500 DIAS DE ATAQUES DO GOVERNO TARSO E DE GOVERNISMO DA DIREÇÃO DO CPERS
Outubro de 2010 - Tarso declara em
entrevista à RBS que “Descarta ruptura com os projetos de Yeda (ZH 07/10/2010;
em primeira página: ‘Tarso manterá as políticas públicas do governo Yeda’)”.
Janeiro de 2011 – Tarso dá calote do Piso
Nacional nos educadores, aumentou os cargos de confiança (CCs), e aumentou em
120% o salário dos coordenadores da educação.
Março 2011 – Anunciou o “Pacotarso”
que posteriormente encaminharia para a Assembleia Legislativa, que visa
estender o prazo de pagamento das RPVs, reduziria de 40 para 20 salários
mínimos, implementaria os fundos de pensão, entregando metade da Previdência
dos servidores para os fundos privados.
Abril 2011 – O governo oferece um
reajuste de 10,91% e o sindicato chama Assembleia Geral, realizada em 08 de
abril, propondo que a categoria aceitasse o reajuste mesmo sem ter apresentado contraproposta.
Nós, da oposição, propusemos que se apresentasse uma contraproposta de no
mínimo o valor que pedíamos para Yeda, de 23,14%.
Maio 2011 – Tarso propõe aumento da
alíquota previdenciária de 11% para 16,5% para os salários que excedam
R$3.689,66, o que foi considerado inconstitucional.
Junho 2011 – Assembleia geral do dia
22 de junho votou por paralisação no dia da votação do “Pacotarso”, para barrar
os ataques do governo, seguindo a orientação da direção do CPERS. Nós da
Construção pela Base defendemos greve para barrar os ataques (cinco Estados
estavam em greve no mesmo período).
No dia 28 de
junho, dia das eleições do CPERS, o “Pacotarso” é votado na Assembleia
Legislativa. Mesmo a direção do CPERS sabendo da data da votação dois dias
antes, não encaminhou a decisão da Assembleia Geral de paralisação nesse dia,
descumprindo a decisão e facilitando a aprovação do pacote do governo.
Agosto 2011 - A paralisação convocada pela direção do CPERS no dia 19 de agosto
teve como marketing político “a grande batalha”, mas essa “grande batalha” não
passou de uma “grande farsa”, ou melhor, “grande festa” da burocracia sindical,
enquanto uns comemoravam, outros amargavam perdas de direitos.
Setembro 2011 – Tarso anuncia um decreto
para o dia 14 de outubro, o DECRETARSO, que impunha a
MERITOCRACIA, alterava o atual plano de carreira, mexia na avaliação dos
educadores utilizando como critério para promoção a freqüência e o desempenho
dos alunos. Promoveu trabalhadores de classe do período de 2002 sem paga-los
retroativamente. As demais promoções continuam atrasadas. Propusemos
antecipar a Assembleia Geral para outubro, ocupando “a praça da matriz e
deflagrar greve contra o governo Tarso”.
Dia 29 de
setembro aconteceria a 1ª Reunião do novo Conselho Geral do CPERS. Na ocasião,
a direção montou um “teatro”, dizendo que fez com que o governo recuasse na
implantação do decreto, uma grande mentira, pois foi somente o prazo de sua
aplicação que ficou adiado para dezembro.
Outubro 2011 – Dia 14, a reunião do Conselho
Geral foi terminantemente contra a mudança do eixo da direção, que era: “Tarso
pague o piso ou a Educação para”. Nessa reunião defendemos que deveríamos
denunciar os ataques à educação, tais como a Reforma do Ensino Médio. Somente no final de
outubro a direção do CPERS se manifesta contra a Reforma do Ensino Médio, mas ainda assim,
timidamente.
Novembro 2011 – Na Assembleia Geral do
dia 18 foi deflagrada a greve com o eixo: “Pelo pagamento do Piso e contra as
reformas educacionais”. Entretanto, a direção não se lançou na construção da
greve. Fez apenas o papel de administradora, não colocando a estrutura sindical
a serviço da luta. Nós defendemos a suspensão do pagamento da CUT, pois a mesma
apoiou a Reforma do Ensino Médio de Tarso. Nessa Assembleia, o PSTU em nome da direção
do CPERS defendeu a manutenção do pagamento à CUT.
Dezembro 2011
Dia 02: Assembleia Geral da
categoria aprova o fim da greve. Nesta assembleia propusemos organizar uma CONFERÊNCIA ESTADUAL DO CPERS para elaborarmos a proposta de
educação pública que queremos, e também que seja discutida a expulsão do quadro
de sócios do CPERS dos sindicalizados que assumem cargos de confiança e
secretarias de governos, sendo que as duas propostas foram aprovadas, porém,
nunca aplicadas pela direção do CPERS.
