27 de jun. de 2011

BALANÇO DA ASSEMBLEIA DO CPERS DE 22/06/2011

Um dia de paralisação derrotará o Pacote de Tarso?
         A assembleia do CPERS não serviu para armar os educadores contra os ataques do governo Tarso. Tinha como pauta a suposta “organização da luta contra o ‘Pacotarso’”, mas serviu unicamente como palanque eleitoral para as chapas que disputam a direção do sindicato. Na véspera, a direção atual (PT-DS-CUT, PSOL-Enlace-MES-Intersindical, CS e CSP-Conlutas-PSTU) estava dividida entre greve ou um dia de paralisação. Mas esta divisão superficial tornou-se a maior unidade durante a assembleia geral: todos votaram pelo calendário da CNTE-CUT.
        As correntes discursavam contra o governo Tarso, mas por debaixo dessa retórica aparentemente anti-governista, não se propunha nada de concreto para combater o Pacote e nem para implementar o Piso. Todos exigiram que Tarso retirasse o Pacote da Assembleia Legislativa e o pagamento do Piso Nacional, mas sem propor nenhum método de luta para arrancar isso do governo. Apostam na sua “boa vontade”. A nossa corrente foi a única que demonstrou o caráter do governo e apontou um caminho. Para nós, Tarso governa para o grande capital; ele não só não vai pagar o Piso Nacional como quer privatizar a nossa previdência, seguindo a cartilha do Banco Mundial e do FMI. Tarso, assim como Yeda, não dialoga com os trabalhadores. Já deixou claro que entende apenas a linguagem da greve. Só que, ao contrário da Yeda, Tarso conta com o apoio da CUT. Na assembleia geral este apoio foi determinante. Ao invés de votar greve, a CUT defendeu apenas um dia de paralisação a se realizar no mesmo dia da votação do Pacote na Assembleia Legislativa e tencionou todos os seus aliados para fazerem o mesmo.
        Derrotar o Pacote neoliberal de Tarso não é uma tarefa só do CPERS, mas de todas as categorias do funcionalismo público. A CUT poderia utilizar sua estrutura sindical para organizar um movimento grevista em todo o funcionalismo público, mas não propôs greve nem no CPERS. Nos atos do Fórum dos Servidores Públicos discursa contra o pacote, mas não faz nada de prático para derrotá-lo.
        Nesta assembleia a nossa corrente defendeu a greve, seguindo o exemplo de cinco estados do país que estão em greve pelo Piso e por outras demandas. Venceu a posição da direção do CPERS, que além do dia de paralisação, falava em “construir a greve” num futuro indeterminado. Nesta votação pesou o aparato, a tradição, a influência da direção estadual nos núcleos regionais. E tudo isso foi usado para preservar o governo. A retórica anti-governo se transformou, na prática, numa “paralisação fantasma”. Depois que o Pacote for aprovado será muito mais difícil reverter a situação. A direção não se dignou nem em definir uma data pra sua “greve futura”, apenas apontou o vago calendário da CNTE-CUT. Queremos que a direção nos diga: como será possível derrotar o Pacote em um único dia de paralisação? A proposta aprovada serve ao governo Tarso ou aos trabalhadores?
        A base governista na Assembleia está em crise quanto à aprovação do Pacote. Sabe da repercussão eleitoral negativa que ele trará. PTB, após o escândalo dos CCs que veio a público, pede ao governo que retire o regime de urgência. O PSB se divide. Aprovar o Pacote é uma necessidade para a burguesia gaúcha. Os partidos governistas podem adiar a votação, mas esta proposta retornará inúmeras vezes com outros nomes e de outras formas, porque o programa de Tarso e Dilma é o neoliberalismo. A direção do CPERS finge desconhecer este momento favorável aos trabalhadores, pois é aliada indireta do governo e age através do seu vínculo com a CUT: prefere um discurso de oposição vazio em detrimento de uma luta concreta. A chapa 5  Construção pela base – movimento de oposição à direção do CPERS –, aponta que o momento de colocar o Pacotarso contra a parede é este; mas, a diretoria do CPERS, em acordo com as direções da maioria dos núcleos, preferiu cruzar os braços.

