A
investida do grande capital se intensifica através da retirada de direitos dos
trabalhadores em escala mundial. As reformas neoliberais em curso, impostas
pelos governos a mando do Banco Mundial, seguem a lógica privatista de cortar gastos
públicos para garantir que os países honrem com o pagamento dos juros das
dívidas. Na educação brasileira, essa
política se dá através dos Planos Educacionais.
O “novo PNE” destina verbas do MEC para o setor privado.
Exemplo disso, são os milhões anuais para o Sistema S (SESC, SESI, SENAI), via
PRONATEC e PROUNI, as parcerias público-privadas (ONGs, empresas e sistema
financeiro) com as isenções fiscais, a disseminação de Ensino a distância (EAD)
favorecendo os tubarões do ensino privado, a precarização do trabalho através
dos estágios para juventude, as terceirizações (oficineiros dos projetos Mais Educação,
Escola Aberta e outros), a política de contratos temporários, com
flexibilização dos diretos trabalhistas, a destruição dos planos de carreiras,
a reforma do ensino médio - que rebaixa a qualidade do ensino público e
tenciona os educadores para aprovação automática dos estudantes com o objetivo de
reduzir custos e de alterar os índices educacionais -, as avaliações
institucionais (SEAP, Provinha Brasil, ENEM, ENAD) para referendar as políticas
implementadas.
O CPERS tem aderido a greves da CNTE que atendem aos
interesses do governo. Foi assim em 2012 e 2013. Agora, novamente querem repetir
esse peleguismo, induzindo a categoria a mais uma greve pelega para os dias 17, 18 e 19 de março, que tem como eixo
principal a exigência à Câmara dos Deputados para votação imediata do Plano Nacional de Educação. Essa é a pauta
real. A outra pauta - cumprimento da lei do piso, carreira e jornada,
investimento dos royalties de petróleo na valorização da categoria, destinação
de 10% do PIB para a educação pública e contra a proposta dos governadores e o
INPC - serve apenas para enganar os
trabalhadores e camuflar o reboquismo do CPERS ao governismo da CNTE/CUT.
A burocracia do CPERS/CNTE/CUT deseduca a categoria. Para sustentar a greve
pelega se disfarça com um eixo estadual de interesses dos trabalhadores. Assim,
encobre a sua cumplicidade com a exigência da CNTE da aprovação do “novo PNE”,
como não pode defender claramente o “novo PNE” do governo, pelo fato de existir
uma resolução aprovada em assembleia e na conferência do CPERS contra este
plano privatista. A direção do
CPERS cria ilusão na categoria de que é possível disputar a pauta da greve
pelega da CNTE, contrapondo as legítimas bandeiras da categoria à bandeira
patronal de aprovação do novo PNE. As greves patronais não podem e não devem ser
“disputadas”, mas denunciadas. São equivalentes aos locautes patronais!
Nós, da Construção pela Base, não participamos dessa convocatória da CNTE/CUT/CPERS de GREVE PELEGA pelo NOVO PNE. Fazemos um chamado aos educadores para votarem contra mais essa greve pelega, porque seus objetivos não são os mesmos da classe trabalhadora. Apóiam-se no descontentamento da categoria e numa pauta de interesses dos trabalhadores para disfarçar seu apoio ao governo.
Nós, da Construção pela Base, não participamos dessa convocatória da CNTE/CUT/CPERS de GREVE PELEGA pelo NOVO PNE. Fazemos um chamado aos educadores para votarem contra mais essa greve pelega, porque seus objetivos não são os mesmos da classe trabalhadora. Apóiam-se no descontentamento da categoria e numa pauta de interesses dos trabalhadores para disfarçar seu apoio ao governo.
Queremos
um sindicato independente do governo (e, portanto, da CNTE-CUT e da burocracia
do CPERS) para avançarmos na conquista e na defesa dos nossos direitos. Esta
luta, como se demonstrou, é incompatível com a atual direção do sindicato e a
burocracia aliada. A base precisa tomar o controle do CPERS para que as lutas
sejam à nosso favor e não contra nós!
A DÍVIDA DO GOVERNO TARSO COM OS EDUCADORES CRESCE!
ANTECIPAR REAJUSTE SALARIAL PARA ABRIL!
ANTECIPAR REAJUSTE SALARIAL PARA ABRIL!
