GOVERNO TARSO MENTIROSO:
PROPÕEM UM REAJUSTE SALARIAL DE 6,8% EM NOVEMBRO E
ANUNCIA PELA MÍDIA COMO SENDO 23,5%.
O governo Tarso, perito em criar farsas, divulgou na grande mídia um reajuste mentiroso de 23,5%, sendo que, na verdade, o reajuste salarial no básico da categoria será, no mês de novembro, de 6,8%. O suposto reajuste de 9,84%, anunciado para maio, é uma mentira, pois significa a mera incorporação do abono de R$38,91 ao salário básico, representando 9,84% sobre o mesmo. Em termos numéricos, os salários não terão aumento em maio. A proposta de reajuste de 2012 (6,8%) será inferior ao do ano de 2011. Isso confirma cada vez mais o caráter caloteiro deste governo, que insiste na demagogia de que irá pagar o Piso Salarial Nacional, mas que, na prática, não paga nem a inflação e as perdas salariais do seu primeiro ano de governo e que não tem intenção nenhuma de pagar o Piso, conforme afirmou o seu secretário da fazenda, Odir Tonollier, no dia 11/01/2011: “o governo não terá como implantar o piso salarial do magistério nos próximos quatro anos” (http://www.gaz.com.br/noticia/323283l). Essa declaração deixa o governo em maus lençóis, pois contradiz as falas do secretário de educação, José Clóvis, que continua mentindo para a categoria quando declara que irá pagar o piso até 2014.
O estardalhaço patrocinado pelo governo na grande mídia sobre o suposto reajuste de 23,5% serve para enganar a opinião pública e colocá-la contra os educadores, passando a ideia de que dará imediatamente um importante aumento salarial e, também, para colocar uma cortina de fumaça sobre sua política de desmonte da educação pública, avançando no desmonte da escola pública, na privatização e na retirada de direitos dos educadores. Nesse sentido, já ganhou o aval do Conselho Estadual de Educação para implantar a Reforma do Ensino Médio, que tem como objetivo preparar a juventude para ser mão de obra semi-escrava no mercado de trabalho. Aposta na divisão da comunidade escolar diante da defesa da educação pública de qualidade.
É importante lembrar que em 2011 a direção do CPERS não apresentou nenhuma proposta de reajuste ao governo, deixando a categoria a mercê da vontade de Tarso. Dessa forma, ao não apresentar proposta própria, cumpriu um papel de cúmplice do governo no movimento. Não podemos deixar isto acontecer novamente! Não vamos aceitar mais esse engodo do governo, apoiado pela mídia capitalista: um miserável índice de reajuste, que sequer repõem a inflação do período. Propomos que se construa uma contraproposta à essa proposta do governo. Se a direção do CPERS se omitir novamente, dará mais uma prova de apoio ao governo. Devemos transformar a demagogia do governo em indignação organizada e consciente; isto é, numa proposta de reajuste que unifique a categoria numa grande luta para arrancar, no mínimo, 23,5% de forma integral, a ser recebido já em março de 2012. E que esse percentual seja para todos - professores e funcionários. Certamente o governo vai chorar miséria e contar a triste história da crise financeira do Estado! Nós devemos lhe dizer: já basta! Sabemos que o governo Dilma/Tarso tem dinheiro, que corre livre para os bolsos dos banqueiros, das multinacionais e dos especuladores nacionais e internacionais!
TARSO GOVERNA PARA O BANCO MUNDIAL!
O governo neoliberal de Tarso, cumpridor eficiente da cartilha do Banco Mundial, não dá trégua à educação pública. Continua atacando e articulando o seu desmonte. Nos últimos dias de 2011, impôs o "decretarso", que altera nosso plano de carreira – responsabilizando os educadores pela evasão e repetência – através da avaliação por mérito. Isso levará progressivamente à demissão dos servidores públicos, acabando com a estabilidade no emprego para cortar gastos públicos e destinar este dinheiro aos banqueiros e especuladores dos juros da dívida eterna! A verdadeira intenção do governo é se valer das avaliações negativas de um trabalhador para demiti-lo, em consonância com a PLP 248/98 que tramita na câmara dos deputados. Esta prevê a demissão dos servidores públicos, fazendo o Brasil aderir aos planos de austeridade do imperialismo contra os trabalhadores, como forma de transferir para os mesmos os ônus das suas crises econômicas periódicas.
A Reforma do Ensino Médio continua em curso, agora avalizada pelo Conselho Estadual da Educação, que autoriza a implantação imediata dessa reforma neoliberal na educação pública do Estado.