Sobre a proposta da oposição
        A Construção pela Base se opôs a esta proposta rebaixada da direção. Defendemos a greve para combater o Pacote e pela implementação do Piso, que é a única forma efetiva de garantir estes objetivos. Tarso já demonstrou de que lado está. Apenas “exigir” do governo Tarso a retirada do Pacote e a implantação do Piso, como faz a direção do sindicato e a Articulação Sindical (Chapa 2), serve apenas para gerar ilusões de que o governo concretizará estas reivindicações sem a nossa luta direta.
        A greve era uma necessidade imediata, imposta pelo governo Tarso, que não deixou alternativa, pois cancelou a audiência pública pra discutir o Pacote, mandou o projeto para Assembleia Legislativa em regime de urgência, quis passá-lo goela abaixo da população, tal como fazia Yeda. Frente a esta realidade, a greve, por mais difícil que fosse, era a única resposta possível. Aquela vanguarda que compareceu ao gigantinho deveria sair de lá armada com a discussão de métodos de greve que fossem além da mera “pressão dos deputados”, com um comando de greve eleito pela base, mas o que vimos foi uma enrolação da pior espécie. A greve seria de protesto contra um ataque brutal à nossa previdência e se somaria aos estados que já estão em greve pelo Piso Nacional. Mesmo iniciando com baixa adesão, tinha a possibilidade de crescer. Quando passar este momento e o Pacotarso já tiver sido aprovado, será infinitamente mais difícil organizar um movimento grevista.
        Assim, ficou implícito que a intenção da direção do CPERS é de preservar o governo Tarso, não enfraquecê-lo, não incomodá-lo, deixá-lo livre para ganhar tempo e para influenciar a opinião pública através da grande mídia.

O preço da unidade com a CUT
        Para construir a “unidade” com a CUT-DS, a CSP-Conlutas (PSTU) se submeteu à exigência daquela, de não discutir na base a desfiliação da CUT. Desde o início da atual gestão são cúmplices em manter o sindicato atrelado a uma central sindical governista e burocrática. Agora querem mais 3 anos juntos. Para continuar na direção da entidade a todo custo, pagam o preço de sabotar a luta. A direção majoritária da CSP-Conlutas – o PSTU – defendia publicamente a greve. Procedeu dessa forma até o Conselho Geral, às vésperas da assembleia geral. Porém, literalmente da noite para o dia, mudou de posição. Na assembleia a CSP-Conlutas defendeu e votou com a CUT na proposta governista de “paralisação no dia da votação do pacote e na greve para um futuro indeterminado”.

Um esclarecimento necessário
        Quem defendeu a proposta da direção do CPERS contra a nossa proposta de greve, mais uma vez, foi a CSP-Conlutas. Nesta ocasião o papel de algoz da luta coube à 1ª vice-presidente do CPERS, da Construção Socialista (CS), que usou os piores argumentos de ocasião para sustentar uma posição insustentável, atacando uma companheira da nossa oposição de forma baixa e desonesta. Por isso, se faz necessário um esclarecimento.
        A 1ª vice-presidente disse que a nossa companheira se absteve na votação do indicativo de greve, feita na suposta assembleia dos núcleos, na Praça da Matriz. O que se passou foi o seguinte: a direção do CPERS convocou uma paralisação contra o Pacote para o dia 14 de junho. Em Porto Alegre houve uma “paralisação unificada” entre 4 núcleos na Praça da Matriz. Dentre estes, o único que convocou para uma assembleia de núcleo foi o 22º. Mas o PSTU aproveitou-se da ocasião para fazer uma assembleia unificada dos 4 núcleos, mesmo vendo que a adesão à paralisação tinha sido baixa e sem fazer convocação prévia. Não só a companheira citada pela 1ª vice-presidente, mas todos os ativistas da Construção pela Base presentes, se opuseram a este método de patrolamento da base. São práticas como estas que aumentam o descrédito da categoria em relação ao sindicato e levam à desfiliação. A Construção pela Base, após denunciar a inexistência de convocação e a baixa representatividade, se absteve da proposta feita pelo PSTU como forma de protesto. Eis tudo!
A 1ª vice-presidente atacou nossa companheira, mas não denunciou a incoerência muito maior dos seus pares da CSP-Conlutas (PSTU), que votaram pelo indicativo de greve na Praça da Matriz, mas na assembleia geral votaram junto com a CUT, desrespeitando a própria votação que enfiaram goela abaixo na “assembleia dos núcleos”. A dirigente da CS usou o pior argumento de ocasião, distorcido e utilizado da forma mais baixa, típico de uma burocracia sindical corrompida.
        Justiça seja feita, a CS não pode ser acusada de “incoerência”: estava desde o princípio fechada com a CUT contra a greve pra sustentar o governo Tarso na retirada dos nossos direitos.

