Na reunião do Conselho geral do CPERS
Sindicato do dia 15/06/2012 a Construção pela Base apresentou a seguinte
proposta de inclusão no plano de lutas do sindicato: que os trabalhadores
contratados sejam incluídos nos Planos de Carreiras, e também que aqueles que
já exerçam três anos de atividade no cargo já tenham concluído o curso superior
tornem-se efetivos e com estabilidade. A direção do CPERS Sindicato propôs que
não fosse votada essa proposta, com o argumento de que a mesma é tema para o
Congresso do CPERS. Terminou sendo aprovada a proposta da direção do CPERS com
o voto contrário da Construção pela Base. Hipocritamente utilizaram o argumento
falso de que essa discussão somente deve ser tema de congresso, segundo o
estatuto do sindicato, este ano deveria ser realizado o congresso ordinário
bianual, mas a direção não mexeu uma palha para que este ocorresse.
A direção do CPERS e as demais correntes
representadas no Conselho Geral através de sua prática declaram que têm posição
contrária à proposta de extensão do plano de carreira aos contratados bem como
sua efetivação e estabilidade, feita pela Construção pela Base. Disseminam na
categoria a visão dicotômica e alienada de que se efetivarmos os trabalhadores
contratados seria uma posição contrária a ter concurso público. Isso é um falso
argumento, que serve para esconder a verdadeira intenção que é servir aos interesses
dos governos, já que não enfrenta a política de precarização do trabalho dos
educadores.
Essa política de ignorar os contratados
significa apostar na divisão da categoria e no enfraquecimento das suas lutas,
fortalecendo a burocracia sindical e os governos. A direção do CPERS não assume
publicamente sua posição contrária a da Construção pela Base para não se
desgastar com os trabalhadores contratados, que hoje representam uma parcela
bastante significativa da categoria.
Também propusemos aprimorar a campanha
de denúncia do governo Tarso, denunciando sua nova manobra política no momento
em que ela ocorre. Trata-se da denúncia pública da manipulação dos índices de
repetência do Ensino Médio, que, conforme elucidamos em nossos materiais, estão
somados com os índices de abandono, deturpando-os. O governo utilizou esses
dados para desmoralizar, via grande mídia, os educadores do Estado e justificar
a política de cortes de gastos e de baixo investimento na educação pública.
Também salientamos a necessidade de denunciar que a alteração na lei de gestão
democrática está na lógica de “escola empresa”, em sintonia com o novo Plano
Nacional de Educação (PNE) – que é apoiado pelas correntes da direção do CPERS.
O PNE segue a linha traçada pelo Banco Mundial, com metas a serem alcançadas a
qualquer custo, obrigando as direções das escolas a trabalharem com os índices
governamentais, submetendo a escola à lógica do mercado, cada vez mais
excludente. As duas propostas foram derrotadas pela direção do CPERS e
correntes aliadas.
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