O calote do governo Tarso contra os
educadores persiste e se acumula. O salário básico do magistério está defasado
em 63,09% em relação ao piso nacional, de R$ 1697,00, para 40h, que o governo
não paga. Conforme a Lei Nº 256/2012, em maio teremos um reajuste de 6,5%, e em
novembro, 13,72%. Em vista disso, propomos a antecipação para o mês de abril
desses dois reajustes previstos para maio e novembro. Isso significa um
reajuste único de 21,11% em abril, que é o acumulado de 6,5% sobre 13,72%. Esse
reajuste de 21,11% em abril seria considerado uma parcela do pagamento piso,
ficando ainda um déficit de 34,66%. É necessário desmascarar a farsa do governo
de pagamento do piso concretamente, iniciando a campanha salarial de 2014.
ACUMULAR FORÇAS COMBATENDO O
GOVERNO TARSO!
POR UM CALENDÁRIO DE MOBILIZAÇÃO
CONTRA A POLÍTICA DO GOVERNO!
- Iniciar
Campanha salarial de 2014: 21,11% de reajuste já! Como parte do pagamento do piso.
- Promover uma ampla campanha de mídia,
denunciando, com informações claras para opinião pública, o descumprimento do
piso e do 1/3 de hora atividade, o arrocho salarial, desmascarando a política
de reajuste, a precarização do trabalho através das contratações emergenciais,
existindo aprovados em concurso aguardando nomeação, o não pagamento das promoções
aos aposentados e funcionários. Denunciar toda a atuação antidemocrática e
neoliberal do governo, com cartazes, outdoor, vídeos, internet, jornais, tv,
rádios...
- Iniciar
debates sobre a desfiliação da CUT,
conforme deliberado no último Congresso.
- Paralisação Estadual no dia 20 de março:
mobilizar e organizar as comunidades escolares com um ato Público na frente das
coordenadorias de Educação, com os seguintes eixos:
- Contra o PNE privatista e neoliberal de Dilma/Tarso/Banco Mundial! Verbas Públicas para Educação Pública! Nenhum financiamento público para o setor privado!
- Reafirmar a decisão da categoria, já tirada em assembléia geral, contra o PNE!
- Contra os cortes do orçamento público do governo Dilma/Tarso!
- Piso Nacional como básico dos Planos de Carreira!
- Imediata aplicação dos 13 períodos de hora aula e 1/3 de hora atividade para 20h!
- Defesa dos Planos de Carreiras!
- Contra a reforma do Ensino Médio!
- Pela imediata nomeação dos aprovados no concurso, sem demissões dos contratados!
- Contra a precarização do trabalho através dos contratos “emergências”! Ingresso somente por concurso público!
- Pela imediata efetivação dos trabalhadores contratados que já cumpriram três anos de serviço no estado!
- Pela imediata promoção de todos os educadores, com o pagamento retroativo!
- 16 e 17 de abril horário reduzido e
debate nas escolas com formação política.
- 18 de abril ato público estadual.
- Formação de núcleos por escola, com
assembleias nas comunidades escolares.
- Organizar Seminário Estadual sobre a
Teoria Marxista na Educação Brasileira, com
objetivo de qualificar os debates educacionais e instrumentalizar os educadores
e as comunidades escolares na luta de classe, na perspectiva de apresentar uma
alternativa socialista à sociedade capitalista em crise. Necessitamos de
formação no chão da escola sobre o caráter das políticas educacionais do banco
mundial, o PNE e seu conteúdo privatista, o capitalismo e suas constantes
crises, bem como a superação do capitalismo através da organização da classe na
perspectiva do socialismo.
Materiais (vídeo, livros, textos e
outros materiais didáticos) serão enviados para as escolas através da internet
para subsidiar os debates.
Etapas: Escolar - Municipal – Regional –
Estadual. A etapa estadual será uma
alternativa à formação imposta pela SEDUC RS.
No encontro estadual propomos os
painelistas: Prof. Dr. Demerval
Saviani, Prof. Dr. Newton Duarte, Prof.ª. Drª. Lígia Márcia Martins (Pedagogia
histórico-crítica), com fala para a base da categoria.
(Panfleto para Assembleia Geral do dia 14/03/2014)
Nenhum comentário:
Postar um comentário