Os
trabalhadores estão sendo atacados: retirada de direitos, aumento da exploração
do trabalho, opressões, xenofobia e violência. No rastro da decadência do
capitalismo, o fascismo ascende, passando por cima de todas as conquistas
culturais, sociais e materiais da classe trabalhadora. Aumenta a concentração
de renda e a miséria. A reforma do capitalismo é impossível. Caso não seja
destruído pela revolução socialista, a barbárie continuará avançando.
Os ataques e contradições do governo Sartori/Temer não
param. O governo Sartori gastou R$ 3,5 milhões em publicidade enquanto os
salários dos trabalhadores continuam
parcelados e congelados, as escolas deterioradas, turnos e turmas fechadas,
mesmo aumentando as demandas das comunidades. Os trabalhadores estão sendo
remanejados e estão reduzindo horas em contratos e convocações. O governo
continua com a política de garantir 36% do orçamento público para o grande
empresariado através das isenções fiscais e permitindo a sonegação.
A
ordem do capital é a destruição dos serviços públicos e dos direitos
trabalhistas através de diversos métodos: fracionam os ataques, utilizam decretos
para retirar direitos. Todos os governos estão na ofensiva contra os
trabalhadores. Destruir a educação pública é um dos principais objetivos do
governo Sartori/Temer para entregá-la para as parcerias públicas privadas. A
tal “reforma” do ensino médio vem no mesmo sentido.
As
burocracias que dirigem os sindicatos e centrais (CUT, CTB, CSP Conlutas e Intersindical), e a do CPERS em particular, estão a serviço
dos governos e dos seus planos de arrocho. Não unificam a classe, não realizam
assembleias unitárias de base das diferentes categorias para melhor resistir à
ofensiva do capital.
As
burocracias temem a unificação da classe trabalhadora por medo de perder o controle
sobra ela. Fazem mobilizações de faz de conta com pautas ambíguas decididas
pela cúpula e impostas goela baixo aos trabalhadores. Propõem uma falsa “greve
geral” e uma greve internacional policlassista de mulheres no 8M, financiada
por George Soros. Deseducam a classe para desviar da luta revolucionária e do
combate ao capital. Valem-se de estatutos e regras do sindicalismo atrelado ao
Estado para impedir assembleias, mobilizações e unificação das diferentes
categorias. Desviam os trabalhadores da luta direta para o parlamento, que é a
casa da burguesia, iludindo os trabalhadores e acumulando derrotas.
Nesse
momento é necessário UNIFICAR nossa luta, organizar assembleias e atos
unitários de todas as categorias, agregar às pautas especificas as
reivindicações gerais de toda a classe. Devemos ocupar o espaço público,
denunciar e desmascarar os planos da burguesia, mobilizar toda a classe
trabalhadora, colocar o bloco na rua, realizar mobilizações massivas e frequentes,
unificando os sindicatos de diversas
categorias, movimento estudantil, associação de moradores, movimentos
sociais. Colocando toda a estrutura dos
sindicatos e centrais a serviço da organização.
A divisão dos sindicatos nos fragiliza e leva
à derrota. Apenas a unidade em torno desta perspectiva nos fortalecerá. A nossa
pauta deve ser: a defesa da educação pública e dos serviços públicos, contra a
reforma da previdência, contra o desmonte da educação pública, contra a
retirada de direitos, contra o congelamento e parcelamento dos salários.
Precisamos construir o caminho para a destruição do capitalismo e, dessa forma,
barrarmos o avanço da barbárie.
Nossa
indignação e ódio contra a exploração do capital devem ser transformados em
ação. Apenas na luta contra o capital e seus governos é que poderemos
conquistar algumas reivindicações e pavimentar o caminho para o socialismo.
