Agradecemos aos colegas que votaram na chapa da Construção pela Base nas eleições para o 39º núcleo. Nossa chapa não possuía os recursos e a estrutura das demais chapas, patrocinadas pelas centrais governistas e semi-governistas. A participação eleitoral da nossa oposição se pautou pela necessidade de apresentar um programa classista de combate às correntes da burocracia sindical do CPERS, que compunham as demais chapas. A nossa maior preocupação era mostrar a necessidade de derrotar esta burocracia, porque sem isso, é impossível um novo sindicalismo que enfrente o governo e o grande capital. Nossa oposição não é só eleitoral. Mesmo sem vencer as eleições, continuaremos na luta. Convidamos todos aqueles que votaram em nossa chapa a participar da oposição para fortalecê-la.
No 2º Turno da eleição para o 39º Núcleo do CPERS optamos pelo VOTO NULO porque tanto a Chapa 1 (PSTU - CSP-Conlutas) quanto a Chapa 2 (CEDS, PCB e Enlace-PSOL) defendem o mesmo programa da Direção Estadual e representam, no essencial, o mesmo sindicalismo de cúpula. Tanto é assim que ambas as chapas apoiaram a reeleição da Chapa 1 (CUT- DS-PT, Intersindical – PSOL – Enlace e MÊS, CSP-Conlutas – PSTU e CS, CTB - PSB ), para a direção central. Em todas as principais questões que foram votadas nas assembleias gerais deste ano as duas chapas estiveram juntas: defenderam os 10% de reajuste do governo Tarso sem nem sequer denunciar que a direção do CPERS não apresentou contraproposta; votaram a favor da chamada extra para custear o congresso da CNTE-CUT; e foram contra a greve para derrotar o Pacotarso, votando, novamente, com a CUT e as demais correntes da Direção Estadual para um dia de paralisação, que não existiu. Assim, a “defesa da Previdência” de ambas as chapas não passa de um discurso vazio.
A Construção pela Base foi a única corrente que defendeu a apresentação de uma contraproposta aos 10% do governo e propôs greve para enfrentar os ataques de Tarso à previdência. Também fomos os únicos a dizer que o governo Tarso é a continuidade do governo Yeda. Em todos esses enfrentamentos à Direção Estadual estivemos sozinhos. Nenhuma das correntes que compõem a Chapa 1 e a Chapa 2 nos apoiaram nestes enfrentamentos. Nesse sentido, chamamos os trabalhadores do 39º núcleo a VOTAR NULO como forma de protesto, por entendermos que ambas as chapas representam o continuísmo. Precisamos de um novo sindicalismo, organizado pela base e com um programa de luta contra o governismo. Nenhuma das duas chapas defende este programa.
Não basta nos indignarmos isoladamente contra o governo e o peleguismo da direção do CPERS. Temos que transformar essa indignação em ação contra os governos e seus aliados dentro do movimento. Se você tem acordo com nossas propostas divulgue e discuta a oposição com seus colegas, pois é preciso somar forças para retomarmos o CPERS para a luta e para construirmos um novo sindicalismo totalmente diferente do praticado pela atual direção, já representada pela chapa 1, e as correntes pretensamente de “oposição” que compõem a Chapa 2.
VOTE NULO no segundo turno do 39º núcleo! Fortaleça a oposição!