O projeto de pagamento dos juros pelo parcelamento e atraso de salários apresentado pelo governo Sartori é uma armadilha para acabar com os serviços públicos. As migalhas que o governo quer dar aos servidores está condicionada à aprovação dos seus projetos de privatização na Assembleia Legislativa, dentre os quais se destacam a "renegociação da dívida", que visa privatizar estatais (como CEEE, Corsan, Banrisul, Sulgás, CRM), e a legalização do parcelamento do 13° salário.
Esta suposta "indenização" tem contrapartida: aprovar o ajuste fiscal na íntegra; além de jogar com o sentimento de imediatismo de uma categoria que está passando fome. Este é o nível moral e o método do governo do PMDB e da mídia que o sustenta: a dissimulação, a chantagem, a distorção. Visam, com tudo isso, tencionar a "oposição" ao seu governo na Assembleia para aprovar todo o seu pacote de crueldades, privatizando o patrimônio público, exatamente como quer o governo Temer para poder "renegociar" a dívida pública.
Declaração da direção central do CPERS sobre a proposta de "indenização" |
Em síntese: aceitar esta "indenização" significa trocar migalhas por privatizações. É necessário agora pensar a longo prazo e derrotar o imediatismo, que é sempre tentador. A aprovação do pacote do Sartori nos deixará em piores condições do que a que nos encontramos agora. Preparará uma maior e pior crise financeira no futuro. Esta é toda a perversidade do capitalismo, que joga com a fome do povo e opera estas negociatas ocultas do poder econômico.
A direção do CPERS está redondamente enganada: o governo não recuou, apenas mudou de tática! Precisamos dar uma resposta a altura deste novo golpe político intensificando nossa greve e construindo a greve de todos os funcionários públicos do Estado do RS, rumo ao Encontro de Base dos servidores. Alertar todo o povo gaúcho sobre a armadilha deste governo dilapidador do patrimônio público é a nossa tarefa.
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