O governo Sartori continua sua ofensiva terrorista contra os trabalhadores do serviço público do Estado; não dá trégua! Quem dá o ritmo são as necessidades do grande capital. Na educação pública isto se traduz no fechamento da Educação infantil e de turmas da EJA em várias escolas, com objetivo muito claro de reduzir o quadro de recursos humanos e preparar o terreno para demissões em massa de trabalhadores contratados já no final de 2015, para “talvez” readmiti-los em março de 2016.
Além da ameaça permanente de parcelar os
salários dos trabalhadores do serviço público e ainda condenar o recebimento do
13º salário, o governo Sartori (PMDB) não se constrange em tripudiar ainda mais
contra os trabalhadores, utilizando a grande mídia para assediar moralmente os
trabalhadores, declarando que os mesmos “devem dar graças a deus que têm estabilidade”, dando o recado para mais um ataque, que é acabar com a estabilidade no
emprego dos servidores públicos do Estado e demitir os trabalhadores
contratados.
Não esqueçamos que recentemente foi encaminhado à Assembleia
Legislativa o Projeto de Lei 206 para criar a “Lei de Responsabilidades Fiscal”, que
prevê o descompromisso do governo com os gastos sociais que exceda a
arrecadação do Estado, inclusive possibilitando a demissão no serviço público
para os servidores públicos efetivos (concursados). A estratégia do governo com
esta declaração é jogar a opinião pública (em particular os trabalhadores do
setor privado) contra os servidores públicos preparando o terreno político para
demitir milhares de trabalhadores contratados e efetivos quando lhe convier.
Para o governo, ter estabilidade para trabalhar é “um privilégio”, enquanto que
conceder reajustes ao próprio salário e ao dos correligionários, nomear CCs,
participar direta e indiretamente de inúmeros esquemas de corrupção com o setor
privado, conchavar com a grande mídia e o empresariado para explorar ainda mais
os trabalhadores, não! Trabalhar é um direito negado pelo capitalismo. Não
podemos entrar no jogo sujo da elite brasileira que pretende jogar trabalhador
privado contra servidor público! Somos uma única classe trabalhadora!
Precisamos agir enquanto tal e lutar pela estabilidade no emprego para todos os
trabalhadores: que a burguesia nacional e internacional pague pela sua própria
crise!
A intensificação dos ataques faz parte do
cumprimento das metas acordadas com o Banco Mundial, FMI, Wall Street. Fechar escolas, arrochar e parcelar salários e demitir
para economizar às custas dos trabalhadores, garantindo o pagamento dos juros
da dívida pública contraída com o imperialismo, a despeito do rebaixamento da qualidade
e mesmo da inviabilização dos serviços públicos oferecidos para a população, é
a única solução apresentada pela burguesia brasileira. Não! Existe outra saída!
Os trabalhadores precisam se organizar para derrubá-la em uma luta a longo
prazo.
A política patronal do CPERS
Na
contramão da luta está a direção burocrática do CPERS, que puxa pra trás a
organização dos trabalhadores, trai nossas greves, golpeia a categoria, não
esclarece, atua como empecilho para organização da nossa classe, além de camuflar
o caráter dos ataques; isto por que reivindica o Plano Nacional e Estadual de
Educação do Banco Mundial, pois tem compromisso com os governos federal e
estadual. Em nenhum momento nos materiais e propaganda do CPERS veiculada na
mídia, por exemplo, esclarece que a PL 206, se aprovada, significará o fim da
estabilidade no emprego. Ao contrário, deixa os trabalhadores a sua própria
sorte, mesmo com a ameaça real de demissão em massa de trabalhadores
contratados ao final do ano letivo de 2015, o que significa um ataque frontal
aos direitos trabalhistas e a dignidade
dos trabalhadores. O CPERS não trabalha para criar um sindicalismo classista,
que defenda toda a categoria (efetivos e contratados), mas age com um
sindicalismo patronal, divisionista e de faz de conta.
Apesar das derrotas da nossa
classe precisamos resistir aos ataques, organizar a luta, debater em nossas
escolas novos métodos de enfrentamento ao avanço do conservadorismo e dos seus
planos de ajustes. A experiência em São Paulo em que os estudantes ocupam as
suas escolas em defesa da educação pública contra os ataques do governo Alckmin
é um exemplo a ser seguido pelos trabalhadores e estudantes do Rio Grande do
Sul. Tendo em vista que o caráter privatista dos ataques é oriundo da mesma
matriz.
- NOSSA LUTA É
UNIFICAR TRABALHADORES CONTRATADOS E EFETIVOS CONTRA AS DEMISSÕES DE FINAL DE
ANO!
- CONTRA OS
PLANOS DE AJUSTES DO GOVERNO SARTORI E DO IMPERIALISMO!
- PELO
DIREITO AO TRABALHO!
- CONTRA O TERRORISMO ESTATAL E MIDIÁTICO QUE VISA DESTRUIR O EMPREGO PÚBLICO!
- CONTRA A BUROCRACIA DIRIGENTE DO CPERS QUE NA SUA POLÍTICA PATRONAL IGNORA 40% DA CATEGORIA!
- CONTRA O TERRORISMO ESTATAL E MIDIÁTICO QUE VISA DESTRUIR O EMPREGO PÚBLICO!
- CONTRA A BUROCRACIA DIRIGENTE DO CPERS QUE NA SUA POLÍTICA PATRONAL IGNORA 40% DA CATEGORIA!