Resolução
1 – Contra o PNE.
O PNE é um conjunto de políticas
neoliberais para a educação que traduz as orientações do Banco Mundial, na
lógica da privatização da educação pública. Essa política vem sendo
implementada pelos governos Lula, Dilma e, no nosso estado, anteriormente por Yeda
e agora por Tarso Genro.
No movimento sindical, o
PNE tem sido defendido pela CUT e pela CNTE, agências do governo entre os
trabalhadores. Em defesa do PNE, a CNTE promoveu a greve pelega de 14, 15 e 16
de março deste ano, infelizmente com o apoio da atual direção do CPERS.
Contraditoriamente a direção do CPERS agora tardiamente está denunciando o PNE.
É preciso denunciar e combater o PNE, em
todas as suas formas, denunciando o seu caráter liberal, não compactuando com o
mesmo como faz a direção do CPERS. A luta contra o PNE é impossível sem o
rompimento com a CUT, com a CNTE e sem a derrota da atual direção do CPERS,
conivente com essa política liberal.
Resolução
2 – Contra a Reforma do Ensino Médio
A Reforma do Ensino Médio é a forma de
aplicação no nosso estado da política internacional do imperialismo para a
educação, ou seja, do Banco Mundial, a tradução estadual da política privatista
do PNE: criação de estágios não remunerados como mão de obra barata ou gratuita
para as empresas, entrega da gestão escolar para o sistema S, desvio recursos
públicos para o ensino privado através da compra de matrículas, introdução da
meritocracia. É preciso desmascarar o falso discurso que diz que a reforma vem
para solucionar os problemas da educação. Pelo contrário, a sua intenção é
promover o lucro privado e sucatear ainda mais o ensino público. A meritocracia
nada mais é do que a transferência da responsabilidade dos problemas
educacionais para os professores e uma arma contra a sua luta e uma forma de
criar condições para a sua demissão.
Infelizmente a direção do
CPERS se omite na defesa dos educadores contra esses ataques do governo Tarso,
mesmo se dizendo formalmente contra a Reforma. Nada faz contra esses ataques e
centra a sua campanha apenas na reivindicação do piso nacional. Na prática,
essa forma de defesa do piso camufla a omissão contra a Reforma do Ensino
Médio. Principalmente em época de crise, a política neoliberal não é de
conceder qualquer reivindicação, mas de retirar conquistas, o que está sendo
feito através da Reforma do Ensino Médio. Portanto, os professores se quiserem
conquistar alguma reivindicação futura, devem barrar esses ataques no presente.
Portanto, o centro da nossa luta deve ser a defesa das nossas conquistas. Para
tanto, a nossa categoria deve derrotar a omissão conivente da direção do nosso
sindicato.
Resolução
3 – Contra o calote do piso e em defesa
do Plano de Carreira.
Demagogicamente, o governo nacional, com a
assinatura do então ministro Tarso Genro, acenou com a concessão do Piso
Nacional. Entretanto, essa concessão nada mais pretendia ser do que uma isca
para a implantação do projeto neoliberal, porque vincula a concessão do Piso
Nacional à destruição dos atuais Planos de Carreira. É isso que está sendo
feito pelo governo Tarso, através do Decretarso e da Reforma do Ensino Médio,
sendo que os principais ataques ainda estão por vir. Portanto, é preciso
denunciar o calote do piso e derrotar a Reforma do Ensino Médio. A base da
categoria deve pressionar atual direção para que assuma como prioridade a
defesa do nosso plano de carreira.
Resolução
4 – Contra a enturmação e em defesa dos
contratados.
O governo Tarso começa a implantar a
enturmação, que em nada difere da implementada pelo governo Yeda: redução de
turmas e extinção de turnos. Ao mesmo tempo, demite professores contratados.
Mais uma vez a luta contra mais esse ataque deve ser uma prioridade do CPERS,
que novamente se omite. Da mesma forma, o CPERS deve fazer uma ampla campanha
de agitação contra as demissões de contratados. A atual direção sempre se
omitiu da defesa dos contratados, para os quais não têm qualquer política. A
defesa dos concursos públicos não é incompatível com a defesa dos contratados,
que são uma grande massa de quase metade da categoria. Portanto, não se deve
admitir nenhuma demissão de contratados.
Resolução
5 – Mais verbas para o ensino público e
contra o corte de verbas.
