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17 de jun. de 2012

O GOVERNISMO SEGUE FROUXO NO CPERS SINDICATO

Na reunião do Conselho geral do CPERS Sindicato do dia 15/06/2012 a Construção pela Base apresentou a seguinte proposta de inclusão no plano de lutas do sindicato: que os trabalhadores contratados sejam incluídos nos Planos de Carreiras, e também que aqueles que já exerçam três anos de atividade no cargo já tenham concluído o curso superior tornem-se efetivos e com estabilidade. A direção do CPERS Sindicato propôs que não fosse votada essa proposta, com o argumento de que a mesma é tema para o Congresso do CPERS. Terminou sendo aprovada a proposta da direção do CPERS com o voto contrário da Construção pela Base. Hipocritamente utilizaram o argumento falso de que essa discussão somente deve ser tema de congresso, segundo o estatuto do sindicato, este ano deveria ser realizado o congresso ordinário bianual, mas a direção não mexeu uma palha para que este ocorresse.
       A direção do CPERS e as demais correntes representadas no Conselho Geral através de sua prática declaram que têm posição contrária à proposta de extensão do plano de carreira aos contratados bem como sua efetivação e estabilidade, feita pela Construção pela Base. Disseminam na categoria a visão dicotômica e alienada de que se efetivarmos os trabalhadores contratados seria uma posição contrária a ter concurso público. Isso é um falso argumento, que serve para esconder a verdadeira intenção que é servir aos interesses dos governos, já que não enfrenta a política de precarização do trabalho dos educadores.
        Essa política de ignorar os contratados significa apostar na divisão da categoria e no enfraquecimento das suas lutas, fortalecendo a burocracia sindical e os governos. A direção do CPERS não assume publicamente sua posição contrária a da Construção pela Base para não se desgastar com os trabalhadores contratados, que hoje representam uma parcela bastante significativa da categoria.
       Também propusemos aprimorar a campanha de denúncia do governo Tarso, denunciando sua nova manobra política no momento em que ela ocorre. Trata-se da denúncia pública da manipulação dos índices de repetência do Ensino Médio, que, conforme elucidamos em nossos materiais, estão somados com os índices de abandono, deturpando-os. O governo utilizou esses dados para desmoralizar, via grande mídia, os educadores do Estado e justificar a política de cortes de gastos e de baixo investimento na educação pública. Também salientamos a necessidade de denunciar que a alteração na lei de gestão democrática está na lógica de “escola empresa”, em sintonia com o novo Plano Nacional de Educação (PNE) – que é apoiado pelas correntes da direção do CPERS. O PNE segue a linha traçada pelo Banco Mundial, com metas a serem alcançadas a qualquer custo, obrigando as direções das escolas a trabalharem com os índices governamentais, submetendo a escola à lógica do mercado, cada vez mais excludente. As duas propostas foram derrotadas pela direção do CPERS e correntes aliadas.
      

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