O governo Eduardo Leite (PSDB e comparsas) pretende reduzir os serviços público às cinzas. Está na mira não apenas o plano de carreira do magistério estadual, mas uma série de ataques que, se consolidados, significarão a transformação do RS no Chile (o “paraíso neoliberal” que se tornou o inferno na terra para os trabalhadores) sob a supervisão do ministro bolsonarista, o chicago boy, Paulo Guedes.
Após uma assembleia geral morna e um congresso estadual que não sintetizou nenhuma experiência de luta e não encaminhou nenhuma mobilização real, ficou apontado apenas que, se o governo enviar para a Assembleia Legislativa o projeto de destruição das carreiras, em 72h será deflagrada uma greve (não sabemos quais serão as condições até lá e, tampouco, que espécie de comando ou fundo de greve haverá - se é que haverá algum!). O tempo vai passando entre muitas incertezas e já estamos quase no final do ano. A pressão imediatista de grande parte da nossa categoria se faz sentir, sobretudo, no que diz respeito às férias. Há a possibilidade real do governo Leite enviar o seu pacote entre o natal e o ano novo (incluindo o cenário de uma convocação extraordinária nas férias).
Por tudo isso é necessário debater um problema que surge de nossas compreensões imediatistas. Isto é, aquele problema que cria concepções sindicais bizarras, como, por exemplo, fazer paralisação ou greve sempre se preocupando com “recuperar em janeiro”; trocando em miúdos: isso significa que a preocupação com as férias é maior do que com a gravidade da situação que nos leva a deflagrar uma greve. Em síntese: grande parte da categoria (com a bênção do CPERS) quer uma luta de faz de contas, rápida, com garantias de vitórias sem esforço! Esse pensamento está disseminado a tal ponto em nossa categoria que o governo e a mídia comercial sabem perfeitamente jogar com ele.
Não são poucas as “preocupações” dos dirigentes sindicais do CPERS que visam “paralisações” e “greves” previsíveis e com dias determinados para datas próximas dos finais de semana ou de feriadões. O seu objetivo é claro: lotar os atos de rua com uma massa útil. Será possível derrotar governos decididamente empenhados em nos retirar direitos, que além de tudo contam com o apoio da grande mídia e do empresariado, fazendo uma “luta” com esta disposição e estado de espírito?
Se queremos uma greve “maciça” com possibilidade de vitória, temos que começar a debater tais problemas, sem o quê é praticamente impossível criarmos um verdadeiro exército pra enfrentar a “guerra” que o CPERS supostamente declara contra Leite. Nada disso está sendo debatido nas visitas às escolas. O “trabalho de base” da direção central consiste em exposições jurídicas daquilo que todos já sabem, mas sem nenhuma preparação concreta, com debate sobre organização, comando de greve, bandeiras, propaganda, agitação, formas de aproximação com a comunidade escolar e elevação real do espírito de luta. Apesar da justeza da luta contra a destruição do plano de carreira, não há bandeira para os contratados (pior do que isso: não há a menor preocupação em relação a isso). No lugar, sobrevém apenas ataques pessoais de setores contra setores. Uma nova derrota da consciência de classe.
Compreendemos que o problema das férias é outro calcanhar de Aquiles. Ele deveria estar sendo debatido abertamente nesse “trabalho de base” nas escolas e não apenas o proselitismo jurídico. A questão é: sem enfrentar o problema das férias, corremos sério risco de sofrer um golpe do governo Leite, com a total destruição do plano de carreira na semana de recesso ou em janeiro e fevereiro. Para nós, o plano de carreira é mais importante que as férias! Devemos estar conscientes e mobilizados, com suficiente espírito de luta para sacrificá-las este ano se necessário for.
Após uma assembleia geral morna e um congresso estadual que não sintetizou nenhuma experiência de luta e não encaminhou nenhuma mobilização real, ficou apontado apenas que, se o governo enviar para a Assembleia Legislativa o projeto de destruição das carreiras, em 72h será deflagrada uma greve (não sabemos quais serão as condições até lá e, tampouco, que espécie de comando ou fundo de greve haverá - se é que haverá algum!). O tempo vai passando entre muitas incertezas e já estamos quase no final do ano. A pressão imediatista de grande parte da nossa categoria se faz sentir, sobretudo, no que diz respeito às férias. Há a possibilidade real do governo Leite enviar o seu pacote entre o natal e o ano novo (incluindo o cenário de uma convocação extraordinária nas férias).
Por tudo isso é necessário debater um problema que surge de nossas compreensões imediatistas. Isto é, aquele problema que cria concepções sindicais bizarras, como, por exemplo, fazer paralisação ou greve sempre se preocupando com “recuperar em janeiro”; trocando em miúdos: isso significa que a preocupação com as férias é maior do que com a gravidade da situação que nos leva a deflagrar uma greve. Em síntese: grande parte da categoria (com a bênção do CPERS) quer uma luta de faz de contas, rápida, com garantias de vitórias sem esforço! Esse pensamento está disseminado a tal ponto em nossa categoria que o governo e a mídia comercial sabem perfeitamente jogar com ele.
Não são poucas as “preocupações” dos dirigentes sindicais do CPERS que visam “paralisações” e “greves” previsíveis e com dias determinados para datas próximas dos finais de semana ou de feriadões. O seu objetivo é claro: lotar os atos de rua com uma massa útil. Será possível derrotar governos decididamente empenhados em nos retirar direitos, que além de tudo contam com o apoio da grande mídia e do empresariado, fazendo uma “luta” com esta disposição e estado de espírito?
Se queremos uma greve “maciça” com possibilidade de vitória, temos que começar a debater tais problemas, sem o quê é praticamente impossível criarmos um verdadeiro exército pra enfrentar a “guerra” que o CPERS supostamente declara contra Leite. Nada disso está sendo debatido nas visitas às escolas. O “trabalho de base” da direção central consiste em exposições jurídicas daquilo que todos já sabem, mas sem nenhuma preparação concreta, com debate sobre organização, comando de greve, bandeiras, propaganda, agitação, formas de aproximação com a comunidade escolar e elevação real do espírito de luta. Apesar da justeza da luta contra a destruição do plano de carreira, não há bandeira para os contratados (pior do que isso: não há a menor preocupação em relação a isso). No lugar, sobrevém apenas ataques pessoais de setores contra setores. Uma nova derrota da consciência de classe.
Compreendemos que o problema das férias é outro calcanhar de Aquiles. Ele deveria estar sendo debatido abertamente nesse “trabalho de base” nas escolas e não apenas o proselitismo jurídico. A questão é: sem enfrentar o problema das férias, corremos sério risco de sofrer um golpe do governo Leite, com a total destruição do plano de carreira na semana de recesso ou em janeiro e fevereiro. Para nós, o plano de carreira é mais importante que as férias! Devemos estar conscientes e mobilizados, com suficiente espírito de luta para sacrificá-las este ano se necessário for.
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