18 de jun. de 2013

O BUROCRATISMO DO CPERS E A SUA OMISSÃO NA LUTA CONTRA O AUMENTO DAS PASSAGENS


       Uma após a outra vão caindo as máscaras que escondem a verdadeira face da democracia capitalista: repressão aos trabalhadores para garantir o lucro privado da burguesia. Esta violência escancarada aos movimentos sociais que lutam contra a carestia de vida, tais como o aumento das passagens, desemprego, lei de exceção da Copa, dentre outros, vem sendo debatido por toda a sociedade, inclusive pela nossa categoria. Professores, funcionários e alunos dependem diariamente do transporte coletivo e, muitos destes, têm tomado parte ativa na luta que hoje o Brasil inteiro trava contra as empresas privadas e as prefeituras que lhes são subservientes.
       Os movimentos sociais de Porto Alegre conquistaram uma vitória parcial ao obrigar a prefeitura a recuar no seu intento de aumentar a passagem de R$2,85 para R$3,05. Esta luta não teve nenhum apoio do CPERS. Este imobilismo de nosso sindicato é um absurdo e só demonstra todo o seu corporativismo e economicismo, isto é, a sua adaptação total à democracia burguesa e ao sindicalismo reformista.
       O CPERS é uma imensa máquina sindical que poderia, junto a estes movimentos populares, levantar nossas bandeiras em defesa da educação pública (a defesa do Plano de carreira, contra a Reforma do Ensino Médio, não ao PNE, etc.) bem como dar um grande apoio material para todos estes atos, além de uma unidade em todo o território do Estado, impulsionando-os ainda mais para adiante. Como é dirigido por uma burocracia sindical que fica encastelada nos seus gabinetes, preocupada em manter seu status, seus privilégios e acordos políticos de bastidores. Ao invés de dar vazão a esta luta que comove o Brasil, sua preocupação principal é: como engessar e controlar o congresso que se avizinha?

       Muito longe de refletir as lutas em curso e preparar as novas, o CPERS é o reflexo do carreirismo, do imobilismo e do sindicalismo adaptado ao Estado. Nenhum dos seus núcleos foi capaz de se somar as iniciativas populares. As assembleias regionais coincidiram com os dias em que ocorriam atos expressivos nas ruas e, mesmo assim, não houve sequer um informe ou convocação para a participação da categoria para engrossar as fileiras destes mesmos atos. A sua única atitude em relação aos protestos nacionais é publicar uma nota na internet de um grupo de São Paulo. É muito importante a categoria refletir profundamente sobre mais esta omissão do CPERS: para que serve o aparato sindical?

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