Repudiamos os desmandos do governo Leite (PSDB e comparsas), que arbitrariamente executou uma invasão, despejou, saqueou o material existente no local e pretende fechar a EEEF Estado do Rio Grande do Sul. Sua ação foi digna do crime organizado, atuando como bandido, pois mandou arrombar o prédio da escola ignorando e desrespeitando a mobilização da comunidade escolar e de sua direção. Durante a audiência pública na ALERGS para debater o possível fechamento da escola, o secretário de educação tucano, Faisal Karam, reafirmou que a decisão é irrevogável. Tal afirmação, feita numa arrogância sem precedentes, nos causa a mais profunda revolta e indignação, além de ser o possível início do fechamento de várias escolas públicas. Por isso precisa ser detida agora!
Como vem fazendo, a SEDUC-RS se aproveita do estado de calamidade pública em função da pandemia da Covid-19 para patrolar a escola pública e as(os) educadoras(es). Ignora os apelos da comunidade escolar e passa o rolo compressor neoliberal com a evidente intenção de reduzir recursos financeiros públicos para serem destinados ao setor privado. Aproveita a pandemia, que criou um momento em que as comunidades estão atônitas e fragilizadas, para acelerar seu projeto de Ensino à Distância (EaD), Ensino Híbrido e de "nova economia" — isto é, da "uberização" da educação pública —, drenando, assim, os recursos financeiros do Estado para o setor privado, especificamente para a Fundação Lemann e as operadoras de internet, que devem estar lucrando milhões com a nossa desgraça.
Em contrapartida, diante de tantos ataques, as comunidades ficam a mercê de ações desse tipo. Entendemos que cabe a direção central do CPERS armar as comunidades escolares (em especial a da escola Rio Grande do Sul), mobilizando todo o apoio necessário de correntes internas, agrupamentos militantes, centrais sindicais e todo o suporte material possível — tal como faz quando se trata de eleições sindicais e da tirada de delegados para os congressos da entidade —, bem como promover formação permanente, à distância, enquanto durar a pandemia, acerca da conjuntura recessiva e dos ataques do capital contra os serviços públicos e os direitos da classe trabalhadora. É preciso iniciar uma grande campanha, tal como exigiu uma mãe de aluno durante o ato em frente à escola, no dia 4 de setembro, que Faisal Karam enfrente cara a cara a comunidade escolar e assuma a sua nova atrocidade.
No sentido objetivo da luta o CPERS tem muito a fazer para construir a resistência contra a destruição da educação pública e o fechamento de escolas; para tal, deve colocar todo seu aparato e militância política para a luta real, garantindo que a ocupação se mantenha até a retomada da escola por parte da comunidade escolar, e não como fazem normalmente alimentando ilusões eleitorais e institucionais, aceitando ataques e desmobilização como fatalidades irremediáveis e contribuindo para o aprofundamento do desânimo da nossa classe; ou enviando apenas um ou dois militantes da direção central. É necessário imprimir vida e dedicação à luta de resistência!
Não construiremos vitórias e nem avançaremos na consciência de classe da nossa categoria por obra do acaso. É necessário colocar a nossa ferramenta de luta — isto é, o nosso sindicato — a serviço exclusivamente da construção de debates, formações, organização por local de trabalho, incentivo moral e material para enfrentar os desmandos do capital. Caso contrário, veremos o fim da escola pública sem nada fazer, aceitando-o quase como uma fatalidade do destino — o que, sabemos bem, está longe da verdade.
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