BALANÇO DA “PARALISAÇÃO" DE 14 DE MAIO
A paralisação
ocorrida em 14 de maio foi um grande blefe da direção do CPERS, que contou com
o apoio de setores da grande mídia, que a divulgaram amplamente. Na verdade,
foi uma pseudo paralisação que inexplicavelmente se encerrou ao meio dia, sem
nenhuma outra atividade prevista, nenhuma panfletagem, agitação ou discussão
com a comunidade. Até o dia da “paralisação” o site do CPERS não divulgava o horário
e nem o local. Cada núcleo atuou independentemente. A direção do CPERS iniciou
sozinha uma atividade às 5h da manhã com uma clara finalidade midiática,
enquanto que outros núcleos convocavam uma paralisação para o dia inteiro a
partir das 8h da manhã, que não se concretizou.
O resultado prático desta
paralisação foi o aumento da desmobilização da categoria. Isto é, a burocracia
sindical atingiu seu objetivo. Pra piorar a situação, alguns educadores do
interior e litoral ficaram sentados nos bancos da praça esperando o seu horário
de retorno. Assim como a paralisação do dia 20 de março, foi um novo desperdício
de força militante, de energia, de indignação. É assim que a direção do CPERS
luta contra o governo Tarso? Na verdade tudo não passou de uma prestação de
contas burocrática para fingir para a base da categoria que a direção da
entidade luta. Esta paralisação não pode ser chamada de “luta”, mas de
sabotagem da luta, de anti-luta; uma verdadeira autopromoção inconsequente.
Muitos educadores que compareceram à Praça da Matriz na manhã do dia 14
certamente pensarão seriamente antes de aderir a uma paralisação futura. E só
podemos responsabilizar a burocracia sindical pelo esvaziamento das instâncias
do Sindicato. O governo Tarso e o Banco Mundial pela quingentésima vez agradecem.
As instâncias do CPERS – tais como
o Conselho Geral, as assembleias de núcleos e a Assembleia Geral – estão
tornando-se, cada vez mais, organismos simbólicos, que servem como um
catalisador da insatisfação. A direção faz aprovar um calendário de luta que
ela coloca em prática como e quando quer. Quando outras propostas contrárias às
suas são aprovadas, nunca são colocadas em prática. É preciso não esmorecer,
não se deixar abalar pela sabotagem da luta feita pela direção central.
Precisamos entender as suas raízes e nos organizar pela base, expulsar os
governistas e a burocracia sindical do CPERS para retomar o sindicato para as
nossas lutas. Só assim elas terão organização real e coerência.
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