23 de jun. de 2011

GOVERNO TARSO E CUT: JUNTOS CONTRA A PREVIDÊNCIA!


         As nossas conquistas estão sob séria ameaça em todo o mundo. Na Grécia, Irlanda, França, Portugal, Espanha e, agora aqui no Rio Grande do Sul, o capitalismo quer acabar com a Previdência, passando para nós os custos de sua crise. Quem hoje aplica estes planos contra o funcionalismo não é o velho PSDB, de Yeda, mas o PT, de Tarso. Nas eleições brigam de mentirinha, mas, depois de eleitos, estão juntos contra os trabalhadores.
            A Construção pela Base foi a única corrente que explicitou isso na última assembleia, dizendo que ambos governos são neoliberais. Com o “Pacotarso”, que privatiza a Previdência e dá calote nos RPVs, isso fica claro como a luz do dia. Não adiantam exigências para que Tarso cumpra suas promessas eleitorais. Ele já demonstrou que não as cumprirá porque governa para o grande capital: dá isenção fiscal às multinacionais, passa os custos da crise financeira para nós, não paga o Piso Nacional e agora quer a nossa Previdência.
            Estas ilusões em Tarso não existem por acaso. Os governos petistas contam com o apoio da CUT, que faz um jogo duplo. Nos atos da Praça da Matriz manda uma pequena delegação dos demais sindicatos que estão sob sua direção e discursa contra o Pacote, mas não os chama para a greve. CUT, CTB e Força Sindical poderiam unificar as categorias do funcionalismo numa grande greve contra o Pacote – única forma possível de derrotá-lo –, mas não o fazem.
            Dizer que “a CUT precisa romper o conchavo com o governo e lutar contra a reforma da previdência”, tal como faz a CSP-Conlutas, só gera ilusões de que a CUT deixará de ser um braço do governo no movimento sindical. Ao contrário disso, afirmamos: a CUT e as demais correntes burocráticas precisam ser expulsas dos sindicatos!
            É preciso um novo sindicalismo para derrotar esse pacote neoliberal. Não bastam as paralisações simbólicas e a “pressão sobre os deputados”. Precisamos de uma real campanha de conscientização da sociedade, que desfaça as mentiras da grande mídia (em especial as da RBS).
            Defendemos um amplo debate sobre os métodos a serem empregados nas greves: organização de piquetes, a ocupação das escolas, organizar panfletagens e atos nos bairros, eleger um comando de base para a greve (por núcleo e por zonal) que contemple as correntes de oposição. Defendemos que a greve seja contra o Pacote e pelo pagamento do Piso Nacional. Tarso destina as finanças do Estado para o grande capital, por isso ele não pagará o Piso. Só a luta direta poderá torná-lo real.

- O Pacote de Tarso só será derrotado com um novo sindicalismo!
- Romper com a CUT pra ter uma luta conseqüente contra o governo
- Contra a burocracia sindical e o peleguismo da CUT: voto nulo para a direção estadual! Fortalecer a Oposição – Construção pela Base.
- Para o 39º Núcleo vote Construção pela Base Chapa 5.

PANFLETO DISTRIBUIDO NA ASSEMBLEIA DO DIA 22/06/2011.

14 de jun. de 2011

O PACOTE DE TARSO SÓ SERÁ DERROTADO COM UM NOVO SINDICALISMO!

