A direção do CPERS
lançou uma suposta “nota de esclarecimento” no dia 3 de dezembro no intuito de combater
os abaixo-assinados e plebiscitos informais que estão ocorrendo em muitos
núcleos para debater sobre a desfiliação da CUT. Esta “nota de esclarecimento”
é, na verdade, de “obscurecimento”, porque distorce os fatos e quer somente
confundir a categoria para justificar a sua atitude arbitrária de cancelar o
antigo calendário de debates que visava aplicar a resolução do Congresso de
Bento. Aqueles que estão enganando escandalosamente a categoria (a atual
direção do CPERS – Articulação Sindical-CUT – PT) tentam se vender como os
honestos “esclarecedores”. Não há nada mais longe de um esclarecimento do que
isso!
O fato é que a
direção do CPERS confunde intencionalmente a categoria para esconder o seu
golpe. Em primeiro lugar, quem marcou a proposta de plebiscito e de debate de
desfiliação da CUT não foi uma assembleia geral, mas o VIII Congresso do CPERS.
Então, o trecho que diz “todas as
decisões tomadas em
Assembleia Geral , somente outra Assembleia Geral pode mudar”
carece de sentido e serve apenas para esconder que a atual direção está
desrespeitando e passando por cima de uma resolução de Congresso, o que é um
fato gravíssimo! Somente uma assembleia, por ser uma instância máxima da
categoria, poderia desmarcar o plebiscito aprovado no Congresso e o calendário
de debates aprovados no Conselho Geral do dia 11/04/2014.
O que a nota quer
esconder é que o Conselho Geral, utilizando-se de sua maioria artificial e
mesmo sem ter poderes para isso, anulou uma decisão de congresso porque tem
diferenças profundas com ela. Sendo assim, a atual direção não rasga apenas o
estatuto do sindicato, mas uma tradição histórica do movimento operário. A
atual direção é, portanto, a principal interessada em “enganar a categoria”.
Diz
ainda que a “direção central do CPERS não
se furtará de fazer este debate”, mas já furtou na prática: sabotou a
decisão de um congresso e jogou para um futuro indeterminado este “debate”, que
será, certamente, transformado em um teatro que não discutirá profundamente
nada e não decidirá absolutamente nada – ações muito comuns no nosso sindicato
não apenas por parte da atual direção. A sua “nota de esclarecimento”,
portanto, serve apenas para obscurecer e enganar a nossa categoria. São fatos
como este que nos fazem entender a profunda paralisia em que se encontra o
nosso sindicato, entregue a uma burocracia governista parasitária que está se
esforçando ao máximo para destruir as últimas pontes que existiam com a base.
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