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6 de mar. de 2017

UNIFICAR NOSSA LUTA PARA DERROTAR O GOVERNO SARTORI/TEMER.

            Os trabalhadores estão sendo atacados: retirada de direitos, aumento da exploração do trabalho, opressões, xenofobia e violência. No rastro da decadência do capitalismo, o fascismo ascende, passando por cima de todas as conquistas culturais, sociais e materiais da classe trabalhadora. Aumenta a concentração de renda e a miséria. A reforma do capitalismo é impossível. Caso não seja destruído pela revolução socialista, a barbárie continuará avançando. 
         Os ataques e contradições do governo Sartori/Temer não param. O governo Sartori gastou R$ 3,5 milhões em publicidade enquanto os salários dos trabalhadores continuam parcelados e congelados, as escolas deterioradas, turnos e turmas fechadas, mesmo aumentando as demandas das comunidades. Os trabalhadores estão sendo remanejados e estão reduzindo horas em contratos e convocações. O governo continua com a política de garantir 36% do orçamento público para o grande empresariado através das isenções fiscais e permitindo a sonegação.
         A ordem do capital é a destruição dos serviços públicos e dos direitos trabalhistas através de diversos métodos: fracionam os ataques, utilizam decretos para retirar direitos. Todos os governos estão na ofensiva contra os trabalhadores. Destruir a educação pública é um dos principais objetivos do governo Sartori/Temer para entregá-la para as parcerias públicas privadas. A tal “reforma” do ensino médio vem no mesmo sentido.
          As burocracias que dirigem os sindicatos e centrais (CUT, CTB,  CSP Conlutas e Intersindical),  e a do CPERS em particular, estão a serviço dos governos e dos seus planos de arrocho. Não unificam a classe, não realizam assembleias unitárias de base das diferentes categorias para melhor resistir à ofensiva do capital.
         As burocracias temem a unificação da classe trabalhadora por medo de perder o controle sobra ela. Fazem mobilizações de faz de conta com pautas ambíguas decididas pela cúpula e impostas goela baixo aos trabalhadores. Propõem uma falsa “greve geral” e uma greve internacional policlassista de mulheres no 8M, financiada por George Soros. Deseducam a classe para desviar da luta revolucionária e do combate ao capital. Valem-se de estatutos e regras do sindicalismo atrelado ao Estado para impedir assembleias, mobilizações e unificação das diferentes categorias. Desviam os trabalhadores da luta direta para o parlamento, que é a casa da burguesia, iludindo os trabalhadores e acumulando derrotas.
          Nesse momento é necessário UNIFICAR nossa luta, organizar assembleias e atos unitários de todas as categorias, agregar às pautas especificas as reivindicações gerais de toda a classe. Devemos ocupar o espaço público, denunciar e desmascarar os planos da burguesia, mobilizar toda a classe trabalhadora, colocar o bloco na rua, realizar mobilizações massivas e frequentes,  unificando os sindicatos de diversas categorias, movimento estudantil, associação de moradores, movimentos sociais.  Colocando toda a estrutura dos sindicatos e centrais a serviço da organização.
          A divisão dos sindicatos nos fragiliza e leva à derrota. Apenas a unidade em torno desta perspectiva nos fortalecerá. A nossa pauta deve ser: a defesa da educação pública e dos serviços públicos, contra a reforma da previdência, contra o desmonte da educação pública, contra a retirada de direitos, contra o congelamento e parcelamento dos salários. Precisamos construir o caminho para a destruição do capitalismo e, dessa forma, barrarmos o avanço da barbárie.

      Nossa indignação e ódio contra a exploração do capital devem ser transformados em ação. Apenas na luta contra o capital e seus governos é que poderemos conquistar algumas reivindicações e pavimentar o caminho para o socialismo.  