            O pacote do governo Tarso ataca, principalmente, os servidores públicos através do calote da dívida do Estado (RPVs) e da privatização da previdência pública. A previdência complementar, que funcionará pelo regime de capitalização, representa a privatização da previdência e um calote nas aposentadorias para beneficiar os bancos. O Estado diminui a sua participação em 50% e não mais se responsabiliza pela aposentadoria. O Fundoprev será entregue aos bancos. A complementação salarial estará sujeita aos rendimentos de mercado. Isso é um calote anunciado, porque os bancos terão todo o interesse em sucateá-lo e não fazê-lo render. Os fundos criados, para fins semelhantes, nos governos Brito e Rigoto, sumiram, assim como o dinheiro da CPMF para a saúde, da mesma forma que todos os fundos públicos são desviados para financiar o capital, assim como tomará sumiço também o Fundoprev.
            Essa política privatista é a mesma de todos os governos. Quando falam em “retirar o Estado da economia” o que eles pretendem é retirar o Estado dos serviços públicos, sob o lema: tudo para o capital, nada para os trabalhadores! Para eles, o Estado é o grande financiador do capital. É isso que Tarso está fazendo ao privatizar a previdência. Ao mesmo tempo em que a oposição na Assembleia Legislativa faz demagogia em torno do Piso Nacional, está abraçada com o governo para privatizar a previdência.
            Para nós, da Construção pela Base, esse ataque não é surpresa. A política neoliberal vem de longa data, passando por Brito, Olívio, Rigotto, Yeda, Collor, Itamar, FHC, Lula e Dilma. A Direção do CPERS sabe muito bem disso, mas mesmo assim vende ilusões no governo Tarso. Na Assembleia Geral de 8 de abril, a Construção pela Base foi a única corrente que denunciou o governo atual como continuidade do governo Yeda. A direção do CPERS fala timidamente disso só agora.

ORGANIZAR A LUTA  PARA DERROTAR TARSO E SEU 
 PACOTE DE ATAQUES
            É preciso organizar a luta contra esse pacote neoliberal. Não bastam as paralisações simbólicas promovidas pelo CPERS, apenas para dar uma satisfação aos trabalhadores. As paralisações devem ser fruto de um movimento amplo, consciente e organizado pela base. A categoria deve ser conscientizada e convencida de que esse pacote é inaceitável e não será barrado sem uma luta conseqüente. Deve-se começar pela discussão nas escolas, fazendo assembleias por local de trabalho e organizando comissões de mobilização em cada local. Pode-se fazer reuniões semanais por núcleo, com participação de representantes de todas as escolas, para discutir e organizar as mobilizações.
            A luta contra esse pacote deve ser de todo o funcionalismo. É necessário construir a sua unidade, inclusive, denunciando as direções sindicais coniventes, diante das suas bases. A CUT é uma agência do governo nos sindicatos. Por isso, deve ser desmascarada e não pressionada a abandonar a aliança com os patrões como alguns propõem.
            Nesse sentido, é importante uma campanha para ganhar a opinião pública, de esclarecimento e de denúncia do governo, coisa que a direção do CPERS não faz. Não adianta a direção dizer que o pacote é “o receituário de sempre”. Devemos afirmar com todas as letras que se trata da política neoliberal de privilegiar os banqueiros à custa dos trabalhadores.
             É preciso uma real campanha de conscientização da sociedade, que passa por uma propaganda dirigida a todos os trabalhadores com outdoors, propaganda em rádio e TV, panfletagens e atos de rua.  Defendemos um amplo debate sobre os métodos a serem empregados nas greves: organização de piquetes, a ocupação das escolas com o cancelamento dos conteúdos de “aulas”, para dar “aulas de outro tipo” que servirão para explicar aos alunos, pais e a comunidade escolar sobre os ataques do governo Tarso – em especial, sobre o pacote e os planos dos governos neoliberais. Organizar panfletagens e atos nos bairros para alertar a comunidade escolar. Através dessas ações poderemos criar as condições políticas para uma paralisação forte do funcionalismo, que venha derrotar os ataques do governo.  Greves sem preparação, sem trabalho permanente na base da categoria e sem apoio da opinião pública estarão fadadas a mais um fracasso. Greves mal organizadas fortalecem a burocracia sindical; greves conseqüentes fortalecem a categoria.

