28 de mai. de 2011

GOVERNO TARSO E DEPUTADOS DÃO CALOTE NOS EDUCADORES


            O “reajuste emergencial” da direção do CPERS transformou-se num calote inaceitável. O Governo Tarso, amparado pelos seus comparsas da Assembleia Legislativa, se sentiu suficientemente forte para dar esse calote nos trabalhadores. Demorou para encaminhar o projeto de reajuste dos míseros 10,91% e depois ficou refém das manobras demagógicas da bancada da oposição. O PSDB juntou as duas propostas – o reajuste e o Piso – para desgastar o governo: só autorizaria os 10,91% se fosse votado junto com o pagamento do Piso Nacional em até 60 dias. Tarso, demonstrando que sua intenção de pagar o Piso é apenas enrolação, esvaziava as votações para não dar quorum. É a prova mais cabal que o governo petista não vai pagar o Piso Nacional sem uma luta acirrada, assim como a oposição burguesa do PSDB não o fez quando era governo.
O Piso Nacional tornou-se um jogo de marketing eleitoral de oposição, pois quando os partidos burgueses – como PT e PSDB – se tornam situação, destinam todas as finanças aos grandes capitalistas e choram a “crise financeira do Estado” para os trabalhadores. Mas para as grandes multinacionais não existe crise financeira, pois continuam gozando de isenção de impostos e incentivos fiscais.
Nenhum governo dentro do capitalismo nos dará o Piso sem uma luta independente politicamente. É esta luta que a direção do CPERS abdicou, ao aceitar “emergencialmente” os 10,91%, dando uma trégua ao governo, que agora nos dá um calote escandaloso. A direção conduziu a última assembleia para uma derrota. Com a desculpa de aceitar um “reajuste emergencial” para continuar a luta, desmobilizou a categoria e voltamos para casa sem nenhuma perspectiva de luta concreta. Agora, que a categoria se indigna contra o calote, a direção do CPERS não mobiliza a categoria.

Direção do CPERS + Governo Tarso = derrota e desmoralização!
            Os jornais Sineta e a retórica “anti-governo” da direção do CPERS não condizem com a sua prática, que é a do mais deslavado apoio ao governo petista. Num momento de indignação da categoria contra um calote inexplicável, a direção se limita a uma pequena nota na internet e a um ato nas “galerias da Assembleia”, restrito ao Conselho Geral, excluindo a base. Agora era o momento de ir às escolas e construir uma paralisação para exigir do governo o imediato pagamento dos 10,91%, do Piso Nacional, contra o Pacotaço e, em especial, contra a privatização da Previdência. É aproveitando essa indignação concreta e organizando uma luta real que garantiremos o dinheiro público para o funcionalismo público e não para as isenções fiscais das grandes multinacionais.
            O CPERS deveria estar com toda a estrutura do sindicato nas escolas construindo a resistência contra este governo que trai os trabalhadores a cada nova medida, e já demonstrou que não cumprirá as promessas de campanha. Muito antes pelo contrário. O Governo Tarso – como continuidade do governo Yeda – se caracterizará por procurar a forma mais disfarçada de destinar as verbas públicas para salvar os grandes capitalistas da crise “financeira do Estado”, que nada mais é do que a crise financeira do próprio sistema capitalista.
Por um novo sindicalismo
 Fortaleça a Oposição à direção do CPERS
Nós, oposição à direção do CPERS, Construção pela Base, compreendemos que devemos empenhar toda nossa ação de mobilização na construção de uma resistência contra os ataques do Governo Tarso e empenhar esforços para construir uma grande mobilização do funcionalismo. Mas isso está condicionado a um trabalho permanente na base da categoria, visitando escolas, utilizando todos os recursos financeiros do sindicato para um trabalho de base conseqüente.
É na luta permanente, nas ruas, com paralisações, greves e assembleias gerais, com comando de base (eleitos pela base), que se constrói de fato a resistência contra os governos a serviço do capital, e não como faz a direção do CPERS, que se contenta com acordos de gabinetes e promessas vagas de políticos demagogos, abdicando do enfrentamento direto.
Por isso, nós da Construção pela Base, estamos construindo a oposição à direção do CPERS. Essa luta deve ser permanente e não termina num processo de eleições sindicais. A nossa tarefa é construir um sindicalismo novo, não atrelado a governos; que o sindicato tenha presença permanente nas escolas, dialogando, construindo núcleo por local de trabalho, e desconstruindo o modelo de sindicalismo de cúpula e burocrático, transformando nosso sindicato numa escola de luta contra o sistema capitalista que leva milhões de trabalhadores a amargar no arrocho salarial, na miséria e no desemprego, enquanto uma pequena minoria desfruta de todas as suas riquezas.

PARTICIPE DOS ATOS PÚBLICOS!
31/05 às 10h na Praça da Matriz
02/06 às 13h concentração na frente do CPERS

PARTICIPE DA CONSTRUÇÃO PELA BASE!

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