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13 de mai. de 2016

ACUMULAR FORÇAS PARA CONTROLAR A BUROCRACIA SINDICAL DO CPERS E ENFRENTAR O GOVERNO SARTORI COM UM MOVIMENTO ORGANIZADO, CONSCIENTE E MASSIVO.

A situação dos trabalhadores está dramática, sofrendo golpes em cima de golpes e retirada de direitos por todos os governos (desde Sartori – PMDB – até Dilma – PT). Nunca tivemos tantos motivos para fazer greve. Entretanto, temos muita dificuldade para decretá-la: desmobilização, desconfiança da base em relação ao sindicato, medo de novas traições, falta de trabalho de base, burocratização sindical e a ausência de mecanismos para controlarmos a direção do CPERS. Uma correlação de forças desfavorável mas que pode ser modificada pela nossa luta e organização.
         A nossa luta ainda é defensiva e, por isso, precisamos analisar os melhores momentos para deflagrar greve. Vivemos uma ofensiva da burguesia para a retirada das conquistas dos assalariados. As greves, em geral, estão sendo derrotadas. Quando vitoriosas em alguns pontos, a burguesia retira com a mão direita aquilo que é obrigada a conceder com a esquerda. Os educadores são obrigados a fazer greve todos os anos num círculo vicioso onde mais perdem do que ganham. A atual direção do CPERS não rompeu com esta lógica. No entanto, o governo nos empurra para a luta com os seus ataques que não podem ficar sem resposta. Nessa situação, a categoria deve saber o momento e que tipo de luta pode fazer. Deve saber que deve contar apenas com a sua própria força e passar por cima da direção do CPERS, se não quiser ser derrotada. Essa direção mais uma vez demonstra a sua inconseqüência com as suas propostas de luta para esta assembléia. Quando exige o pagamento do piso nacional pressupõe que os trabalhadores estivessem na ofensiva, quando estamos na defensiva tentando evitar perdas em cima de perdas.  Outras propostas são diversionistas, causando grande confusão na categoria. A categoria luta contra o parcelamento permanente dos salários, ausência de repasses para as escolas e segue dividida entre nomeados e contratados. Essa deve ser a nossa luta principal.
         Precisamos de um movimento forte, organizado, consciente e em conjunto com a sociedade (principalmente os estudantes) para podermos derrotar o governo Sartori (PMDB e aliados). Não há atalhos nesta luta.  Devemos estar muito conscientes e organizados para não sermos mais uma vez enganados e derrotados. Devemos confiar em nós mesmos, no apoio da sociedade, controlar a direção do sindicato e fortalecer a oposição classista, principalmente, a Construção pela Base. As outras oposições à direção central  (PSOL, PSTU, PCB, CEDS) que, em sua maioria, dirigem vários núcleos, não têm uma política correta e não fazem uma oposição conseqüente à burocracia dirigente. Não pesam as reais condições para uma greve vitoriosa: a organização de base, o momento exato, as reivindicações corretas, as mobilizações de rua. É preciso estar vigilante também em relação a elas.  
         Somente nessas condições a vitória é possível.  Um CPERS democrático, classista, independente do governo e que protagonize greves vitoriosas só poderá surgir com a derrota da atual burocracia sindical dirigente (CUT-PT, CTB-PCdoB e PDT). Essa burocracia já traiu muitas lutas e desmontou muitas greves. Somente com uma grande mobilização podemos colocá-la na parede e garantir o sucesso da mobilização ou de uma possível greve. Devemos saber também que nem sempre podemos escolher o melhor momento para a luta. Existem ataques que não podem ficar sem resposta, como o parcelamento permanente dos salários. Mas a melhor resposta nem sempre é a greve. Mas mesmo qualquer greve sem grande mobilização de rua tem pouca serventia. É necessário analisar a correlação de forças, as reivindicações, a disposição da base e o papel de entrave da burocracia sindical. A hora é de luta. Junto com a categoria queremos ajudar a definir a melhor forma dessa luta, que passa necessariamente pela organização de base, a unidade com os estudantes, a mobilização e agitação de rua e a denúncia da política do governo.

- Organizar núcleos sindicais por escolas;
- Reorganizar as zonais e iniciar um movimento de unificação pela base;
- Denúncia do governo Sartori, Dilma (agora Temer) e da direita golpista na sua política de “ajuste fiscal”: esclarecer a comunidade através de aulas públicas, assembleias, agitações e atos de rua;
- Apoio e defesa dos estudantes que ocupam as escolas!
- Discutir o congresso do CPERS nas escolas e colocar a perspectiva de um novo sindicalismo que derrote a burocracia sindical e seja controlado pela base.
- Colocar em prática o fundo de greve com o dinheiro que era destinado à CUT, sem enrolação!

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