A
Assembleia Geral do dia 13 de maio decidiu deflagrar uma greve contra os
ataques do governo Sartori. Infelizmente foi uma assembleia aquém do potencial
da categoria e da necessidade de resposta aos ataques sofridos. Isso é
consequência da descrença dos educadores na direção burocrática do CPERS. Essa
direção quer levar a categoria a uma greve inconsequente e inofensiva para o
governo. A nossa tarefa é transformá-la numa greve consequente. Mesmo que o
ânimo da categoria não seja o melhor, o governo nos ataca e nos força para a
luta. A hora é de luta, porque esses ataques não podem ficar sem resposta. Uma
vez decidida, é preciso torná-la o mais efetiva possível. Não se trata apenas
de paralisar o maior número de escolas, mas de colocar os trabalhadores na rua;
não apenas os educadores, mas todo o funcionalismo público.
Diante da iniciativa dos alunos de algumas
escolas pela ocupação das mesmas, devemos apoiar essas ocupações e ver se é
possível ampliá-las para outras escolas. Devemos mobilizar a comunidade escolar
onde for possível (principalmente os estudantes) e unificá-la com outras
escolas mobilizadas. Criar organizações do movimento por escola, por zonal e buscar
a participação das comunidades escolares nas reuniões dos núcleos e das
assembleias. Os trabalhadores grevistas devem exigir e impor a sua participação
com direito a voz nos comandos de greve
estadual e regional, estes devem ser abertos
a categoria que quer participar.
Fundamentalmente, é preciso transformar
a greve numa grande agitação e mobilização de rua contra o governo,
denunciando e desmascarando a sua política contra a escola pública, que é uma
tentativa de destruí-la. Uma greve passiva é tudo o que o governo quer. A
manutenção da escola pública depende unicamente da luta dos educadores e da
comunidade escolar. O governo não tem qualquer responsabilidade com o ensino
público.
As reivindicações aprovadas na Assembleia
Geral são confusas. Devemos enfatizar a luta contra o parcelamento e
congelamento de salários, contra a falta de repasse de verbas para as escolas,
contra o seu sucateamento, pela defesa
do plano de carreira e dos direitos conquistados.
Nesta
conjuntura defensiva, o CPERS deve ser vanguarda e fazer avançar a GREVE para
além dos trabalhadores da educação, fazendo um chamamento a todos os
trabalhadores do serviço público para aderirem à greve começada pelos
educadores, colocando o funcionalismo público nas ruas, trabalhar para promover atos massivos
de, no mínimo, 40 mil trabalhadores, disponibilizando ônibus para trazer o
máximo de servidores. Devemos mostrar a nossa força com mobilização.
Sabemos que as burocracias evitarão grandes mobilizações unitárias de todos os
trabalhadores, pois temem perder o controle do movimento, mas temos que
tencioná-la nos comandos regionais e estaduais para que isso aconteça, caso
contrário, amargaremos mais derrotas. A nossa luta somente terá perspectiva se
for transformada num grande movimento unitário de agitação e de denúncia dos
ataques do governo à educação pública.
ü Nenhum parcelamento
e congelamento de salários. Dinheiro não falta, sobra para os empresários. O
governo mente.
ü Agitação permanente
de rua, com denúncia contundente dos ataques do governo Sartori.
ü Denúncia da
burocracia sindical, que não organiza, não mobiliza e fecha o comando de greve.
ü Organização ampla
por escola, por zonal e por cidade.
ü Um comando de greve
aberto a qualquer grevista, com direito a voz e voto, que dele queira participar.
ü Apoio às ocupações
estudantis existentes e se possível realizar outras ocupações.
ü Avançar para uma
greve de todo o funcionalismo público.
ü Defesa da educação
pública!
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