            É perfeitamente possível um movimento vitorioso, mas para isso devemos derrotar a política governista da direção do CPERS. Chamamos os trabalhadores em educação para vir construir e fortalecer a oposição Construção pela Base para que não se repita o “receituário de sempre”.

PARA 39º NÚCLEO VOTE CHAPA 5

3 de jun. de 2011

PARA O 39º NÚCLEO VOTE CHAPA 5 CONSTRUÇÃO PELA BASE OPOSIÇÃO À DIREÇÃO DO CPERS CPERS




 DIRETORA GERAL - KATIANA PINTO DOS SANTOS
COL. EST. CÔN. PAULO DE NADAL

VICE-DIRETOR - LUCAS CORTOZI BERTON
COL.EST. ENGº ILDO MENEGHETTI

SECRETÁRIA - JULIANA AZAMBUJA POLANO
E.E DE ENS. FUND SOLIMÕES

TESOUREIRO - MAGNÓLIA CORTES GOMES
E.E DE ENS. FUND RAUL PILLA

DIRETORES
ALCIR DAMASCENO SORIA
E.E JOSÉ DO PATROCÍNIO

ARLI FIGUEIRA SOARES
COL. EST. CÔN. PAULO DE NADAL

DENISE DA SILVA TASCA
E.E OSCAR COELHO DE SOUZA

MARIA REGINA GONÇALVES DE SOUZA
E.E VENEZUELA

ANA DIVA SANTOS DE OLIVEIRA
COL.EST. ENGº ILDO MENEGHETTI


 *IMEDIATA APLICAÇÃO DO PISO SALARIAL NACIONAL
*DEFESA DO PLANO DE CARREIRA E IPE PÚBLICO!
*CPERS INDEPENDENTE DE GOVERNOS
*PLEBISCITO PARA DESFILIAÇÃO DA CUT
*FIM DO ADICIONAL NO SALÁRIO DOS DIRETORES SINDICAIS
POR UM CPERS CONTROLADO PELOS TRABALHADORES!
COMBATER A BUROCRATIZAÇÃO SINDICAL! POR UM NOVO SINDICALISMO!
·  Fim da verba de Representação, isto é, somos contra o adicional nos salários dos Dirigentes Sindicais do CPERS: nenhum dirigente sindical pode ganhar mais do que um educador de base, a verba extra, deve ser para a organização da luta.
·  Defendemos sindicatos democráticos baseados no princípio da soberania das bases organizadas por local de trabalho, ou seja, na democracia direta através da eleição de representantes por escola.
·  Promover e incentivar o debate nas escolas sobre a problemática da educação pública, a exploração que os trabalhadores estão submetidos pelos governos representantes da burguesia. A partir das assembleias nas escolas os trabalhadores devem se mobilizar e escolher suas representações para o Conselho do Núcleo do CPERS Sindicato e também constituir núcleos de discussões por local de trabalho, incluindo professores, professores desempregados, aposentados e funcionários.
·  Lutamos por um novo sindicalismo: por um sindicato democrático, independente da burguesia e dos seus partidos, que organize toda a comunidade escolar: professores, funcionários, alunos, pais, desempregados, terceirizados e aposentados, como parte da luta pela unificação de todos os trabalhadores.
·  Rodízio dos liberados sindicais, para evitar acomodações.
·  Defendemos que os mandatos sindicais (quer sejam de representantes de escola, núcleo, municipal e/ou estadual) possam ser revogáveis, a partir de um expressivo movimento da base da categoria.
·  O debate democrático e o direito à divergência deve ser oportunizado em nosso sindicato, sendo as agressões físicas inaceitáveis, por representar métodos burocráticos e antidemocráticos. Defendemos a destituição de seus cargos e a expulsão das fileiras do Sindicato de dirigentes que agridam (ou mande agredir) opositores.
·  Queremos um sindicato que promova formação da categoria acerca dos debates da educação, opressões, economia, história do movimento operário, etc., e, cuja ação venha no sentido de oportunizar maior participação da base da categoria em suas fileiras. Que o CPERS passe a ser a escola da luta para elevar a consciência, organização e mobilização dos trabalhadores, para impulsionar as lutas específicas conjuntamente com as lutas gerais contra os governos exploradores.
·  Em todas as Greves e negociações devemos eleger comandos de base em assembleias de Núcleo e Geral para dirigir a luta da categoria.
·  Nas Assembleias Gerais, atos e encontros é necessário que os trabalhadores da base vinculados ou não a correntes sindicais, tenham direito a voz e encaminhamento de propostas, democratizando a participação nestes fóruns.
·  É necessário fazermos uma ampla campanha de sindicalização ao nosso sindicato.
·  A luta contra o machismo, racismo e homofobia tem de estar na pauta do nosso sindicato, que deve promover encontros, seminários e debates discutindo as opressões. O programa contra as opressões deve dar resposta a cada ponto específico de luta e emancipação dos oprimidos, mas precisa estar combinado, em todos os momentos, com a luta geral contra o capitalismo, que sustenta a opressão.
·  É necessário organizarmos encontros, seminários e reuniões noturnas e nos finais de semana, para discutirmos com todos os trabalhadores a construção de um calendário de lutas unificado, classista e antigovernista.
·  Temos que resgatar a confiança da base da categoria no CPERS sindicato, como instrumento de luta da classe e resistência contra os ataques dos governos, sem vacilar e nem entregar as greves antes de conquistarmos nossas pautas. A mudança em nosso sindicato depende de nós e do enfrentamento aos burocratas que utilizam o sindicato para projetos políticos eleitoreiros e pessoais.
·  Para levar adiante este programa é necessário construir uma alternativa a esta direção atual e as outras correntes sindicais que já ocuparam a diretoria do sindicato.

