Após uma grande campanha de difamação e distorção grosseira sobre a proposta aprovada em assembleia geral que abre o comando de greve estadual para a base da categoria, a direção central já trabalha a todo vapor para domesticá-la e torná-la estéril. Primeiro, tentou desmoralizá-la, lançando a pecha de que era "inviável". Uma vez que vários debates e sugestões começaram a surgir entre a vanguarda e na base da categoria, demonstrando a plena viabilidade de sua execução (ainda que com dificuldades, é claro, uma vez que as estruturas anti-democráticas e a rotina burocrática do sindicato servem de empecilhos), a direção central exagerava grotescamente a nossa proposta, tentando ridicularizar o encaminhamento. Depois, a burocracia sindical tentou distorcer a proposta, afirmando que toda a categoria poderia participar do comando, inclusive não grevistas.

Sendo assim, esta nova tentativa de democratizar o CPERS corre sério risco de não ser implementada, terminando por manter a hegemonia dos mesmos de sempre. Enquanto persistir esta estrutura vertical, autoritária, paternalista e burocrática, certamente teremos dificuldades em democratizar as instâncias sindicais, como o comando de greve. Este singelo passo, dado na última assembleia, representa uma fissura; um indicativo de que é possível e fundamental democratizar o CPERS pela base. A vanguarda independente precisa se conscientizar do seu papel e trabalhar para concretizar a proposta.
Por hora, a abertura do comando de greve está seriamente ameaçada em razão deste avanço da burocracia sindical. Cabe aos lutadores que ainda resistem remarem novamente contra a corrente, alertando toda a categoria e a sua vanguarda sobre o novo golpe que está em curso contra a abertura do comando de greve!
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