A direção do CPERS/CUT quer novamente utilizar a
categoria como massa de manobra em mais uma greve pelega da CNTE. A tal “Greve Nacional” organizada para os dias 15, 16 e 17
de março de 2016, exige do governo a aceleração na aplicação das metas do Plano
Nacional de Educação (PNE), mas CNTE-CUT camufla seu peleguismo de apoio à
política do governo Dilma para Educação. O trecho extraído do site da CNTE-CUT
elucida o que estamos querendo esclarecer: “...Com relação às pautas da educação, cobraremos a
implementação do reajuste do piso do magistério nos planos de carreira (sem
parcelamento de salários e com integralidade do 13º e das férias), a aprovação
dos projetos de lei do piso e das diretrizes nacionais de carreira para todos
os profissionais da educação, bem como a
execução das estratégias previstas no Plano Nacional de Educação..” http://www.cnte.org.br/index.php/cnte-informa/1508-cnte-informa-741-18-de-dezembro-de-2015/15888-a-luta-continua-em-2016.html. Como sabemos a CNTE defende desmonte de no nosso Plano de Carreira,
previsto no PNE. Disfarçando o seu governismo para confundir a
categoria, a CNTE-CUT utiliza uma pauta que é contrária ao PNE e a
sua lógica privatista, tais como: pelo cumprimento da Lei do Piso; contra a
terceirização; contra a entrega das escolas às organizações sociais (OSs); contra
o parcelamento de salários; contra a militarização das escolas públicas; contra
a reorganização das escolas por meio da enturmação e da redução de turnos.
Estas pautas progressivas são anuladas pela defesa da “execução das estratégias
previstas no PNE”. Não podemos “servir a dois senhores”: ou defendemos o
governo Dilma ou os trabalhadores. No caso da CNTE-CUT já sabemos que se trata
da correia de transmissão do Ministério de Educação, basta ler suas publicações
e analisar suas práticas. Desta vez a central governista fala abertamente que
defende a execução das estratégias
previstas no PNE, indistintamente. Ora, a maior parte delas trabalha no
sentido da privatização e destruição da educação pública. Defender uma greve
com tal eixo é ser cúmplice do governo nesse projeto.
A destruição da Educação Pública está
sendo gradativamente legalizada nos estados e municípios através dos PEEs e
PMEs, que são cópias adaptadas do PNE. O governador de Goiás, Marconi Perillo/PSDB, está entregando a
administração das escolas estaduais às OSs (Organizações sociais - privadas),
legitimado pelos tais regimes de colaborações e parcerias contidos no PNE. O
governador paulista, Geraldo Alckmin (PSDB), tentou fechar as escolas Estaduais
na perspectiva de reduzir custos com a educação pública, em detrimento de sua
qualidade. O governo Fortunatti já fala em parcelamento de salários. A ofensiva
é geral dos governos de todos os partidos contra os trabalhadores. O PNE
facilita esta ofensiva, legalizando-a.
O
governo Sartori (PMDB) já alardeia demissões de trabalhadores concursados,
amparado legalmente na Lei de Responsabilidade Fiscal para intimidar qualquer
possibilidade de grandes mobilizações. Além de todos os ataques, como
parcelamento de salários, atraso no pagamento de férias, não pagamento do 13º
salário, corte nos repasses financeiros, fechamento de turmas e turnos das
escolas, aumento da carga de trabalho sem aumento da remuneração e redução da
hora atividade. O PNE também ampara esta prática, propondo a meritocracia.
Enquanto
isso a direção do CPERS/CUT sabota nossas lutas. Golpeou e desmontou a greve em
2015 para facilitar a vida do governo Sartori, que conseguiu a aprovar todos os projetos que atacam os
trabalhadores do serviço público, e agora quer levar a categoria a reboque de
uma antigreve em defesa do PNE, destruindo qualquer possibilidade de
resistência aos desmandos do governo. Além de impedir que a categoria decida
sobre se quer ou não participar da antigreve da CNTE, pois a assembleia geral
da categoria está prevista para o dia 18 de março, depois da tal “paralisação”,
a despeito de termos resoluções aprovadas em congresso e conferências do
CPERS rechaçando o PNE.
A necessidade da classe é a organização de um calendário de mobilização
contra os ataques do governo Sartori, também de antecipar a assembleia geral
para o dia 11 de março, para decidirmos se participamos ou não da antigreve da
CNTE, bem como definirmos o rumo da nossa luta. É urgente romper com as
direções burocráticas, pois estas colaboram com os governos, levando a classe a
um acúmulo de derrotas. Precisamos fortalecer as organizações de núcleos
sindicais por escolas, debater as políticas do imperialismo para o país, o
caráter governista das direções sindicais, a decadência do capitalismo e a
necessidade do socialismo, bem como a construção de uma nova direção para a
classe trabalhadora.
- NÃO À “GREVE
PELEGA” DA CNTE/CUT/CPERS!
- CONTRA O PNE E
PEE PRIVATISTA E NEOLIBERAL DE DILMA/SARTORI/BANCO MUNDIAL! REAFIRMAR A DECISÃO
DE CONGRESSO E ASSEMBLEIA GERAL DO CPERS CONTRA O PNE!
- CONTRA O
FECHAMENTO DE TURMAS E TURNOS DAS ESCOLAS!
- CONTRA A
SOBRECARGA DE TRABALHO E A REDUÇÃO DA HORA ATIVIDADE!
- CONTRA O
CONGELAMENTO E PARCELAMENTO DE SALÁRIOS!
- CONTRA OS CORTES DE VERBAS E REPASSES FINANCEIROS DAS ESCOLAS!
- DESMASCARAR OS
ATAQUES E A “CRISE FINANCEIRA” DO GOVERNO SARTORI (PMDB) ATRAVÉS DE AULAS
PÚBLICAS!
- CONTRA O PELEGUISMO DA DIREÇÃO DO CPERS!
- CONTRA O PELEGUISMO DA DIREÇÃO DO CPERS!