GOVERNO
TARSO PREPARA O TERRENO PARA DESTRUIÇÃO
DO PLANO DE CARREIRA!
A contraproposta aprovada na assembleia do dia 02 de março
servirá ao governo. Aparentemente seria uma proposta boa - 3 parcelas para o
pagamento do Piso. Na verdade, é uma proposta inconseqüente porque não está de
acordo com a realidade. O governo não está disposto a pagar o piso nem até o
final do seu mandato e muito menos em um ano, e a categoria não está em
condições de enfrentar uma grande luta, que seria necessária para essa
conquista, em virtude da derrota da última greve. E a direção do CPERS também
não pretende mobilizá-la. Portanto, essa
proposta é um jogo de cena, uma aparente combatividade, que não enfrenta a enganosa
proposta do governo de 23,5% - e que realmente são apensas 6,08%. Ou seja,
deixa o governo com as mãos livres para enganar a categoria e para impor o seu
reajuste indecente. A aparente combatividade do CPERS na defesa do Piso
Nacional Salarial esconde a sua cumplicidade com a política concreta do
governo, porque desvia a atenção da categoria do real para o abstrato. O real é
o calote do pagamento do piso, o reajuste miserável de 6,08% e a mentira, não
desmascarada pelo CPERS, de que estaria dando 23,5%. Prova disso é o fato de que a direção nem
sequer apresentou a contraproposta aprovada pelo Conselho Geral, em fevereiro,
dando tempo para o governo encaminhar o seu projeto para a Assembleia Legislativa.
Mas os ataques continuam. O novo debate da mídia burguesa
(ZH do dia 04/03/2012) é que para o governo Tarso pagar os salários dos
educadores conforme a lei do Piso Nacional deverá o mesmo “adequar” os Planos
de Carreiras, isto é, acabar com eles, a exemplo de vários Estados brasileiros
que já o realizaram. As declarações do secretário de educação José Clóvis
deixam claro que o governo não irá pagar o Piso Nacional mantendo o nosso Plano
de Carreira. Ao contrário, o pagamento do Piso, caso fosse decretado pela
justiça, ficará condicionado a destruição do Plano de Carreira dos educadores.
Segue as declarações do secretário de educação na Zero Hora: ZH – Então não vai se conseguir atingir o piso
até 2014?José Clovis Azevedo – Só se fosse pelo reajuste do INPC de 2012
e 2013. Pelo índice do Fundeb, não vamos alcançar... ZH –
Não há possibilidade de alterar o plano
de carreira para garantir o pagamento do piso?Azevedo – Até hoje, não cogitamos. A dificuldade é justamente pagar o piso no
plano de carreira. Agora, se o sindicato
rejeitar essa proposta, poderá estar colocando em discussão o plano de
carreira. Porque, na medida em que o
sindicato não aceita proposta que se compatibiliza com o plano de carreira, é
sinal de que não valoriza tanto assim a carreira.
DIREÇÃO
DO CPERS OMITIU A PAUTA DA GREVE DA CNTE/CUT QUE
EXIGE A APROVAÇÃO DO NOVO PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO NEOLIBERAL DO BANCO
MUNDIAL DE DILMA/TARSO
Na assembleia
geral, a Direção do CPERS Sindicato (DS e AE - PT, PSTU, PSOL, CS e PSB) omitiu a verdadeira pauta da greve chamada para os dias 14 -15 -16
de março, que exige a aprovação do novo Plano Nacional de Educação (http://www.cnte.org.br). A direção
governista não fala a verdade aos trabalhadores. Na assembléia passou a
participação do CPERS na anti-greve da CNTE-CUT, que a reforçará o apelo do
governo Dilma à Câmara dos Deputados para que aprove na 1º quinzena de março o
novo PNE - 2011 a
2020 - que continuará com as reformas neoliberais na educação Brasileira.
O novo PNE de Dilma segue
a lógica privatista do Banco Mundial, de destruição da educação pública no
Brasil. Suas metas já estão sendo executadas há três décadas, e cada ano aprofunda-se
a privatização da educação. Esses planos neoliberais se
efetivam através de políticas e reformas dos governos. Como exemplos disso,
temos: o Projeto Mais Educação, pelo qual os monitores não têm vínculo
empregatício e recebem apenas uma ajuda de custo para desempenhar a função de
professor; a proliferação do EAD (Ensino a distância); avaliação
por “mérito”, que responsabiliza os educadores pela evasão e repetência,
levando à demissão dos servidores públicos; avaliação das
instituições e o rendimento escolar (ENADE, SAEB, Provinha Brasil e outros),
que têm como objetivo a introdução de programas de qualidade total na educação,
numa concepção de “escola empresa”. Os governos estaduais, em sintonia com o
novo PNE, estão destruindo os planos de carreira dos educadores. Aqui no Estado,
Tarso deu continuidade à política neoliberal do governo Yeda: implementou a
Reforma da previdência dos servidores, entregando-a para fundos privados; impôs
através de decreto a Reforma do Ensino Médio, aprofundando
as parcerias públicas privadas do governo do Estado, entregando para o
Sistema S (SESI, SENAI, SESC e SENAC), e Unibanco, Itaú, Santander, etc. –
parte da educação pública, e transferindo para bolso do empresariado dinheiro
público, mercantilizando a educação e seguindo à
risca o acordo estabelecido com o Banco Mundial previsto no novo PNE.
A
chamada extra e a não suspensão do pagamento da CUT aprovada na assembleia penaliza
duas vezes os trabalhadores. Por um lado, terão que desembolsar mais uma
mensalidade sem definir as prioridades orçamentárias do sindicato, e, por
outro, a arrecadação servirá para patrocinar a política governista da
CNTE/CUT/CPERS contra a educação pública, ou seja, será usada para bancar a
greve pelega que defende o PNE de Dilma. Infelizmente, a
grande maioria da categoria não participou dessa assembleia, que em grande
parte estava composta pelos amigos da direção. Por essa razão, a Assembléia
votou contra os interesses dos educadores defendidos pela Construção pela Base.
Eu não sou favorável a ESSE plano de carreira, e quem realmente se preocupa com a educação não deveria ter, pois ele é um verdadeiro desestímulo ao estudo. O cara que faz uma especialização a distância ganha o mesmo de um que faz doutorado?
ResponderExcluirEsse plano de carreira está defasado...