Os serviços
públicos do Rio grande Sul, Brasil, México, França e demais países estão
sofrendo os maiores ataques do grande capital. A ordem dos organismos
internacionais do imperialismo (FMI, Banco Mundial, Comissão
Européia, FED, OTAN, Clube de Paris, Organização de Shangai) é privatizar tudo para tentar barrar a queda tendencial
das taxas de lucros, decretando a agonia irreversível do
capitalismo, que retorna à extrema exploração do trabalho do século XIX. Os governos liberais capachos do capital aplicam
as contrarreformas (retirada de direitos) penalizando os trabalhadores. A nossa
luta ainda é defensiva.
No Estado, o governo Sartori/Temer
(PMDB, PP, DEM e outros) aplica os planos de ajustes do imperialismo. O PL 44
impõem a privatização da educação e dos serviços públicos em geral, o que
significa precarização do trabalho, fechamento de escolas e serviços de baixa
qualidade para a população. A LDO 2017, aprovada recentemente na Assembleia
Legislativa, mantém a mesma lógica perversa imposta desde o primeiro ano do
governo Sartori: para os trabalhadores mais arrocho e congelamento dos
salários; para os agiotas internacionais, sonegadores (Gerdau, RBS e outros) e
grandes empresas, a farra com o dinheiro público.
Precisávamos de uma direção sindical
combativa e classista para enfrentarmos esta conjuntura, mas lamentavelmente
estamos à mercê de uma burocracia sindical dirigente autoritária, pelega e
conformista. Os seus interesses não transpõem as eleições burguesas e as suas
instituições políticas.
A BUROCRACIA SINDICAL E A
ESTUDANTIL, EM COLUIO COM
O GOVERNO, DESMONTAM E
DERROTAM AS OCUPAÇÕES E A GREVE
A categoria já completou 55 dias de
greve, mas o governo continua em sua ofensiva contra os educadores, estudantes
e a educação pública. O capitalismo em crise não lhe deixa outra alternativa a
não ser nos passar seus custos.
Nenhuma
proposta foi apresentada pelo governo que signifique recuo; ao contrário, houve
corte de ponto, remoção de alguns colegas das suas escolas, as Coordenadorias
de Educação estão ameaçando com sindicância as direções que se negam a entregar
lista de grevistas, o governo continua o parcelamento de salário, não houve
nenhuma proposta de reajuste e o principal, que é a retirada do PL 44, não foi
conquistado. O governo poderia ter sido derrotado se não houvesse a
cumplicidade da burocracia sindical e estudantil (UBES, UGES, UMESPA, Juntos-PSOL e direção
do CPERS), que, em conluio com o governo, desmontaram e derrotaram as ocupações
e a greve.
O desmonte começou com acordo rebaixado
entre o governo e a burocracia estudantil fazendo com que o mesmo liberasse
poucas verbas para as escolas ocupadas, para acalmar os estudantes e forçá-los
a desocupar as escolas; enquanto o PL44 ficou na promessa do governo de adiar a
votação para daqui a 6 meses, isto é, para o período de férias, apostando na
desmobilização dos estudantes e dos educadores. O governo cede nas pouquíssimas
verbas para não perder no principal, que seria a retirada do PL 44, da qual
depende a estratégia política e econômica do governo de nos passar a crise do
capitalismo, conforme imposição dos grandes bancos e empresas. Da mesma forma,
a burocracia sindical do CPERS utilizou o acordo estabelecido entre o governo e
as entidades estudantis para tencionar o desmonte da ocupação do CAFF e da
greve do magistério.
Na última assembleia geral, apostamos na
continuidade da greve mesmo sabendo que não poderíamos contar com a direção do
sindicato. A dita “oposição” (CS, MLS, PSTU, Avante educadores), que juntos tem
a maioria dos núcleo, pouco fizeram para enfrentar a direção do sindicato,
utilizando a greve só para desgastar a direção com vistas as eleições sindicais
em 2017, enquanto a categoria amarga derrotas, pouco se preocupando em pautar e
denunciar os graves problemas de burocratização sindical que sofre o CPERS.
