3 de dez. de 2011

TARSO GOVERNA PARA O BANCO MUNDIAL!

TARSO GOVERNA PARA O BANCO MUNDIAL!
             O Governo Tarso, para honrar os seus compromissos com o Banco Mundial, está impondo através de decretos o desmonte da educação pública estadual, seguindo os planos de austeridade impostos pelo imperialismo aos governos do mundo. A Reforma do Ensino Médio que aumenta a carga de trabalho dos educadores e reduz recursos humanos, dá continuidade as parcerias público privadas do governo de Yeda, entregando para o setor do empresariado – SESI, SENAC, SESC, Unibanco, Itaú, Santander, etc. – parte da educação pública. A Reforma ainda prevê o trabalho “semi-escravo” da juventude, tendo em vista que muitos dos estágios não serão remunerados. O objetivo da Reforma, além de preparar a mão-de-obra barata para o mercado cada vez mais explorador, quer domesticar os filhos dos trabalhadores para serem multitarefeiros e para suportarem a exploração crescente do “mundo do trabalho” (no documento do governo se fala em “suportar o estresse”). O seu verdadeiro sentido é que os futuros trabalhadores não realizem mobilizações, greves, aceitando passivamente os desmandos dos patrões, além de implementar a avaliação meritocrática aos educadores, que tem como critério a frequência e o desempenho dos alunos, desmontando os serviços públicos e permitindo demissões de servidores,  para cortar gastos e transferir aos trabalhadores os custos da crise e as mazelas do sistema capitalista. Por isso Tarso não realizou concurso público, porque necessita aplicar as reformas para que os próximos educadores sejam regidos pela “nova ordem neoliberal”.
POR UM NOVO SINDICALISMO COMBATIVO E DE BASE!
            O combate contra o governo Tarso se intensifica, mesmo que tardio, em função do governismo da direção do CPERS, que não preparou a categoria para luta, não fez nenhuma campanha de mídia massiva para desmascarar o governo, justificando falta de dinheiro. Sabemos que dinheiro existe, pois este corre solto para os bolsos das centrais sindicais governistas, como a CUT. Por que, então, não suspende o pagamento da CUT? O dinheiro do sindicato deve ser usado para a luta e não pra manter as mordomias dos burocratas, que trabalharam no sentido de adiar a greve para o final do ano, além de descumprirem decisão da Assembleia Geral de 22/06 que era paralisar na votação do “pacotarso”, fazendo “corpo mole” no enfrentamento ao governo, utilizando como justificativas as supostas “ilusões” da categoria no governo. Em nome da manutenção da unidade da direção (PT, PSTU, PSOL, CS, PSB), não se construiu a greve para barrar os ataques de Tarso. Desde o primeiro dia de governo, Tarso não só não cumpriu suas promessas de campanha, como deu o calote no Piso, nas RPVs, privatizou a Previdência e tudo isso passou sem resistência alguma, sem nenhuma ação concreta por parte da direção do CPERS. E agora, no final do segundo semestre, fomos “presenteados” com a Reforma do Ensino Médio, enquanto que a direção do CPERS continuou priorizando o Piso, alimentando ilusões no governo e perdendo as melhores oportunidades para esclarecer a comunidade escolar sobre o significado deste ataque. Com muita pressão da base a direção começou a denunciar a Reforma.
         Precisamos de uma campanha de mídia que esclareça a opinião pública sobre estes ataques do governo Tarso à educação e que denunciem a serviço de quem eles estão: Banco Mundial e FMI. Se a direção do CPERS está chorando miséria para veicular campanha de mídia, exigimos que ela abra as suas contas para que, coletivamente, decidamos as prioridades financeiras do sindicato.
         Teremos muita luta pela frente para enfrentar este governo. Estamos apenas no começo e teremos muitas dificuldades em função das correntes governistas que estão na direção do sindicato, que servem como obstáculos para um enfrentamento consequente ao governo. Enquanto o CPERS for dirigido pelas correntes da CUT e seus satélites, será sempre um braço do governo Tarso, a despeito da retórica aparentemente “antigovernista”. Nós, da Construção pela Base, chamamos a categoria a apropriar-se das instâncias de nosso sindicato e organizar núcleos por escolas, realizando debates e mobilizações que deem visibilidade para nossa luta. Devemos jogar todos os esforços para ganhar nossos colegas para atuarem em nosso sindicato no sentido de enfrentar o governo Tarso e os seus representantes dentro do CPERS.
PROPOMOS À ASSEMBLEIA GERAL : ORGANIZAR UM CALENDÁRIO DE MOBILIZAÇÃO PERMANENTE  PARA ENFRENTAR O GOVERNO TARSO!

