PELA REINTEGRAÇÃO
IMEDIATA DO COMPANHEIRO MACARRÃO, DEMITIDO POLÍTICO!
A
luta dos professores estaduais foi uma das lutas mais importantes do Ceará no
ano de 2011. A
batalha pelo piso nacional do magistério (Lei 11.738) repercutindo na carreira
(Lei 12.066), foi puxada por toda uma nova geração de professores
recém-ingressos por concurso ou por contrato temporário.
Os
professores passaram por diversos desafio em sua luta e tiveram que encarar a
direção pelega do sindicato da categoria, dirigida pelo governismo do PT, e
também a truculência do governo Cid Gomes/PSB. Frente a inoperância da direção
do sindicato, os professores articularam-se nas zonais, organismos de base que
reúnem professores de uma determinada área, rearticulando a capacidade de
organização da categoria. E perante as agressões do governo estadual
demonstraram força numa série de combates e tentativas de ocupações que gerou o
acampamento na Assembleia Legislativa (28/09).
O
camarada Macarrão é professor temporário da EEFM Estado do Pará e um dos que
estiveram na linha de frente da greve. O companheiro também possui militância
no movimento popular (MLDM) contra as remoções da Copa de 2014. A sua demissão tem um
claro objetivo político.
Recentemente
o professor Macarrão, após sua aula na manhã do dia 06/01, foi informado pelo
núcleo gestor da sua escola, que na manhã anterior havia ocorrido uma reunião na
SEDUC onde a superintendente informou ao núcleo gestor que o queria demitido
naquele mesmo dia. O núcleo intercedeu, porém a superintendente permaneceu
irredutível A justificativa dada foi o fato do professor ter participado de
manifestações estudantis na EEFM José de Alencar e no EEFM 2 de Maio. Numa
clara perspectiva de retaliação/perseguição e demissão política.
Este
tipo de retaliação já é algo esperado, ainda mais para um professor de contrato
temporário que está na condição de precarização. A precarização do trabalho
docente, via contrato temporário, faz parte do mecanismo sui generis do
neoliberalismo: a) a superexploração do trabalho; b) A desorganização sindical
e a desestabilização política, tendo em vista a facilidade de demissão de
trabalhadores sobre esse regime de contrato.
O
professor Macarrão é temporário, e na rede estadual do Ceará, o professor
temporário não tem nenhum direito assegurado. Assina o contrato sem ter acesso
a nenhuma via do mesmo, não tem carteira assinada, não tem direito ao vale refeição,
tampouco direito de sindicalização. Entendemos que o professor temporário
executa o mesmo serviço que o efetivo, assim, por ter os mesmos deveres deve
ter os mesmos direitos.
Neste
pós-greve temos o agravante do fato de que o governo Cid Gomes/PSB querer
colocar o professor temporário que fez greve para repor aulas sem salário.
Entendemos que a greve foi uma necessidade do trabalhador em educação de parar
suas aulas por falta de condições de trabalho, assim o único culpado da greve
do estado foi Cid Gomes/PSB que agora quer penalizar os professores
temporários.
Tanto
efetivos quanto temporários demonstraram disposição de luta neste processo. A
SEDUC partiu para uma série de retaliações, como assédio moral nos locais de
trabalho e estudo contra estudantes que participaram da luta, como os
professores que estiveram na linha de frente da greve, bem como a proibição de
usarem a escola como espaço de reunião numa clara demonstração de cerceamento
da liberdade de pensamento e de reunião. O governo estadual usou da repressão
física nas manifestações, como na ocupação da Assembleia Legislativa. E quando
essas táticas de coação não se mostraram capazes de conter o ânimo de luta da
categoria, usa-se agora da demissão aos professores que estiveram à frente da
greve. A perseguição aos professores de luta se aprofundou com a demissão do
camarada Macarrão. E é um indício de uma "caça as bruxas" na
categoria.
O
que CID/SEDUC estão fazendo para além da perseguição política, é dar: a) uma
lição na categoria, que entrou em greve e desafiou o Governo; b) Um aviso para
que os futuros combatentes pensem duas vezes antes de se organizarem e
enfrentarem esse Governo. c) Que a APEOC cada vez mais se mostra do lado do
governo contra os professores, merecendo toda a denuncia e combate.
A
demissão do camarada Macarrão é uma lição que CID/SEDUC/APEOC dão aos
professores combativos e/ou temporários que enfrentaram o Governo. É necessário
reverter esse quadro, dando uma lição no Governismo, demonstrando que nenhum
companheiro pode ser demitido por motivos políticos, É preciso reintegrar o
companheiro ao seu posto de trabalho.
É
muito importante, que nesse momento todos os professores convoquem os
estudantes a encaparem essa luta, pois essa luta é de todos.
NENHUMA AGRESSÃO SEM RESPOSTA!
MEXEU COM UM, MEXEU COM TODOS!
UMA SÓ CLASSE, UMA SÓ LUTA!
Texto produzido pelo Fórum de Oposição
pela Base em solidariedade ao companheiro professor Macarrão demitido pelo
Governo Cid Gomes/PSB - Ceará. As Oposições/Movimentos/Sindicatos que quiserem
se somar assinando esta nota enviar e-mail para oposicaoeducacaice@gmail.com.
Até o momento, assinam esta nota:
Oposição Classista e Combativa ao
DCE-UFC;
Pró-Oposição Combativa na Educação;
Pró-Fórum de Oposição Pela Base-CE;
Coletivo Pedagogia em Luta (CPL) – CE;
Oposição de Resistência Classista –
Educação/RJ;
Coletivo estudantil de geografia
TERRITÓRIO LIVRE - UnB;
Oposição CCI – Combativa, Classista e
Independente ao DCE da UnB;
MOCLATE – Movimento Classista de
Trabalhadores em Educação;
LSOC – Liga Sindical Operária e
Camponesa;
SERPRU – Sindicato dos Empregados Rurais
de Presidente Prudente e Região;
ANA – Associação Nacional da Agricultura;
MLDM – Movimento de Luta em Defesa da
Moradia;
Comitê de Defesa Proletária;
Oposição de Luta dos Professores/CE –
TRS/LBI;
Sinticato do Trabalhadores Rurais de
Presidente Venceslau e Marabá Paulista;
diretoria do SINDSCOPE – Sindicado do
Servidores do Colégio Pedro II (RJ);
Coletivo LutaSociais! – UnB;
RECC - Rede Estudantil Classista e
Combativa;
RENAP-CE – Rede Nacional de Advogados/as
Populares-CE;
Grupo de Luta dos Petroleiros (GLP);
Construção Pela Base - Oposição à direção
do CPERS;
Nenhum comentário:
Postar um comentário