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24 de jan. de 2018

ALERTA VERMELHO: O GOVERNO SARTORI ESTÁ PRESTES A DILAPIDAR O PATRIMÔNIO PÚBLICO EM NOME DO SISTEMA FINANCEIRO

Desde o início do seu governo, Sartori e os seus aliados têm trabalhado duro para solucionar a crise do sistema financeiro internacional. Esta “crise” foi vendida aos gaúchos como sendo uma crônica falta de recursos do Estado, mas quem deu origem a ela? O próprio Sartori, quando foi líder do MDB na ALERGS em 1996 durante o governo Brito, ajudando a firmar o acordo financeiro espúrio com o então governo FHC (PSDB), sob as orientações do FMI e do Banco Mundial. Este “acordo” afundou o RS na atual “crise” financeira. Na verdade, esta “falência” representa apenas a exigência do sistema financeiro e dos bancos internacionais para que se entregue os últimos recursos públicos e empresas estatais.
A grande mídia, os governos e os aliados não têm medido esforços em disseminar mentiras e fazer um terrorismo psicológico sobre a necessidade de aprovação do “Regime de Recuperação Fiscal” (RRF) acordado com o governo Temer. O RRF pretende dilapidar o que resta do patrimônio público, exigido como sacrifício pelo “deus mercado” e o seu sistema financeiro internacional. Empresas como a CEEE, a Sulgás, a CRM, a Corsan e o Banrisul, não apenas são superavitárias, mas poderiam ser a base de uma política de desenvolvimento econômico para o Estado. Porém, o governo Sartori e Temer (ambos do MDB), como servos que são do sistema financeiro, prezam pelos dogmas neoliberais e, por isso mesmo, precisam mentir para o povo gaúcho com o total apoio da grande mídia.
Já alertamos durante a greve de 2017 que “a espinha dorsal da 'crise' financeira do RS é a dívida pública. Somada à sonegação fiscal e à isenção de impostos, geram um rombo nas contas públicas que fizeram estourar a inevitável 'crise' nas finanças do Estado que gerou o parcelamento salarial e a política de destruição dos serviços públicos. (...) Esta 'renegociação' veio a público a partir de um decreto de recuperação fiscal, cuja principal finalidade é manter a especulação financeira e a agiotagem sobre as finanças públicas, a impossibilidade de investimentos nas áreas sociais e as privatizações. Esta 'renegociação' somente poderá preparar as bases para uma nova e pior 'crise' financeira”[i]. Dentro deste contexto fica fácil entender não apenas o parcelamento salarial do funcionalismo, mas o fechamento de escolas que o governo Sartori tem feito sem piedade alguma neste início de 2018, justificando o injustificável em editoriais da grande mídia e nas redes sociais.
No seu último ano de governo, Sartori, o MDB e os aliados não darão trégua. Pretendem convocar Assembleia Legislativa em sessão extraordinária, cuja principal intenção é aprovar esta “renegociação”, preparando as bases para a privatização de estatais fundamentais. A primeira sessão está prevista para o dia 29 de janeiro, segunda feira. Em síntese: o governo Sartori quer vender o patrimônio público a preço de banana para o capital privado lucrar em cima de serviços fundamentais à população pobre e nos vender a mentira de que ao fazer isso solucionará o problema da “crise” financeira. O movimento sindical (sobretudo a CUT e a CTB, que dirigem a maior parte dos sindicatos do funcionalismo) deveria estar mobilizando os trabalhadores e a juventude para evitar este verdadeiro saque do patrimônio público. Ao contrário disso, estão exclusivamente preocupados em evitar a “condenação” de Lula pela burguesia. Sequer são capazes de casar as duas lutas.
Estes ataques do governo Sartori exigiriam um preparativo de guerra, mas o CPERS não foi capaz de produzir um único panfleto ou preparar uma campanha de denúncia pública; apenas a velha cantilena de sempre. Pretendem que o MDB faça o trabalho sujo das privatizações e do ajuste fiscal para que PT-PCdoB se elejam em 2018 como “santos do pau oco”. Ao lavarem as mãos, estão dando provas de sua terrível cumplicidade. Toda omissão de hoje, cobra um preço devastador amanhã.
Conclamamos a todos os educadores, ativistas e organizações independentes a preparar a luta contra o RRF. É preciso que os núcleos independentes do CPERS convoquem reuniões desde já para tentar organizar a luta contra o mais perverso ataque do governo Sartori.

- Não à renegociação da dívida do Estado pelo governo Sartori
- Organizar a luta contra o RRF
- Contra os vínculos escravatícios da dívida pública!





[i] http://construcaopelabase.blogspot.com.br/2017/09/nao-renegociacao-da-divida-do-estado.html

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