Dia 28: O governo Tarso impõe o DECRETO Nº. 48.743, que altera o Plano de Carreira nos critérios para promoção do magistério, responsabilizando os educadores pela evasão e repetência – através da avaliação por mérito. Isso levará progressivamente à demissão dos servidores públicos, acabando com a estabilidade no emprego para cortar gastos públicos e destinar este dinheiro aos banqueiros e especuladores dos juros da dívida, em consonância com a PLP 248/98 que prevê a demissão dos servidores públicos.
Dia 28: O governo Tarso impõe o DECRETO Nº. 48.743, que altera o Plano de Carreira nos critérios para promoção do magistério, responsabilizando os educadores pela evasão e repetência – através da avaliação por mérito. Isso levará progressivamente à demissão dos servidores públicos, acabando com a estabilidade no emprego para cortar gastos públicos e destinar este dinheiro aos banqueiros e especuladores dos juros da dívida, em consonância com a PLP 248/98 que prevê a demissão dos servidores públicos.
Janeiro
2012 - O governo Tarso divulgou
na grande mídia um reajuste mentiroso de 23,5%, sendo que, na verdade, o
reajuste salarial no básico da categoria seria, no mês de novembro, de 6,8%. O
suposto reajuste de 9,84%, anunciado para maio, é a mera incorporação do abono de R$38,91
ao salário básico. O CPERS fez
uma campanha de mídia que não esclareceu e nem desfez a mentira de forma ampla
para a opinião pública.
Março
2012
Dia 02: Na
Assembleia Geral defendemos transformar
a demagogia do reajuste do governo em indignação organizada e consciente; isto
é, numa proposta de reajuste que unificasse a categoria numa grande luta para
arrancar, no mínimo 23,5% de forma integral, em março de 2012, para professores
e funcionários. Esta resposta, casada com uma
ampla campanha de mídia e de discussão na base da categoria, serviria para
desmascarar o governo perante a opinião pública e demonstrar que os 23,5%, na
realidade, eram apenas 6,08% para 2012. Porém, a proposta inconsequente da
direção do CPERS e da Articulação Sindical-PT (CNTE-CUT) de só exigir o Piso
Nacional em três parcelas para 2012, e não tentar arrancar nenhum reajuste
imediato do governo, amarrou nossas mãos, derrotando nossa proposta e fazendo
com que a categoria amargasse mais um ano com um reajuste insignificante, além
de aprovarem a participação da categoria na anti-greve da CNTE-CUT nos dias
14,15 e 16 de março, que tinha como principal eixo a exigência da aprovação do
novo PNE que é a matriz de todas as reformas neoliberais do governo Dilma e
Tarso, que está privatizando a educação pública a mando do Banco Mundial.
Dia
20: Na Assembleia Geral no dia da votação do projeto de reajuste do
governo na Assembleia Legislativa, a direção do CPERS mudou sua proposta
inicial e assumiu a proposta de nossa oposição, apresentando para categoria os
23,5% de uma só vez, porém para maio, sendo aprovada. Com isso, deu tempo para
o governo se articular politicamente e ganhar a opinião pública. A direção do
CPERS fez a categoria gastar uma energia preciosa em um circo eleitoral
promovido pelos deputados demagogos, e incumbiu a defesa dela aos partidos do
governo Yeda.
Abril
2012 – O governo divulga que
encaminhará para Assembleia Legislativa um projeto que
o mesmo chama de “calendário de pagamento do Piso”, que não passa de uma
enrolação. Atualmente o Piso está no valor de R$ 1451,00 para 40 horas e a
proposta de reajuste salarial que o governo diz que pagará até 2014 será de
aproximadamente R$ 1221,00 para 40h, isto é, um calote do piso salarial
nacional comprovado. Alteração da Lei de gestão democrática ajustada ao PNE.
Dia
26: Governo Tarso realiza um acordo com o Ministério Público e
volta com a velha proposta do governo Yeda de achatamento dos níveis da
carreira, pelo qual pagará uma parcela
completiva para os professores cujo vencimento básico for inferior ao valor do
piso (R$ 1451,00). Essa medida do governo não incide sobre o salário básico nem
de professores e funcionários, como manda a lei do piso, portanto não beneficia
todos os níveis salariais dos planos de carreiras; beneficia apenas uma pequena
parcela. O governo Tarso continua dando o calote no pagamento do piso e busca
dividir a categoria dando uma migalha para os salários mais baixos.
Maio 2012 – Governo encaminha outro
“Pacotarso” para Assembleia Legislativa, que entre as medidas prevê o aumento
da alíquota previdenciária dos servidores públicos de 11% para 13,25%,
sacrificando mais uma vez o bolso dos servidores
- Defesa dos
Planos de Carreira e contra o Calote do Piso! Em defesa da Educação Pública!
- Contra
a privatização que está em curso através da reforma do Ensino Médio e do novo
PNE!
- Defesa
da estabilidade e pela efetivação dos contratados!
- Mais verbas para educação pública!Contra os cortes de verbas de 1,9 bilhão do governo Dilma!
- Mais verbas para educação pública!Contra os cortes de verbas de 1,9 bilhão do governo Dilma!
Boletim da Construção pela Base – Oposição
à direção do CPERS
14 de maio
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