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15 de mai. de 2016

FORTALECER A GREVE DA CATEGORIA E AVANÇAR PARA UMA GREVE DO FUNCIONALISMO PÚBLICO ESTADUAL!


        A Assembleia Geral do dia 13 de maio decidiu deflagrar uma greve contra os ataques do governo Sartori. Infelizmente foi uma assembleia aquém do potencial da categoria e da necessidade de resposta aos ataques sofridos. Isso é consequência da descrença dos educadores na direção burocrática do CPERS. Essa direção quer levar a categoria a uma greve inconsequente e inofensiva para o governo. A nossa tarefa é transformá-la numa greve consequente. Mesmo que o ânimo da categoria não seja o melhor, o governo nos ataca e nos força para a luta. A hora é de luta, porque esses ataques não podem ficar sem resposta. Uma vez decidida, é preciso torná-la o mais efetiva possível. Não se trata apenas de paralisar o maior número de escolas, mas de colocar os trabalhadores na rua; não apenas os educadores, mas todo o funcionalismo público.
Diante da iniciativa dos alunos de algumas escolas pela ocupação das mesmas, devemos apoiar essas ocupações e ver se é possível ampliá-las para outras escolas. Devemos mobilizar a comunidade escolar onde for possível (principalmente os estudantes) e unificá-la com outras escolas mobilizadas. Criar organizações do movimento por escola, por zonal e buscar a participação das comunidades escolares nas reuniões dos núcleos e das assembleias. Os trabalhadores grevistas devem exigir e impor a sua participação com direito a voz nos comandos de greve estadual e regional, estes devem ser abertos a categoria que quer participar. Fundamentalmente, é preciso transformar a greve numa grande agitação e mobilização de rua contra o governo, denunciando e desmascarando a sua política contra a escola pública, que é uma tentativa de destruí-la. Uma greve passiva é tudo o que o governo quer. A manutenção da escola pública depende unicamente da luta dos educadores e da comunidade escolar. O governo não tem qualquer responsabilidade com o ensino público.
As reivindicações aprovadas na Assembleia Geral são confusas. Devemos enfatizar a luta contra o parcelamento e congelamento de salários, contra a falta de repasse de verbas para as escolas, contra o seu sucateamento,  pela defesa do plano de carreira e dos direitos conquistados.
        Nesta conjuntura defensiva, o CPERS deve ser vanguarda e fazer avançar a GREVE para além dos trabalhadores da educação, fazendo um chamamento a todos os trabalhadores do serviço público para aderirem à greve começada pelos educadores, colocando o funcionalismo público nas ruas, trabalhar para promover atos massivos de, no mínimo, 40 mil trabalhadores, disponibilizando ônibus para trazer o máximo de servidores. Devemos mostrar a nossa força com mobilização. Sabemos que as burocracias evitarão grandes mobilizações unitárias de todos os trabalhadores, pois temem perder o controle do movimento, mas temos que tencioná-la nos comandos regionais e estaduais para que isso aconteça, caso contrário, amargaremos mais derrotas. A nossa luta somente terá perspectiva se for transformada num grande movimento unitário de agitação e de denúncia dos ataques do governo à educação pública.



ü Nenhum parcelamento e congelamento de salários. Dinheiro não falta, sobra para os empresários. O governo mente.
ü Agitação permanente de rua, com denúncia contundente dos ataques do governo Sartori.
ü Denúncia da burocracia sindical, que não organiza, não mobiliza e fecha o comando de greve.
ü Organização ampla por escola, por zonal e por cidade.
ü Um comando de greve aberto a qualquer grevista, com direito a voz e voto, que dele queira participar.
ü Apoio às ocupações estudantis existentes e se possível realizar outras ocupações.
ü Avançar para uma greve de todo o funcionalismo público.
ü Defesa da educação pública!



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