·        “Suspensão” da greve e fortalecer a mobilização da categoria para desmascarar o governo Tarso. Cada militante do CPERS deve disseminar na sua comunidade escolar que o governo Tarso é um governo a serviço do Banco Mundial, bem como esclarecer o caráter da Reforma do Ensino Médio e dos decretos do governo.
·        Organizar um Ato Público Estadual e panfletagem nos dias 8 e 9/12 em frente aos locais da Conferência Estadual que denunciem o governo Tarso e sua reforma na educação, para ganharmos a consciência dos educadores que estiverem participando da conferência no sentido de boicotarem ou se posicionarem contra a reforma do governo.
·        Panfletagem contra as Reformas do governo na comunidade escolar e em locais de grande circulação nos municípios. No caso de Porto Alegre sugerimos a esquina democrática, mercado, Trensurb, etc.
·        Organizar ocupação de ruas com passeatas envolvendo a comunidade escolar em diferentes pontos das cidades, que provoque fechamento das principais ruas por um tempo determinado, para chamar atenção acerca dos ataques à educação impostos por Tarso.
·        Uma grande campanha na mídia (principalmente nas férias) denunciando o governo Tarso e a sua Reforma neoliberal na Educação, para ganhar a opinião pública, esclarecendo que o mesmo está transferindo os custos da crise mundial para os trabalhadores, seguindo a cartilha do FMI e Banco Mundial (sendo a continuidade do governo Yeda), utilizando todos meios: TV, rádio, outdoor, panfletagem, colagem de cartazes pela cidade. A direção do CPERS é contra esta campanha de mídia, mas não assume, justificando falta de dinheiro. A base da categoria precisa pressioná-la para que o nosso dinheiro seja aplicado no esclarecimento dos trabalhadores e na sua luta. 
·        Organizar CONFERÊNCIA ESTADUAL DO CPERS elaborando a proposta de educação pública que queremos. Sugerimos começar na terceira semana de março organizando o debate nas escolas, desmascarando a proposta do governo e construindo a dos trabalhadores, preparando vídeos, documentos, power point contra a reforma de Tarso. Em seguida, sugerimos tirar delegados das escolas para participar de um encontro Zonal, da zonal para o núcleo e do núcleo para a Conferência Estadual (proposta de local Gigantinho ou Tesourinha), contando com a participação de professores, funcionários, alunos e pais.
·        Propomos que nas Assembleias Gerais as falas sejam organizadas da seguinte forma: uma fala por corrente e mais falas para os ativistas independentes (pode variar de 5 a 10). E também sempre contemplar nas falas as propostas divergentes, independente de haver representação no Conselho Geral ou estar ligado a alguma corrente sindical. Aqui, conforme as discussões do Comando de Greve, mais uma vez a direção do CPERS se manifestou contra a abertura das instâncias do Sindicato à base. É preciso redobrar a pressão sobre ela.
·        Até a terceira semana de março convocar uma Assembleia Geral para discutirmos estas e outras ações de mobilização.
·         Propomos a expulsão do quadro de sócios do CPERS daqueles militantes que assumem cargos de confiança e secretarias de governos, como José Clóvis e Antônio Branco.
Panfleto distribuído na assembleia geral do dia 02/12/2011

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