favoráveis, como arma decisiva. Não é o caso de agora. Porém, não fazer greve agora não significa resignação e apatia. A direção e as correntes do CPERS só fazem trabalho no momento da greve. É preciso romper esta lógica.
Precisamos fortalecer as organizações de base, e neste sentido propomos um calendário de mobilização contra os ataques do governo Sartori: reuniões por escolas e ativação das zonais com redução de períodos nos dias das reuniões, turno único das escolas de uma determinada região para facilitar a participação dos trabalhadores nas plenárias regionais, atos regional e estadual, debates sobre as políticas do imperialismo e dos governos para o país, o caráter governista e burocrático das direções sindicais, a decadência do capitalismo e a necessidade do socialismo, bem como a construção de uma nova direção para a classe trabalhadora. Estas tarefas são fundamentais para edificar um movimento sindical combativo.

- CONTRA O GOLPE E O ARROCHO NEOLIBERAL!
- CONTRA O PNE E PEE PRIVATISTA E NEOLIBERAL DE DILMA/SARTORI/BANCO MUNDIAL! REAFIRMAR A DECISÃO DE CONGRESSO E ASSEMBLEIA GERAL DO CPERS CONTRA O PNE! 
- CONTRA O FECHAMENTO DE TURMAS E TURNOS DAS ESCOLAS!
- CONTRA A SOBRECARGA DE TRABALHO E A REDUÇÃO DA HORA ATIVIDADE!
- CONTRA O CONGELAMENTO E PARCELAMENTO DE SALÁRIOS!
- CONTRA OS CORTES DE VERBAS E REPASSES FINANCEIROS DAS ESCOLAS!
- DESMASCARAR OS ATAQUES E A “CRISE FINANCEIRA” DO GOVERNO SARTORI (PMDB) ATRAVÉS DE AULAS PÚBLICAS!
- CONTRA O PELEGUISMO DA DIREÇÃO DO CPERS!


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