O COMANDO DE GREVE FOI UMA
EXTENSÃO DA DIREÇÃO CENTRAL E AS DIREÇÕES DE NÚCLEOS REPRESENTARAM A SI
PRÓPRIAS
O Comando de greve foi controlado pela
direção central, que tinha maioria absoluta e usava essa maioria para esmagar
qualquer tentativa de se propor um calendário de lutas independente dos seus
anseios. Desde que tentou acabar com a greve, perdendo a votação na assembleia
geral de 24 de junho, atuou nos bastidores desmontando a greve e impedindo
qualquer tentativa de mobilização. Priorizou um congresso burocrático para
bajular a sua base de sustentação, já tendo em vista as eleições sindicais de
2017.
As
direções de núcleos do CPERS foram coniventes com o desmonte da greve, muitas
das quais, omitindo ou mentindo que a votação dos seus núcleos foi pela
continuidade da greve. Muitas, dentre estas direções, furaram vergonhosamente a
greve, agindo como agentes do governo e da burocracia sindical contra a sua
própria base. Um verdadeiro absurdo que denota a degeneração burocrática do
nosso sindicato. Muitos núcleos deram atestados na sexta-feira, dia 01/07, para
que os trabalhadores não grevistas que fossem ao congresso em Bento levassem
para suas escolas. E tudo isto em meio à greve!
Não
é possível tolerarmos mais estes autoritarismos burocráticos! As direções de
núcleos romperam com a verdadeira unidade que surgiu da votação da assembleia
geral pela greve e a sua continuidade. Com relação a esta aberração, a direção
central nada fez, sendo conivente e também responsável por isso. É por isso que
a vanguarda consciente do CPERS precisa se jogar com peso para destruir a
burocracia sindical. Isto é determinante para termos greves vitoriosas no
futuro. Convocamos tod@s a cerrar fileiras com a Construção pela Base.
PARA A CONTINUARMOS MOBILIZADOS
CONTRA OS ATAQUES DO GOVERNO SARTORI/TEMER DEFENDEMOS:
- Continuar a organização por zonal e por escolas;
- Realizar aulas públicas para debater nas comunidades escolares
acerca dos projetos que atacam a educação pública (escola sem partido, PL44,
PL257, a farsa da crise financeira do governo do Estado, etc.);
- Discutir outras formas de ocupação e de denúncia do governo;
- Reorganizar no final do ano ocupações de escolas por estudantes e
professores pela retirada do PL 44;
- Atos de rua de denúncia aos ataques do governo, em especial, do PL
44;
- Panfletagem nas comunidades escolares e nas grandes concentrações
urbanas para desmascarar o governo Sartori e os seus ataques;
- Panfletagem nos serviços públicos chamando os colegas pra luta;
- Marcar um encontro estadual de base dos trabalhadores dos serviços
públicos para discutir a luta contra o desmonte do serviços públicos impostos pelo PL 44.
- PELA RETIRADA IMEDIATA DO PL 44!
- NENHUM PARCELAMENTO E CONGELAMENTO DE
SALÁRIOS! REAJUSTE SALARIAL JÁ! DINHEIRO NÃO FALTA, SOBRA PARA OS EMPRESÁRIOS E
OS BANCOS. O GOVERNO SARTORI MENTE!
- REVOGAÇÃO DA PORTARIA DO DIFÍCIL ACESSO
Nº 116/2016!
- GARANTIA DE 1/3 DE HORA ATIVIDADE!
- PELA RETIRADA DO PL 190 “ESCOLA SEM
PARTIDO”!
- CONTRA A CRIMINALIZAÇÃO DOS
SINDICALISTAS E ESTUDANTES: LUTAR E PROTESTAR NÃO SÃO CRIMES!
- CONTRA O ASSÉDIO MORAL DAS ESCOLAS A
SERVIÇO DO GOVERNO: REALIZAR DENÚNCIAS E ESCRACHOS, COM REPRESENTAÇÃO DO CPERS,
EM FRENTE A ESTAS
ESCOLAS!
- BARRAR A ASCENSÃO DO FASCISMO E
DENUNCIAR OS SEUS ATAQUES!
- PELA EXPULSÃO DAS DIREÇÕES DE NÚCLEOS
QUE FURARAM A GREVE! NOVAS ELEIÇÕES SINDICAIS!
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