DEFENDEMOS UM PLANO DE LUTAS PARA
ENFRENTAR O GOVERNO TARSO
·  Implementação imediata do PISO SALARIAL NACIONAL para todos os trabalhadores em educação;
·  Em defesa do Plano de Carreira;
·  Não à reforma da Previdência (fundos complementares, aumento das alíquotas de 11% para 16,5%);
·  Não à privatização do IPE que está em curso;
·  Não ao calote das RPVs;
·  Mais Verbas para educação!
·  Fim dos acordos com o Banco Mundial;
·  Contra a privatização da escola pública: fora os bancos (projeto Unibanco, Itaú, Bradesco e outros) e as ONGs da escola pública;
·  Em defesa da Gestão Democrática da Escola Pública;
·  Não à meritocracia nos serviços públicos;
·  Abono do ponto dos dias parados em 2008 e 2009, e pagamento dos dias recuperados;
·  Concurso Público já!
·  Pela efetivação imediata dos professores e funcionários contratados que passaram no último concurso e os que já cumpriram três anos de trabalho no cargo;
·  Salário Igual para trabalho igual! Isonomia salarial entre contratados, nomeados, ativos e aposentados;
·  Contra a perseguição sindical;
·  Defesa do direito de greve;
·  Direito a férias remuneradas a todos os trabalhadores contratados e convocados;
·  O Plano de Carreira, tanto dos Professores quanto dos funcionários, deve valer para os trabalhadores contratados e convocados;
·  Imediato pagamento das promoções;
·  Extensão do vale-transporte escolar para funcionários;
·  Pela imediata remuneração dos novos ingressantes na carreira;
·  Creche 100 % gratuita para os filhos dos trabalhadores em educação;
·  Inclusão de outras áreas da saúde, tais como, psicologia, fisioterapia e odontologia em nosso plano de Saúde do IPE;
·  Melhoria na infra-estrutura das escolas;
·  Adicional insalubridade e periculosidade;
·  Aumento do vale-refeição, sem descontos no contracheque;
·  Contra o assédio moral e sexual, encaminhamento dos assediadores à justiça;
·  Recursos humanos e setores de apoio pedagógico nas escolas para atender alunos com necessidades educativas especiais;
·  Em defesa das Escolas Especiais, pelo fim da farsa da Inclusão, contra o desmonte das Escolas Especiais protagonizado pelo Governo Dilma/Tarso;
·  Protetor solar para os professores de educação física fornecido pelo Estado;
·  Segurança no ambiente de trabalho para os trabalhadores em educação.

