8 de mar. de 2012

COMO O CPERS SINDICATO DEVERIA ADMINISTRAR A CONTRIBUIÇÃO MENSAL DOS TRABALHADORES?

COMO O CPERS SINDICATO DEVERIA ADMINISTRAR A CONTRIBUIÇÃO MENSAL DOS TRABALHADORES?
          O destino das finanças sindicais deve ser debatido pelos trabalhadores a cada ano em assembleias do núcleo e assembleia geral, definindo as prioridades de investimentos no orçamento anual. Como exemplo: deveriam ser definidas as prioridades quanto à formação, mobilizações, participação em congressos, seminários e outros. Este debate é essencial para que a base da categoria se aproprie das instâncias do seu sindicato, favorecendo o desenvolvimento da democracia direta, isto é, que o trabalhador possa diretamente intervir e questionar as finanças sindicais nas assembleias, não necessitando de intermediários para isso. Isso educa os trabalhadores e cria uma cultura organizativa contra a democracia burguesa dentro de nossas fileiras, construindo a democracia operária.
        A prestação de contas deve ocorrer em assembleia do núcleo e geral, bem como ser divulgada no site e jornal do sindicato, para que todos os trabalhadores conheçam e tenham condições efetivas de opinarem, além disso, promoverá os devidos esclarecimentos sobre para onde está indo o seu dinheiro.
       Nesse sentido, quando nos posicionamos contra a chamada extra e pela suspensão do pagamento à CUT, fazemos isso por que acreditamos que as finanças sindicais não devem financiar os nossos inimigos, e também porque não estão sendo bem administradas. Existem distorções que devem ser debatidas em assembleias da categoria. Por exemplo, a CUT defende a Reforma do Ensino Médio, o Plano Nacional de Educação – que significa aplicação dos planos neoliberais na educação –, enquanto a categoria deliberou em Assembleia Geral boicotar a reforma do ensino médio. Portanto a continuidade do pagamento à CUT é uma contradição com a luta da categoria contra essas reformas neoliberais, que ela defende.
       Questionamos também o fato de não existir uma prestação de contas. A direção do CPERS Sindicato apresenta um balancete contábil resumindo seis meses de despesas e chama isso de prestação de contas. Reafirmamos o que falamos na Assembleia Geral do dia 02 de março: não aparece nesse balancete quanto é pago a CUT. Essa nossa afirmação foi contestada pela vice-presidente Neida, que falou em alto e bom som que nós recebemos o relatório de prestação de contas no Conselho Geral e não divulgamos à categoria. Logo, segundo ela, saberíamos de quanto seria esse valor, fato que teríamos omitido da categoria. Queremos esclarecer que assumimos a nossa participação no Conselho Geral como representante 1/1000 somente em 20 de novembro de 2011; que o balancete, em anexo, apresentado pela direção, não esclarece quanto é pago à CUT e a principal responsável pela sua divulgação à categoria é a direção, que não o faz. Portanto, quem tem essa prática de omitir informações à categoria é a Direção do CPERS, que também não divulgou a pauta correta da greve pelega 14-15-16 de março da CNTE-CUT, a mesma que exige a aprovação do novo Plano Nacional de Educação e que serve para ajudar o governo na pressão aos Deputados Federais para aprovação desse plano neoliberal de Dilma e do Banco Mundial. Desde que começamos a participar do Conselho Geral, somente dois balancetes contábeis foram apresentados: um de setembro de 2011 (01/03/2012) e outro chamado de “Despesas de mobilização 2011 e 2012” (19/01/2012), conforme seguem em anexo para os colegas conhecerem, o que deveria estar no site do CPERS.

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