A
RBS contraditoriamente faz campanha pela "vida" no seu horário nobre,
mas aplaude o governo Leite por ter descontado o salário das(os) educadoras(es),
que fizeram greve e recuperaram, além de ficar pressionando e manipulando a
opinião pública para o retorno imediato das aulas presenciais.
As
escolas funcionam em condições precárias. Agora, com a pandemia, essa situação
se intensifica: faltam professores, funcionários e muitos não poderão
retornar ao ensino presencial, pois fazem parte do grupo de risco; faltam
também materiais de higiene e profissionais de limpeza que garantam uma
sanitização permanente do espaço escolar, permitindo um lugar seguro para
estudantes, professores(as) e funcionários(as).
É
necessário pontuar, também, que as nossas escolas são espaços de muito contato
e integração humana, onde crianças e adolescentes, na condição de seres em
desenvolvimento psicoafetivo, são ativos e espontâneos, não se enquadrando
facilmente nos protocolos rígidos e de pouco contato humano, pois o movimento e
o contato são questões inerentes ao trabalho pedagógico que não podem ser
desconsideradas. Além disso, colocar estudantes e profissionais com medo em
nossas escolas pode significar traumas emocionais em toda a comunidade escolar.
A
irresponsabilidade do governo Leite, com sua política genocida, quer colocar em
risco de vida nossas comunidades escolares, fazendo circular o coronavírus pelo
Estado e assim exterminar nossa gente. O único protocolo seguro para garantir o
retorno das aulas presenciais é a vacinação em massa, caso contrário não deve
haver retorno às aulas presenciais. É necessário continuarmos com o ensino
remoto e as alternativas definidas pelas escolas para garantir o acesso à
educação aos estudantes; e que o governo dê conta de oportunizar equipamentos e
acesso gratuito para todos(as) professores(as) e alunos(as), pois o currículo
escolar é possível recuperarmos, enquanto que as vidas não.
Precisamos
reagir contra os governos da morte, se organizar a partir do chão da escola,
envolvendo Conselhos Escolares, COEs, CPMs, Grêmios Estudantis, Unidades
Básicas de Saúde e toda a comunidade escolar para proteger nossas vidas.
Unificar a nossas lutas com os educadores dos municípios e regiões do Rio
Grande do Sul para combater os governos que utilizam a pandemia para impor mais
retirada de direitos e exploração da classe trabalhadora.
Nesse
sentido defendemos o não ao retorno da aulas presenciais, pela manutenção
provisória do ensino remoto e das alternativas propostas pelas escolas, com
direito à autonomia das comunidades escolares decidirem os rumos da educação em
tempos de pandemia.
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