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17 de dez. de 2014

A NOTA DE "OBSCURECIMENTO" DA DIREÇÃO DO CPERS

A direção do CPERS lançou uma suposta “nota de esclarecimento” no dia 3 de dezembro no intuito de combater os abaixo-assinados e plebiscitos informais que estão ocorrendo em muitos núcleos para debater sobre a desfiliação da CUT. Esta “nota de esclarecimento” é, na verdade, de “obscurecimento”, porque distorce os fatos e quer somente confundir a categoria para justificar a sua atitude arbitrária de cancelar o antigo calendário de debates que visava aplicar a resolução do Congresso de Bento. Aqueles que estão enganando escandalosamente a categoria (a atual direção do CPERS – Articulação Sindical-CUT – PT) tentam se vender como os honestos “esclarecedores”. Não há nada mais longe de um esclarecimento do que isso!
O fato é que a direção do CPERS confunde intencionalmente a categoria para esconder o seu golpe. Em primeiro lugar, quem marcou a proposta de plebiscito e de debate de desfiliação da CUT não foi uma assembleia geral, mas o VIII Congresso do CPERS. Então, o trecho que diz “todas as decisões tomadas em Assembleia Geral, somente outra Assembleia Geral pode mudar” carece de sentido e serve apenas para esconder que a atual direção está desrespeitando e passando por cima de uma resolução de Congresso, o que é um fato gravíssimo! Somente uma assembleia, por ser uma instância máxima da categoria, poderia desmarcar o plebiscito aprovado no Congresso e o calendário de debates aprovados no Conselho Geral do dia 11/04/2014.
O que a nota quer esconder é que o Conselho Geral, utilizando-se de sua maioria artificial e mesmo sem ter poderes para isso, anulou uma decisão de congresso porque tem diferenças profundas com ela. Sendo assim, a atual direção não rasga apenas o estatuto do sindicato, mas uma tradição histórica do movimento operário. A atual direção é, portanto, a principal interessada em “enganar a categoria”.
        Diz ainda que a “direção central do CPERS não se furtará de fazer este debate”, mas já furtou na prática: sabotou a decisão de um congresso e jogou para um futuro indeterminado este “debate”, que será, certamente, transformado em um teatro que não discutirá profundamente nada e não decidirá absolutamente nada – ações muito comuns no nosso sindicato não apenas por parte da atual direção. A sua “nota de esclarecimento”, portanto, serve apenas para obscurecer e enganar a nossa categoria. São fatos como este que nos fazem entender a profunda paralisia em que se encontra o nosso sindicato, entregue a uma burocracia governista parasitária que está se esforçando ao máximo para destruir as últimas pontes que existiam com a base.

        

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