Há exatamente um
ano que o governo Sartori (PMDB e aliados) congelou e parcelou os salários dos
servidores públicos; um confisco descarado com a conivência de toda a
institucionalidade burguesa (judiciário, parlamento, executivo). Em nome da tal
crise financeira do Estado, que só atinge os de baixo, está destruindo os
serviços públicos e impondo aos trabalhadores a penúria, a sobrecarga de
trabalho e a retirada de direitos. O plano liberal em curso no Estado segue a
tendência nacional e internacional do capitalismo decadente, de transferir o
ônus de suas crises para os trabalhadores, a ordem do Banco Mundial e seus
parceiros é privatizar tudo. O congelamento e parcelamento (confisco) dos
salários é parte destes ataques. A intenção é matar a míngua os serviços
públicos, fazendo com que os trabalhadores entrem em crise com o seu emprego,
forçando-os a pedir demissão para buscar sua sobrevivência em outras áreas.
Os PLs 44, 257 e
outros são a legalização da privatização, o fim dos serviços públicos. O
governo, em aliança com a grande mídia burguesa, tenta convencer a opinião
pública da sua visão mentirosa da crise financeira do Estado. Mesmo com o
aumento do ICMS, com inúmeros projetos aprovados na ALERGS que retiram
direitos, bem como a renegociação das dívidas com o governo federal, o governo
continua congelando e parcelando os salários. E provavelmente seguirá desta
forma até 2018. É bom ressaltar que durante a greve o governo Sartori pagou 80%
da categoria na primeira parcela, bem como o 13º salário, mas foi só terminar o
movimento grevista para que o governo diminuísse o teto da primeira parcela.
O governo Sartori,
bem como o seu séquito de partidos burgueses, não estão preocupados com o
desgaste político. Sua missão é destruir os serviços públicos para garantir o
dinheiro para os agiotas internacionais, aos bancos, aos empresários e aos
monopólios multinacionais. Nesse intento, estão assegurados, pois o seu fiador
contra o desgaste eleitoral e político é o grande capital e a mídia burguesa.
Sendo assim, os ataques seguirão até o final do governo e só serão derrotados
com a radicalização dos métodos de luta.
A burocracia
sindical de todos os sindicatos do funcionalismo público é incapaz de evitar os
ataques do governo e de impedir a destruição dos serviços públicos, pois suas
organizações partidárias ou estão governando ou já foram governos, mantendo a
“santa aliança com a burguesia” em nome da governabilidade que só serve às
elites. Necessitamos construir direções revolucionárias para disputar os
sindicatos com a burocracia sindical – casta inimiga dos trabalhadores –, que
consiga mobilizar a classe trabalhadora e a população em geral em defesa dos
serviços públicos.
Por um calendário de luta contra os ataques do governo
Sartori:
- Encontro estadual
de servidores, pela base, que discuta um plano de lutas unificado;
- Aulas públicas
nas escolas, nos hospitais, nas ruas sobre a farsa da crise financeira do estado
e o PL 44, 257;
- Mobilizações
unitárias de todos os servidores públicos;
- Construir
possibilidades de novas ocupações no Estado para barrar os ataques do governo
Sartori/Temer.
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