POR UM CPERS DE LUTA, COMBATIVO CONTRA OS
ATAQUES DOS GOVERNOS

Ouvimos dos políticos nas campanhas eleitorais que a educação é a solução para os problemas da sociedade. Passadas as eleições, a educação não só é esquecida como é atacada por todos os governos. Simon revogou piso de 2,5 salários mínimos; Britto vendeu a CRT e a CEEE em nome do saneamento do Estado, que continuou endividado; Collares, Olívio e Rigotto também achataram nossos salários; Yeda atacou o plano de carreira, aplicou a enturmação e fechou escolas.       
         Todos os partidos burgueses já passaram pelo governo do Estado e cumpriram o mesmo papel. Eles agem assim porque governam para o grande capital. Com Tarso não é diferente. Ilude a categoria com um falso diálogo, mas busca aplicar a reforma da previdência através de uma privatização disfarçada, dá calote no pagamento das RPVs e, por causa das manobras dos deputados na Assembleia, atrasou o pagamento do reajuste miserável de 10%, que sequer repõem a inflação do governo Yeda.
         O Piso Nacional tornou-se um jogo de marketing eleitoral de oposição, pois quando se tornam situação todas as finanças são destinadas aos grandes capitalistas. Nenhum governo nos dará o Piso sem uma luta. E esta luta só poderá ser fruto de um novo sindicalismo.

POR UM CPERS ANTIGOVERNISTA!  PELA DESFILIAÇÃO DA CUT! PLEBISCITO JÁ!
            A CUT – assim como Força Sindical, CTB e outras centrais patronais – é um braço dos governos do PT nos sindicatos. Serve como freio à luta dos trabalhadores, levando a conciliação de classes: participa do conselhão do governo Tarso; defende a reforma privatista da previdência estadual, bem como a reforma sindical e trabalhista, que retiram direitos históricos da classe trabalhadora e concentram o poder de decisão dos sindicatos nas suas cúpulas; não mobiliza os trabalhadores para enfrentar os governos em geral e os petistas em particular, entregando greves como a dos professores, petroleiros, correios, bancários, telefônicos e das categorias privadas.

VOTO NULO PARA DIREÇÃO ESTADUAL
            Os sindicatos atuais estão sujeitos a uma legislação autoritária que os submetem aos patrões e ao Estado. Isso se dá principalmente corrompendo as centrais sindicais através do seu financiamento pelas verbas do Imposto Sindical e do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador). Por esses e outros motivos o governo do PT (Dilma e Tarso) coloca a seu serviço a CUT, a Força Sindical, a CTB e outras centrais, que, dentro do CPERS, são os representantes do governo. Todas as principais correntes do CPERS estão subordinadas a estas centrais e, por isso, não apostam na organização de base, subordinando o movimento e as greves aos interesses eleitorais.
            A atual diretoria do CPERS – composta por PT-CUT, PSOL-Intersindical e PSTU-CSP-Conlutas – conduziu a greve de 2008, que começou forte, à derrota, tendo a categoria sofrido desconto dos dias parados. Esta direção não aposta na luta direta, na mobilização, nas reivindicações dos trabalhadores, mas tem como método de luta prioritário a pressão sobre os deputados. Transformou o “Fora Yeda” numa bandeira eleitoral que serviu para eleger Tarso, que continua aplicando o mesmo projeto de Yeda.
            Lutamos contra os representantes dos patrões nos sindicatos e repudiamos qualquer aliança com eles nas eleições sindicais, como faz a CSP-Conlutas (PSTU) e a Intersindical (PSOL) nestas eleições para o CPERS, aliando-se à CUT e, agora, à ala da CTB dirigida pelo PSB. As chapas que concorrem à direção estadual são controladas diretamente pelo governo Tarso, por isso chamamos os trabalhadores em educação a votar nulo para a direção geral!
            Comecemos a retomar o CPERS para as lutas votando na chapa 5 – Construção pela Base – para o 39º núcleo e participando da construção da oposição em nível regional e estadual.