POR UMA CHAPA CLASSISTA PARA A DIREÇÃO DO CPERS

        Urge construir direções sindicais que unifiquem e organizem a classe trabalhadora para o combate consequente contra os governos do capital, que rompam com a política de conciliação de classe da burocracia (que não organiza a classe e a deseduca). A burocracia cerceia a democracia sindical, oprime as minorias do CPERS, desmobiliza a classe e faz de conta que luta. Isso vale para a atual direção do CPERS (PT, PCdoB, PDT, CUT e CTB) e também para a antiga direção (MLS, PSTU, PSOL, CS e CEDS). Existe uma falsa polarização entre a direção atual e a antiga, que pouco se diferenciam. Parte da vanguarda sustenta a argumentação do “mal menor”, que é semelhante ao que o povo pensa sobre os partidos burgueses, escolhendo o “menos pior”. Esta vanguarda também defende a ideia de que é necessária a unidade de “todos” para tirar a atual direção, apostando na volta da direção anterior.
            Exercem uma forte pressão imediatista sobre os ativistas. Reforçam ilusões. Não se trata de uma disputa entre uma corrente “mais democrática” e outra “mais autoritária", mas da luta por um novo sindicalismo: classista, organizado pela base, capaz de unificar a classe trabalhadora, conscientizá-la da necessidade de destruir o capitalismo, pavimentando o caminho para o socialismo. Nenhuma das duas burocracias fará isso. Ambas vendem ilusões na reforma do capitalismo. Ambas representam o sindicalismo de cúpula, burocrático, personalista e submisso à burguesia. Ambas já dirigiram o CPERS, e, inclusive, já estiveram juntas em uma mesma chapa.
Assim como o PT aplainou o caminho para o golpe da direita, a antiga direção do CPERS (MLS, PSOL, PSTU, CS e CEDS) preparou o caminho para a vitória da direção petista. A disputa entre elas é uma falsa polarização. A antiga direção não é uma real oposição. No essencial, manterá a mesma prática burocrática e o mesmo sindicalismo de cúpula. Para derrotar a ofensiva de Temer e Sartori (PMDB) é preciso um sindicalismo revolucionário. O sindicalismo “reformista” já provou que é incapaz de conter tais ataques. Propomos um programa classista e de organização pela base:
- Organização por local de trabalho; formação teórica e política, criando  consciência de classe;  uma utilização democrática e formativa do Sineta, site e redes sociais; uma nova forma de atuação dos representantes sindicais (que seja uma via de duas mãos e não uma correia de transmissão das direções sindicais).
- Fim da burocratização sindical; por uma nova forma de prestação de contas e de utilização das verbas sindicais; por uma democratização das assembleias gerais; fim do personalismo; pela unidade concreta da classe trabalhadora e dos seus sindicatos;
- Pela defesa do socialismo: por uma ampla conscientização, organização e luta contra o capitalismo. Discutir fraternalmente com os colegas que têm ilusões no capitalismo; mostrar que a sua manutenção significa a retirada de direitos em escala mundial e que os agentes tupiniquins do imperialismo são Sartori e Temer (PMDB); que a sua política é a materialização das necessidades do capitalismo. Precisamos organizar a classe contra os governos do PMDB e PSDB; contra o PNE e PEE privatista (herança dos governos do PSDB e do PT). Combater o sindicalismo burocrático da CUT, CTB, CSP Conlutas e Intersindical, inclusive, das correntes da dita “oposição”. Esse sindicalismo foi incapaz de reverter o quadro de derrotas, e, seja qual for a corrente vencedora, continuará a organizar outras derrotas. É preciso um novo sindicalismo combativo, de base e contra o capitalismo!
As chapas precisam ser debatidas entre todos, não só pela vanguarda, mas também com os colegas do chão das escolas. A atual direção e a antiga fazem o mesmo debate viciado de sempre, pautado nos acordos por cargos entre as correntes.
A luta contra a burocratização sindical não pode ser apenas uma carta de intenções, mas deve se materializar em propostas concretas. Não basta combater a burocratização sindical com medidas organizativas. É preciso um programa revolucionário, socialista e concreto. Essa é a nossa política para derrotar  as burocracias sindicais (CUT, CTB, CSP Conlutas e Intersindical).
Os nossos piores inimigos são as nossas ilusões. É preciso cortar o mal pela raiz, falar francamente com a nossa categoria! Chamamos todos os ativistas conscientes do CPERS para que venham debater e construir este caminho classista e de independência de classe.

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