POR UMA CHAPA CLASSISTA PARA A DIREÇÃO DO CPERS
Urge
construir direções sindicais que unifiquem e organizem a classe trabalhadora
para o combate consequente contra os governos do capital, que rompam com a
política de conciliação de classe da burocracia (que não organiza a classe e a
deseduca). A burocracia cerceia a democracia sindical, oprime as minorias do
CPERS, desmobiliza a classe e faz de conta que luta. Isso vale para a atual
direção do CPERS (PT, PCdoB, PDT, CUT e CTB) e também para a antiga direção
(MLS, PSTU, PSOL, CS e CEDS). Existe uma falsa polarização entre a direção
atual e a antiga, que pouco se diferenciam. Parte da vanguarda sustenta a
argumentação do “mal menor”, que é semelhante ao que o povo pensa sobre os
partidos burgueses, escolhendo o “menos pior”. Esta vanguarda também defende a
ideia de que é necessária a unidade de “todos” para tirar a atual direção,
apostando na volta da direção anterior.
Exercem
uma forte pressão imediatista sobre os ativistas. Reforçam ilusões. Não se
trata de uma disputa entre uma corrente “mais democrática” e outra “mais
autoritária", mas da luta por um novo sindicalismo: classista, organizado
pela base, capaz de unificar a classe trabalhadora, conscientizá-la da
necessidade de destruir o capitalismo, pavimentando o caminho para o
socialismo. Nenhuma das duas burocracias fará isso. Ambas vendem ilusões na
reforma do capitalismo. Ambas representam o sindicalismo de cúpula,
burocrático, personalista e submisso à burguesia. Ambas já dirigiram o CPERS,
e, inclusive, já estiveram juntas em uma mesma chapa.
Assim como o PT aplainou o caminho para o
golpe da direita, a antiga direção do CPERS (MLS, PSOL, PSTU, CS e CEDS)
preparou o caminho para a vitória da direção petista. A disputa entre elas é
uma falsa polarização. A antiga direção não é uma real oposição. No essencial, manterá a mesma prática burocrática e o
mesmo sindicalismo de cúpula. Para derrotar a ofensiva de Temer e Sartori
(PMDB) é preciso um sindicalismo revolucionário. O sindicalismo “reformista” já
provou que é incapaz de conter tais ataques. Propomos um programa classista e
de organização pela base:
- Organização por local de trabalho;
formação teórica e política, criando
consciência de classe; uma
utilização democrática e formativa do Sineta, site e redes sociais; uma nova
forma de atuação dos representantes sindicais (que seja uma via de duas mãos e
não uma correia de transmissão das direções sindicais).
- Fim da burocratização sindical; por
uma nova forma de prestação de contas e de utilização das verbas sindicais; por
uma democratização das assembleias gerais; fim do personalismo; pela unidade
concreta da classe trabalhadora e dos seus sindicatos;
- Pela defesa do socialismo: por uma
ampla conscientização, organização e luta contra o capitalismo. Discutir
fraternalmente com os colegas que têm ilusões no capitalismo; mostrar que a sua
manutenção significa a retirada de direitos em escala mundial e que os agentes
tupiniquins do imperialismo são Sartori e Temer (PMDB); que a sua política é a
materialização das necessidades do capitalismo. Precisamos organizar a classe
contra os governos do PMDB e PSDB; contra o PNE e PEE privatista (herança dos
governos do PSDB e do PT). Combater o sindicalismo burocrático da CUT, CTB, CSP
Conlutas e Intersindical, inclusive, das correntes da dita “oposição”. Esse
sindicalismo foi incapaz de reverter o quadro de derrotas, e, seja qual for a
corrente vencedora, continuará a organizar outras derrotas. É preciso um novo
sindicalismo combativo, de base e contra o capitalismo!
As chapas precisam ser debatidas entre todos,
não só pela vanguarda, mas também com os colegas do chão das escolas. A atual
direção e a antiga fazem o mesmo debate viciado de sempre, pautado nos acordos
por cargos entre as correntes.
A luta contra a burocratização sindical não
pode ser apenas uma carta de intenções, mas deve se materializar em propostas
concretas. Não basta combater a burocratização sindical com medidas
organizativas. É preciso um programa revolucionário, socialista e concreto. Essa é a nossa política para derrotar as burocracias sindicais (CUT, CTB, CSP
Conlutas e Intersindical).
Os nossos piores inimigos são as nossas
ilusões. É preciso cortar o mal pela raiz, falar francamente com a nossa
categoria! Chamamos todos os ativistas conscientes do CPERS para que venham
debater e construir este caminho classista e de independência de classe.
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