A
greve dos educadores acabou, dentre outros fatores, em razão da inatividade da direção do CPERS no
comando estadual de greve. Muitos
ativistas a alertaram em distintas oportunidades sobre a perseguição política, a remoção
de colegas e o assédio moral que estava ocorrendo no
chão das escolas. Não tardou muito
para que as perseguições e o assédio moral por parte da SEDUC, das
coordenadorias regionais e das direções de escolas serviçais, recomeçassem e se
aprofundassem.
Cotidianamente os grevistas têm sofrido
perseguições absurdas, sem que a direção do CPERS e seus núcleos nada façam. A
SEDUC, através de suas Coordenadorias de Educação, está descumprindo o acordo
de final de greve estabelecido com o CPERS, de que as comunidades escolares
decidiriam sobre seus calendários, garantindo sua autonomia conforme a Lei de
Gestão democrática. As “orientações” de calendário de recuperação da greve
imposto goela abaixo pela SEDUC determinam quais dias podem ser usados para
recuperação, cerceando o direito das comunidades decidirem livremente sobre
como e quando irão recuperar, patrolando as decisões acordadas nos coletivos
escolares, com objetivo de punir e tencionar as comunidades contra os
trabalhadores que lutam.
A
falta de professores e funcionários é gritante nas escolas estaduais. No
entanto, no pós-greve as coordenadorias que deveriam ter a preocupação de
suprir a necessidade de recursos humanos nas escolas, estranhamente enviam nomeados
que surgem “do nada” para substituir contratados
e nomeados grevistas, sem que houvesse nenhuma nomeação no período, ao invés de
suprir as escolas onde realmente faltam professores e funcionários,
caracterizando que o objetivo da SEDUC é eliminar os focos de resistência
contra os desmandos do governo Sartori (PMDB e aliados).
A omissão da direção do CPERS frente
ao assédio moral e a perseguição política no pós-greve
Professores
e funcionários, nomeados e contratados, são perseguidos descaradamente por
direções autoritárias de escola, enquanto que a direção estadual do CPERS e as
dos seus núcleos nada fazem efetivamente para coibir tais práticas cotidianas
nas escolas, o que tem levado ao adoecimento da nossa categoria. Não preparam
uma única visita em uma escola para coagir o assédio moral; não realizam um
único escracho; sequer são capazes de escrever uma nota de repúdio! No site do
sindicato continuam uma auto promoção eleitoreira e inconsequente,
completamente desconectados do sofrimento e da resistência no chão das escolas.
Sua luta contra o assédio moral é uma farsa: um canal para denúncias, que fica
escondido no site. A categoria que se vire e ache um jeito de contatar a
direção do CPERS!
Esse é o sindicalismo burocrático que
precisamos urgentemente derrotar: sabotam a luta concreta, a greve; a usam
apenas para se promover eleitoralmente; deixam a greve num beco sem saída; e
depois largam a categoria à própria sorte. É preciso resistir às tentativas de
intimidação por parte do governo e das direções de escola. A omissão da
burocracia sindical do CPERS não deixa dúvidas sobre o seu caráter de classe e
os seus reais compromissos.
- Sindicato é pra lutar! Contra a burocracia
cúmplice dos governos!
- Contra o assédio moral e a perseguição política!
- Pela autonomia das comunidades escolares sobre a
decisão do calendário de recuperação da greve!
- Escracho contra as CREs e as direções
autoritárias cúmplices do governo!
- As direções de escola são cargos de confiança da
comunidade; e não do governo!
- Em defesa dos que lutam e do direito de
participação sindical!
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