O terrorismo praticado contra
os educadores por parte do governo Tarso do PT faz lembrar os antigos governos
de Yeda e da ditadura militar. A intervenção da SEDUC é permanente na pouca
“autonomia pedagógica” que a lei de gestão democrática e a LDB destina às
escolas.
Nem o calendário escolar, que é de competência
das escolas, o governo deixa livre: determina quando as escolas devem recuperar
os dias paralisados, obriga as escolas em seguir a reforma do ensino médio
“politécnico”, impõem o regimento padrão contrariando os educadores e a
comunidade escolar, introduz com a reforma a avaliação por conceito que em nada
resolve os problemas educacionais, mas, ao contrário, aprofunda-os, já que prevê
a aprovação automática dos alunos para melhorar os índices do governo, aumenta
a carga de trabalho dos educadores, e um longo etc. O assédio moral contra os
educadores é permanente. Enquanto impõe uma “legislação” autoritária, não
cumpre nenhuma lei a favor dos trabalhadores: não paga o piso, não cumpre o 1/3
da hora atividade, ignora a LDB e impõem outros desmandos. Tudo isso a mando do
Banco Mundial num evidente compromisso do governo com o imperialismo, em
detrimento da qualidade da educação dos filhos dos trabalhadores, com objetivo
de elevar os índices educacionais à custa da qualidade da educação pública.
Os ataques implementados pelo
governo Tarso vêm atender à necessidade do capitalismo de transferir recursos
da educação para beneficiar o lucro privado, o pagamento da dívida e transferir
o custo da crise capitalista para os ombros dos trabalhadores. Não existe saída
por dentro do capitalismo, dele só podemos esperar mais miséria, desemprego,
retirada de direitos e mais arrocho salarial!
As grandes mobilizações da juventude pela
pauta do Passe Livre do transporte coletivo, revogação do aumento das tarifas e
seguida de outras reivindicações como a melhoria dos serviços públicos – saúde,
educação e moradia entre outras –, abrem grandes possibilidades para a classe
trabalhadora, desde que unifique suas lutas e coloque os governos e as
burocracias sindicais, agentes dos governos, no centro dos ataques. Nessa
perspectiva temos que construir um sindicalismo revolucionário para colocar
contra a parede o governo e os burocratas, impondo a eles a pauta dos
trabalhadores. Somente na luta pelo socialismo
podemos arrancar dos governos burgueses uma ou outra conquista, porque os
mesmos somente concedem alguma reivindicação importante na iminência de perder
tudo.
A ideia de greve foi desgastada
pela burocracia sindical. É necessário construirmos a greve desde a base, plantando
pacientemente uma nova semente, procurando primeiramente mobilizá-las em atos de
rua e divulgar “estado de greve” para, em seguida, avaliar a situação em uma
nova assembleia. Independentemente da greve, as ocupações de escolas devem ser
discutidas pela nossa categoria como forma de envolver a comunidade escolar,
sem a qual a nossa luta estará fadada à derrota.
DEFENDEMOS OS SEGUINTES EIXOS PARA NOSSA LUTA
ü PAGAMENTO IMEDIATO DO PISO SALARIAL
NACIONAL!
ü DEFESA DOS PLANOS
DE CARREIRAS!
ü PELO FIM DA REFORMA DO ENSINO MÉDIO
POLITÉCNICO!
PROPOMOS UM
CALENDÁRIO DE LUTAS:
ü
Protagonizar grandes atos de rua em Defesa da
Educação Pública, com a comunidade escolar, durante o recesso escolar (sugerimos
os dias 18/07 e 25/07), continuando depois do recesso, unificando nossas lutas com os atos da
juventude contra o aumento das passagens,
e outras categorias de trabalhadores.
ü
Ficar em estado de greve, mas mobilizados
durante o recesso escolar, e chamar uma assembleia geral para o dia 29 de julho
para avaliar nossas mobilizações e discutir a greve caso o governo não tenha
atendido nossas reivindicações.
ü
Construir ocupações em escolas centrais (exemplo
em POA – IE, Julinho e Protásio) como espaço de assembleias permanentes,
mobilizando a comunidade escolar (estudantes, pais, professores e
funcionários).
ü
Não à chamada extra, suspender o pagamento da
CUT e CNTE e usar este dinheiro nas lutas da categoria.
Panfleto distribuído na assembleia geral do dia 12/07/2013
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