Os trabalhadores em educação não
podem admitir os cortes orçamentários de verbas para a educação, feitos pelo
governo Dilma. Devemos denunciar esses cortes como uma forma de transferência
para os trabalhadores dos efeitos da crise capitalista, da qual não são
responsáveis. Diante dos cortes orçamentários, reivindicamos mais verbas para a
educação pública e nenhuma verba pública para as empresas privadas.
Resolução
6 – Nenhuma participação nos encontros
da CNTE e nos fóruns governistas, tipo Comissões Paritárias.
De nada adianta a atual crítica da direção
do CPERS à CNTE se continua participando dos seus encontros. É preciso romper
coma CNTE, braço governista entre os educadores. Da mesma forma o CPERS não
deve participar de fóruns governistas tipo Comissões Paritárias. Esses fóruns
não são mesas de negociação dos trabalhadores com o governo em nome de alguma
luta. São entidades governistas de conciliação de classes, onde se discute as
políticas contra as lutas. Qualquer participação nesses fóruns é uma forma de
conivência com o governo e os patrões.
Resolução
7 - Pela expulsão dos governistas do
sindicato.
A sociedade capitalista se divide em
classes antagônicas: a burguesia e o proletariado. Os sindicatos são organismos
exclusivos dos trabalhadores, não podem admitir a participação de membros da
classe inimiga. Todo aquele entre os trabalhadores que defenda a classe
dominante, principalmente participando dos governos, devem ser considerados
como inimigos na trincheira. Os educadores devem combater e derrotar todos
aqueles que, no nosso movimento, defendam os interesses opostos aos nossos. Por
exemplo: aqueles que defendem o PNE. É preciso desmascarar e expulsar do CPERS
os representantes da burguesia, começando por aqueles que detenham cargos no
governo.
Resolução
8 – Em defesa das nações oprimidas
contra o imperialismo.
A miséria social, agravada pela crise
econômica, e o descontentamento com as ditaduras de muitas décadas
desencadearam revoltas populares legítimas no norte da África e Oriente Médio.
Entretanto, o imperialismo aproveitou-se dessas revoltas para financiar
milícias e exércitos chamados “rebeldes” com o intuito de derrubar algumas
ditaduras que não lhe são de inteira confiança. Apoiamos essas revoltas
genuinamente populares, mas não apoiamos essas milícias armadas e a serviço do
imperialismo. Muito menos apoiamos a intervenção direta do imperialismo, como
aconteceu através dos bombardeios da OTAN contra o regime da Kadafi, na Líbia.
Da mesma forma não podemos apoiar a intervenção indireta do imperialismo, como
acontece na Síria através de exércitos armados e financiados por este, cujas
bases encontram-se na Turquia, país serviçal do imperialismo. O imperialismo é sempre o inimigo principal
dos povos, mil vezes mais nefasto do que essas “ditaduras sanguinárias”. Não se
trata de medir quem é mais sanguinário, se Obama e Cameron de um lado, ou
Kadafi e El Assad, de outro, mas quem é mais poderoso e causa mais prejuízos ao
proletariado internacional. Essas ditaduras, derrubadas pelos trabalhadores é a
revolução que triunfa; derrubadas pelo imperialismo é a vitória da reação
burguesa internacional. Tragicamente grande parte da esquerda dita
revolucionária está alinhada ao imperialismo contra essas nações oprimidas em
nome da democracia e de uma fantasiosa revolução democrática. É preciso
combater o imperialismo e seus prepostos nas suas investidas atuais contra a
Síria e o Irã.
Não há razão alguma para se defender um plano de carreira que desestimula a continuação do estudo. Defender um plano de carreira em que um especialista ganha o mesmo que um doutor? piada. Aff
ResponderExcluirGregor samsa já é conhecido de nosso blog por defender todos os ataques do governo Tarso e do Banco Mundial. Não nos surpreende que você queira "mexer" no Plano de Carreira (leia-se destruí-lo, acabar com a estabilidade, destruí-lo por inteiro com o discurso de que está "desatualizado").
ResponderExcluirPor um acaso a proposta do governo Tarso seria de pagar mais os "professores doutores"? É claro que não. A proposta do governo é achatar os níveis e pagar cada vez menos os trabalhadores em educação, tenham doutorado ou não...