A atual conjuntura demonstra que os governos avançam decisivamente sobre o direito dos trabalhadores utilizando-se da desculpa da pandemia. O que seria uma situação de "calamidade pública"? Ora, é uma "situação anormal" em que a capacidade de ação dos governos federal, estadual e municipal ficam "seriamente comprometidas". Nesse sentido, o governo federal deve agir investindo dinheiro e não cortando, demitindo ou retirando direitos e renda. Porém, temos visto exatamente o oposto: mais de 4 mil educadoras demitidas em Porto Alegre, proposta de redução de 20% do salários dos servidores públicos, imposição de teletrabalho, EaD e extinção do difícil acesso na rede pública estadual, o que tem um considerável efeito de arrocho salarial sobre o salário dos educadores. Como se tudo isso não bastasse, a justiça cancela julgamento sobre o desconto ilegal de greve a mando do governo do Estado prevista para o dia 23 de abril. Tudo isso à reveria de qualquer legislação e institucionalidade.
Além disso, o curso online que os professores foram obrigados e a fazer, possui uma questão bastante ilustrativa, cuja resposta correta é a que sustenta que: "O tempo de ensino e aprendizagem requer um olhar diferenciado para os ritmos e experiências do aluno, pois eles não carecem da mediação individualizada do professor".
Ou seja, se não "carece da mediação individualizada do professor", carece de quê? Mesmo sabendo que o ensino e a aprendizagem não são o resultado apenas da ação do professor, depende, em última análise, de uma relação para com ele. Aqui temos, portanto, uma tentativa sutil e implícita de começar a pontuar o que esperam os governos, empresários e mídia para o "ensino do futuro".
Não tenhamos dúvidas de que a pandemia, dentro da teoria da doutrina do choque desenvolvida pela Escola de Chicago, está sendo exitosamente colocada em prática para aplicar uma nova forma de acumulação de capital, de exploração e opressão. Nela não há espaço para a educação pública.
Além disso, o curso online que os professores foram obrigados e a fazer, possui uma questão bastante ilustrativa, cuja resposta correta é a que sustenta que: "O tempo de ensino e aprendizagem requer um olhar diferenciado para os ritmos e experiências do aluno, pois eles não carecem da mediação individualizada do professor".
Ou seja, se não "carece da mediação individualizada do professor", carece de quê? Mesmo sabendo que o ensino e a aprendizagem não são o resultado apenas da ação do professor, depende, em última análise, de uma relação para com ele. Aqui temos, portanto, uma tentativa sutil e implícita de começar a pontuar o que esperam os governos, empresários e mídia para o "ensino do futuro".
Não tenhamos dúvidas de que a pandemia, dentro da teoria da doutrina do choque desenvolvida pela Escola de Chicago, está sendo exitosamente colocada em prática para aplicar uma nova forma de acumulação de capital, de exploração e opressão. Nela não há espaço para a educação pública.
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