23 de abr. de 2015

PARALISAR CONTRA OS ATAQUES DOS GOVERNOS SARTORI, DILMA E DA DIREITA

Estamos assistindo um movimento da direita pró-imperialista estadunidense (PSDB, DEM, Solidariedade, o fascismo, a grande mídia) pelo impeachment do governo Dilma. O possível golpe é contra os movimentos sociais e a esquerda. A direita usa a bandeira da “luta contra a corrupção” para angariar apoio popular, mas na verdade quer o poder para acelerar o programa de “ajustes” contra os trabalhadores: PL 4330, MPs 664 e 665, tarifaços, arrocho salarial, privatizações, etc. Quanto mais a direita grita, mais o governo Dilma se apressa em aplicá-los. Estão juntos contra os trabalhadores. Estes mesmos planos perversos estão sendo aplicados na Europa e, em particular, na Grécia; na América Latina: Argentina, Venezuela, Bolívia, Chile; e em muitos outros lugares. Tudo para salvar o grande capital da crise econômica à custa dos nossos direitos.
O governo Dilma não está lutando contra o golpe. Está ajudando a promovê-lo contra si mesmo. Inicialmente, entregou a política econômica aos bancos, através de Joaquim Levy, e, agora, entregou o poder político aos prováveis golpistas de amanhã, o PMDB, dando de mãos beijadas a coordenação política a Michel Temer. Isso “assanha” ainda mais a direita. Mesmo a sua suposta “luta contra” o PL 4330 é vacilante: o PT votou contra o texto básico do PL 4330, mas Dilma enviou Joaquim Levy ao Congresso para apoiar dito projeto. A CUT “ajudou a convocar” a paralisação nacional do dia 15/04, mas negocia mudanças no PL 4330 com o Congresso reacionário. É preciso derrotá-lo e rechaçá-lo em seu conjunto! Os direitos dos trabalhadores não se negociam! O governismo tenta usar o movimento dos trabalhadores como moeda de troca para amansar o Congresso Nacional e a direita.
Aqui no Estado a realidade não é diferente. Os ataques contra os trabalhadores continuam no governo Sartori (PMDB) através da sua política permanente de contratos emergenciais que precarizam o trabalho. Frente a isso a direção do CPERS nada faz; ao contrário: apoiaram as demissões dos 1000 professores contratados no final de 2014 feitas pelo governo Tarso e mantidas pelo governo Sartori. A direção do CPERS se opôs a lutar pela reintegração destes trabalhadores, além de se calar frente à recente abertura de novos contratos emergenciais pela SEDUC.
O governo Sartori, em sintonia com as políticas nacionais, ameaça os servidores com atraso e corte de salários, numa tentativa de impedir as campanhas salariais no funcionalismo público, mas em contra partida decreta um pacote de corte de 21% em todas as secretarias do Estado, economizando R$1,7 bilhões para garantir o pagamento dos juros das dívidas aos banqueiros especuladores internacionais. Além de dar continuidade ao calote do piso, ameaçar com enturmação para reduzir ainda mais os recursos humanos nas escolas, patrola a pouca autonomia pedagógica, impede as licenças prêmios dos professores convocados prestes a se aposentar, negando os direitos dos trabalhadores, e, também, divulga que vai mudar a aposentadoria dos servidores públicos estaduais. Somos contra todos esses ataques. Enquanto isso a direção do CPERS só fala em negociar e dialogar com esse governo sem a mobilização da base, e os trabalhadores que procuram o sindicato para defender seus direitos ficam largados a própria sorte.
Hoje a direção do CPERS demagogicamente “exige” o “pagamento do Piso no Plano de Carreira”, mas durante o governo Tarso defendeu a destruição deste plano. Além disso, junto com a CUT/CNTE defendem o PNE, que autoriza a destruição dos planos de carreiras. Em seu material, a burocracia cutista afirma que ao governo Tarso faltou “apenas” 34% de reposição salarial para pagar o Piso”. Se fosse honesta, deveria dizer que o governo Tarso deu calote nos educadores, não pagou o Piso porque não conseguiu destruir totalmente os Planos de Carreira.
Defendemos a participação nesta paralisação estadual porque é essencial resistir aos ataques dos governos e da direita. Contudo, não devemos alimentar ilusões em relação à direção do CPERS, CUT, CTB, CSP-Conlutas, etc. É preciso conscientizar os trabalhadores para superá-las! É preciso construir organizações por local de trabalho, fortalecer a oposição à burocracia sindical, denunciar suas traições, trabalhar por unificar as lutas sem o estorvo das direções burocráticas, criar a autodefesa e construir o partido revolucionário, na perspectiva da luta pelo socialismo, única forma de acabar definitivamente com os ataques aos nossos direitos.

ü CONTRA O PL 4330/04! CONTRA AS TERCEIRIZAÇÕES!
ü PELO PAGAMENTO DO PISO DENTRO DOS PLANOS DE CARREIRAS!
ü CONTRA O PNE PRIVATISTA DO GOVERNO DILMA/ SARTORI E DO BANCO MUNDIAL!
ü CONTRA AS MPs 664 e 665!
ü CONTRA OS ATAQUES DO GOVERNO DILMA, SARTORI E DA DIREITA (PSDB/DEM/SOLIDARIEDADE/FASCISMO)!
ü PELA DEFESA DOS DIREITOS DOS TRABALHADORES!
ü CONTRA A BUROCRACIA SINDICAL!


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