LUTAR CONTRA OS GOVERNOS TARSO/DILMA, CONTRA O DESMONTE DA EDUCAÇÃO PÚBLICA À MANDO DO BANCO MUNDIAL!
IR PRAS RUAS, GANHAR A COMUNIDADE ESCOLAR!
O avanço dos planos de austeridade imperialistas no Brasil pelos governos do PT, Dilma/Tarso, prenuncia grandes batalhas dos trabalhadores neste ano de 2012. O governo Dilma já anuncia cortes no orçamento público superior aos 50 bilhões cortados em 2011. Isso significa mais arrocho salarial para os trabalhadores e também a retirada de mais direitos. Somente grandes lutas podem enfrentar esses ataques. Nesse sentido, é urgente construir a unidade dos trabalhadores de diferentes categorias (educadores, bancários, correios, transporte coletivo, estudantes e outros), pois é preciso derrotar a política neoliberal de Dilma/Tarso e de todos os governos burgueses.
A defesa da escola pública de qualidade - da educação infantil à universidade; defesa dos serviços públicos; luta pelo fim das privatizações e terceirizações; pelo direito de greve; contra o assédio moral; contra as reformas neoliberais na educação, na saúde, na previdência e trabalhista; contra a criminalização dos movimentos sociais; contra o financiamento do grande capital pelo dinheiro público - são lutas de toda a classe trabalhadora.
Os governistas na CNTE-CUT chamam uma greve para 14, 15 e 16 de março, que funcionará como anti-greve, servindo como camuflagem ao desmonte da educação pública ao reivindicar somente o Piso Salarial Nacional. Enquanto isso, o Plano Nacional de Educação – PNE - é executado, avançando nas reformas neoliberais da educação, promovendo a privatização e o desmonte da educação pública no Brasil e acabando com a estabilidade dos servidores públicos, abrindo espaço para as demissões. Este tipo de greve só serve ao governo, pois enquanto fazemos essa falsa greve reivindicatória, as reformas são implantadas em nível nacional sem nenhuma resistência organizada.
Nesse sentindo, é necessário unirmos nossas forças com as dos demais trabalhadores e servidores públicos, para construirmos conjuntamente mobilizações de rua, ocupações, greves e atos públicos unitários, organizados por escola, por local trabalho, envolvendo os alunos, trabalhadores e a comunidade escolar. É preciso ganhar a opinião pública para essas lutas de defesa da educação e serviços públicos e denunciar esses governos neoliberais. A direção do CPERS e da CUT-CNTE não tem interesse nessas lutas unitárias e nem mesmo na denúncia dos governos, que defendem.
CONTRA A CHAMADA EXTRA E SUSPENSÃO
DO PAGAMENTO À CUT GOVERNISTA!
DO PAGAMENTO À CUT GOVERNISTA!
Defendemos que o sindicato deve ser independente dos governos, e, portanto, deve ser mantido com a contribuição dos trabalhadores para promover suas lutas. A CUT-CNTE representa o governo na educação, defendendo o programa neoliberal do governo Dilma/Tarso. No Rio Grande do Sul essas entidades governistas defendem a Reforma neoliberal do Ensino Médio, contrariando as decisões aprovadas em assembleia pelos trabalhadores em educação.
O CPERS Sindicato (DS-AE-PT, PSTU, PSOL, CS e PSB), cuja presidenta é do PT e também é vice-presidenta da CUT/RS, dissemina ilusões e protege o governo Tarso. Assim, amortece a capacidade de luta e enfrentamento da categoria. Contraditoriamente, a direção do CPERS Sindicato intitula-se “não governista”, mas quando nossa oposição propõe suspensão do pagamento da CUT no Conselho Geral e nas assembléias, a mesma defende a continuidade desse pagamento. O PSTU e CS fazem malabarismo, se abstendo das votações e deixando o caminho livre para o PT (Articulação Sindical, Articulação de Esquerda, DS e o Trabalho) aprovar a manutenção do pagamento à CUT. Dessa forma, preservam o acordão feito pelos partidos que compõem a direção para não romper com a CUT e, assim, mantém a unidade com os governistas no CPERS. É uma unidade contra as lutas.Colocam-se como defensores da manutenção da filiação do CPERS à CUT - central governista que atua contra os trabalhadores em defesa dos governos do PT. Dessa forma, o nosso dinheiro tem servido para custear as traições e as mordomias da burocracia sindical. Chegou a hora de não sustentarmos mais o governismo da CUT-CNTE. A decisão de não mais pagarmos a mensalidade da CUT-CNTE está em nossas mãos. Propomos que na assembleia do dia 09 de março votemos contra a “chamada extra” e pela suspensão do pagamento da CUT!