Está previsto para esse ano o X Congresso Estadual do CPERS. Observando a situação da nossa categoria e as últimas direções do CPERS podemos nos perguntar: para quê tem servido os congressos do CPERS? Forçosamente temos que reconhecer que não servem para organizar a luta e nem armar política e teoricamente a nossa categoria.
Ao contrário. Os congressos do CPERS tem sido marcados pelo formalismo burocrático: a base da categoria não é incitada a participar do debate; a maioria das escolas sequer conhece as teses; os prazos de discussão são exíguos (quando existem); impera o levantamento de crachás e muitos delegados vão sem saber que tese ou resoluções defendem. Trata-se, portanto, do cumprimento de um ritual burocrático muito caro e dispendioso, que não organiza luta política e teórica nenhuma, mas apenas reforça dominações sobre aparatos e bases.
O Congresso do CPERS deveria ser preparado por escolas, zonais e núcleos. Era importante fazer acontecer um verdadeiro debate de ideias que culminassem numa síntese salutar de propostas de luta para o próximo período, que será duro e determinante. A burocracia sindical, contudo, trabalha para fazer exatamente o oposto.
Está previsto uma discussão sobre o X Congresso no próximo Conselho Geral do CPERS, no dia 15 de fevereiro, onde se pode notar que as principais preocupações são: "data e local". Nenhuma palavra sobre concepção, divulgação das teses, organização prévia, debate na base, nos núcleos, etc. Qual será a postura dos "representantes independentes" no Conselho Geral frente a isso?
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