As
nossas decisões devem partir da realidade concreta, que é o critério da verdade.
Contrariar a realidade é ingenuidade ou oportunismo. Está claro para todos que
a maioria da nossa categoria não atendeu ao chamado para a greve. São vários os
fatores: desconto de salário, descrença na direção do CPERS (em função das
várias greves derrotadas pela burocracia sindical), ausência de trabalho
sistemático na base da categoria, ausência de formação. Esses fatores não devem
ser desconsiderados e também não devem nos desanimar. Devemos responder com
novos métodos de luta, com mobilização e debate permanente com a categoria.
A
proposta de greve tem como objetivo arrancar
o Piso Salarial e derrotar a reforma do ensino médio do governo. A greve,
para ser vitoriosa, deve contar com a participação da maioria da nossa categoria. Com a participação
apenas da vanguarda, já nasce derrotada. É um tiro no pé, pois mostra a nossa
fragilidade frente ao governo e permite que o mesmo imponha novas derrotas e retirada
de direitos. Serve para desanimar, em vez de aumentar a nossa disposição de
luta.
Nós,
da Construção pela Base, propomos acumular forças, criar comissões de
mobilização por escola e região para realizar em larga escala de atos de ruas (estadual,
regionais e municipais), ocupação de praças, promover trancaços de ruas, dando
visibilidade à nossa luta. É necessário construir novos métodos de luta com as
comunidades escolares, que agreguem e motivem os educadores, os estudantes e os
pais, em defesa da educação pública. Utilizar o nosso espaço nas escolas para
dialogar com a categoria e desmascarar a política do governo Tarso/Dilma de
destruição da educação pública, a serviço do Banco Mundial, transferindo os
custos da crise capitalista para os ombros dos trabalhadores. Devemos nos
apropriar do espaço escolar para construir a resistência a esses ataques.
Lutamos por construir um sindicalismo
revolucionário, que rompa com o economicismo, espontaneísmo e aventureirismo
das burocracias sindicais encasteladas nos sindicatos. É preciso avaliar as
nossas ações com seriedade, levando em conta a realidade. É preciso saber
desconstruir a lógica burocrática, sempre fora da realidade, tanto quando deixa
de chamar as mobilizações no momento certo, quanto quando chama greves
ignorando a correlação de forças, para se autopromover.
CRIAÇÃO DE
FUNDO DE GREVE PERMANENTE!
DIALOGAR COM
A CATEGORIA RUMO A UMA LUTA CONSEQUENTE CONTRA OS ATAQUES DO GOVERNO TARSO!
A criação
de um FUNDO DE GREVE PERMANENTE é
uma condição indispensável para que as nossas greves e paralisações sejam
vitoriosas, respondendo ao medo da categoria ao corte do ponto e desconto dos
salários. A criação de fundos de greve faz parte da história das lutas dos
trabalhadores desde o século XIX. Essas experiências garantiram o êxito das
lutas, garantindo a sobrevivência dos grevistas, apesar do desconto dos
salários. As finanças do sindicato devem financiar as lutas da categoria. Cabe
aos trabalhadores definir as suas prioridades. Propomos a criação de um FUNDO DE GREVE suspendendo o pagamento
destinado à CUT/CNTE (em torno de 200 mil reais) e destinando os recursos para
este fim.
CONTRA A
CHAMADA EXTRA!
NENHUM CUSTO A MAIS PARA OS TRABALHADORES!
PROPOSTAS DE
MOBILIZAÇÕES
Propomos a realização de uma Jornada semanal de defesa da educação
pública contra as reformas privatizantes do governo Tarso/Dilma/Banco Mundial. Nessa
semana daremos aula para tratar da luta, realizaremos debates nas escolas sobre
o caráter das reformas educacionais impostas pelos governos, dialogando com
toda a comunidade escolar. Sugerimos a
realização de assembleias populares por região, seminários, apresentações de filmes, teatros, músicas,
culminando com ações de luta direta: ocupação das praças, trancaços de ruas,
passeatas, entre outras ações, visando conscientizar sobre o sucateamento da
educação pública construindo pela base a resistência contra os desmandos dos governos. (Panfleto distribuído na assembleia geral no dia 23/08/2013)
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